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Crítica | Águas Profundas

Engenharia do Cinema

Previsto para ser lançado nos cinemas em 2020, “Águas Profundas” acabou ficando no arquivo da Disney após a compra da Fox e até então não se sabia como o mesmo seria lançado. Mesmo deixando passarem a febre que foi o namoro entre Ben Affleck e Ana de Armas (que se conheceram nas gravações deste filme), o estúdio resolveu lançar em sua plataforma de streaming da Hulu, quase um ano depois do termino do namoro destes e vendeu para a Amazon Prime Video lançar o longa na América Latina. Dirigido pelo cineasta Adrian Lyne (“Atração Fatal” e “Proposta Indecente”), estamos com um claro exemplo de produção que realmente o estúdio soube o que estava fazendo, ao direcionar ao streaming.

Inspirado no livro de Patricia Highsmith, a trama gira em torno do casal Vic (Affleck) e Melinda (Armas), que vivem um casamento bastante monótono. Mas quando eles passam a adotar um relacionamento aberto e se envolverem com outras pessoas, os amantes da segunda começam a aparecerem mortos misteriosamente.

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Imagem: Regency Enterprises (Divulgação)

O roteiro adaptado por Zach Helm e Sam Levinson (criador da série “Euphoria“) consegue nos apresentar um dos piores diálogos vistos em quaisquer filmes do gênero thriller erótico em seus primeiros minutos (onde até em um porno nacional, você acha um texto muito melhor). Após este caos inicial, o próprio Lyne realmente está ciente que não possui um material bom em mãos, pois qualquer espectador com dois neurônios já deduz toda a sua história.

Então ele resolve apelar para mostrar cenas como a filha de Affleck e Armas cantando, o personagem de Jacob Elordi (conhecido por viver Nate, em “Euphoria”) “tocando” piano e até mesmo para cenas com Affleck brincando com suas lesmas de estimação (não estou brincando). Realmente estamos falando de um filme que claramente sofreu vários problemas durante seu desenvolvimento e, o estúdio teve de se virar para fazer milagres e não aumentar o orçamento de U$ 49 milhões (bastante caro, para este tipo de produção).

Águas Profundas” acaba sendo uma das maiores bombas que a Disney conseguiu tirar da Fox de maneira esperta, e foi bom apenas para a vida amorosa de Ben Affleck e Ana de Armas.

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