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L-r, Brad Pitt, Sandra Bullock and Channing Tatum star in Paramount Pictures' "THE LOST CITY."

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Crítica | Cidade Perdida

Engenharia do Cinema

Realmente os cinemas vem carecendo de boas comédias com toques de aventuras, até mesmo produções com tais temáticas (afinal, os estúdios estão mirando mais em franquias lucrativas). “Cidade Perdida” não só trás Sandra Bullock de volta a este gênero (que não estava neste tipo de filme desde “As Bem Armadas“, lançado em 2013), como também consegue trazer consigo grandes nomes como Channing Tatum e Daniel Radcliffe. Porém, estamos falando de um filme totalmente genérico com o intuito de divertir por duas horas e nada além disso.

A história gira em torno da escritora Loretta (Bullock), que após o lançamento de mais um livro de sua franquia de sucesso, acaba sendo misteriosamente sequestrada pelo bilionário Abigail Fairfax (Radcliffe). Este ordena que ela use suas habilidades para traduzir uma série de desenhos, que segundo o próprio podem levá-lo para um grande tesouro. Só que ambos não esperavam que o dublê de capa dos livros de Loretta, Alan (Tatum) iria até o local para resgatá-la.   

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Imagem: Paramount Pictures (Divulgação)

O roteiro de Oren UzielDana FoxAdam Nee e Aaron Nee (estes últimos também assinam a direção) procura seguir um escopo bastante clichê (chegando a lembrar um pouco “Tudo Por Uma Esmeralda” e até mesmo “A Proposta“), deixando o desenvolver da narrativa ser levado pelo carisma dos atores. Apesar de Bullock e Tatum terem bastante química, o grande destaque acaba sendo para o astro Brad Pitt. Mesmo sendo uma participação curta, ele acaba tirando muitos risos e referenciando justamente o papel que lhe deu o Oscar em “Era Uma Vez Em… Hollywood“. Infelizmente não podemos dizer isso para Radcliffe, que realmente aceitou o filme para se divertir (uma vez que seu vilão é bastante desinteressante e banal).

Com cerca de 110 minutos de duração, certamente o problema principal deste filme é tentar tirar várias esquetes na narrativa com o intuito de promover risos. Isso acaba fazendo a produção se tornar um pouco rasteira e sonolenta, em vários aspectos (vide o arco da empresária Beth, vivida por Da’Vine Joy Randolph, onde acham que é engraçado ainda ver uma mulher obesa berrando). Seria mais fácil terem deixado Pitt com mais tempo de tela.

Em seu desfecho “Cidade Perdida” acaba sendo uma esquecível produção marcada apenas por conseguir entreter o espectador por apenas duas horas e nada mais.

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