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Crítica | Air: A História Por Trás do Logo

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Durante meados de 2020, os amigos de longa data Ben Affleck e Matt Damon se juntaram para finalmente abrir sua produtora cinematográfica. Depois de terem feito mais de 20 filmes juntos, agora ambos vão totalmente na contramão da indústria de Hollywood, pois eles não só irão realizar histórias populares e não abordadas nas telonas, como também terão novatos trabalhando por trás das câmeras em todas as funções possíveis. O primeiro título desta iniciativa foi “Air: A História Por Trás do Logo”, cuja direção é assinada justamente pelo próprio Affleck (que também atua aqui) e trata sobre uma passagem interessante na cultura pop: quando Michael Jordan assinou com a Nike para a linha de tênis Air Jordan. 

Se passando em 1985, o enredo é focado no executivo da Nike, Sony Vaccaro (Damon) que na época trabalhava como olheiro nesta e estudava levar um potencial jogador de basquete para representar a marca no mercado. Então, ele repara que é possível tentar conseguir fechar uma parceria comercial com o próprio Michael Jordan (mesmo batendo de frente com a Adidas, que na época era muito maior que a Nike).

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Imagem: Amazon Studios/Warner Bros Pictures (Divulgação)

O roteiro do estreante Alex Convery procura primeiramente estabelecer a métrica de colocar todos os personagens no mesmo patamar, e humanizá-los da melhor forma possível. Consequentemente acabamos criando afeição com caracteres chaves como o próprio Sonny, o chefe de Marketing, Rob Strasser (Jason Bateman) e o próprio CEO e co-fundador da Nike Phil Knight (Affleck). E não hesito em dizer que para este filme funcionar, tínhamos de ter empatia pelo trio citado e isso é conquistado.    

Como diretor, o próprio Affleck já tinha mostrado em projetos como “Argo” (que venceu o Oscar de melhor filme, em 2013) que realmente sabe como conduzir sua narrativa de acordo com o cenário e temática do próprio. Usando como intermediário cenas de televisão, filmes, enquadramentos em produtos daquela época, ele vai indiretamente deixando nítido o quão estávamos vivendo em uma sociedade diferente da atual e que realmente tudo era mais complexo de ser realizado (pode parecer banal isso, porém datado cenário atual isso é necessário de ser deixado claro, mesmo que sutilmente).    

Isso sem falar do excelente trabalho da equipe responsável pela trilha sonora, que colocou grandes clássicos da música como “Can’t Fight This Feeling” (REO Speedwagon), “Money For Nothing” (Dire Straits), “Atomic Dog” (George Clinton) e muitas outras. Tudo com o intuito de casar com a mensagem do enredo que “estamos falando de gigantes, que são Michael Jordan e a Nike”. E isso funciona, pois não deixa a pegada do longa monótona (uma vez que o próprio é regado a diálogos, e o público atual divide a atenção com o celular).

Como estamos falando de um filme regado a diálogos, as atuações são realmente muito boas, mas honestamente, não existe nenhuma que nos faça falar que é “digna de Oscar” ou algo do gênero. São apenas boas, dentro de suas tonalidades. 

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Air – A História Por Trás do Logo” faz jus ao que vamos ver na parceria entre Ben Affleck e Matt Damon: histórias reais, interessantes e bem conduzidas.

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