Pode-se dizer facilmente que “Benedetta” se tornou o mais polêmico filme, pós pandemia. Dirigido pelo cineasta Paul Verhoeven (“Instinto Selvagem“), ele narra aqui a história verídica da irmã Benedetta Carlini (Virginie Efira), que durante um bom período em sua congregação, teve um relacionamento amoroso lésbico com Bartolomea (Daphne Patakia), uma mulher que acabou de entrar no convento e demonstra ter uma enorme paixão pela mesma.
Verhoeven (que também escreveu o longa com David Birke) claramente é um diretor que não gosta de deixar tudo demonstrado de forma óbvia, por isso muitas pessoas interpretam de várias maneiras suas mensagens nesta produção. Sim, como estamos falando de uma história que ocorreu em pleno século XVI, dificilmente saberemos exatamente o que aconteceu (embora o filme seja inspirado no livro da escritora Judith C. Brown). Essa sensação que o cineasta transpôs (só que isso é assunto para um artigo, com uma abordagem mais complexa).
Imagem: Imosivion (Divulgação)
Porém, é notório que a intenção deste filme era chocar o espectador. Seja com as cenas de sexo, nudez e até mesmo violência envolvendo Jesus Cristo (inclusive, dependendo do seu ponto de vista, poderá até causar uma sensação horrenda). Embora pareça que não faça sentido e tudo seja de forma gratuita, realmente acaba sendo plausível diante do que estava sendo proposto.
Embora muitos não consigam gostar, “Benedetta” é o típico filme feito para ser debatido e ter várias conclusões tiradas sobre seu enredo.