ESTE ARTIGO ESTÁ REPLETO DE SPOILERS DO FILME “HOMEM-ARANHA: SEM VOLTA PARA CASA”.
CASO NÃO TENHA VISTO, LEIA O TEXTO SEM SPOILERS.
Realmente é inegável que estamos falando do maior filme após os acontecimentos da pandemia. Desde o primórdio da reabertura das salas de cinema, o Presidente da Marvel, Kevin Feige, sempre deixou claro que não iria adiar muito este filme e que o mundo precisava deste filme. O mesmo foi dito por atores envolvidos na produção como Tom Holland e Alfred Molina.
Durante a exibição da produção dirigida por Jon Watts, isso é comprovado a partir do momento onde o Matt Murdock/Demolidor (Charlie Cox) aparece em cena (mesmo que seja breve) e começa a arrancar gritos na sala de cinema.
A história começa no exato momento onde “Homem-Aranha: Longe de Casa” parou, com o mundo sabendo que Peter Parker era realmente o detentor da identidade do Homem-Aranha.
Após perceber que isso não só o estava atrapalhando a ele, como também à todos em seu redor, ele resolve ir pedir para o Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) fazer um feitiço para todos esquecerem que ele é o Homem-Aranha. Só que o feitiço acaba dando errado, e ele acaba trazendo para a sua realidade todos aqueles que sabiam a verdadeira identidade do Homem-Aranha/Peter Parker, em outras realidades, ou seja, os principais vilões dos outros filmes do herói.
Imagem: Marvel Studios/Sony Pictures (Divulgação)
A principal dúvida e mistério em torno deste filme foi se realmente havia a aparição das versões de Homem-Aranha/Peter Parker, realizadas por Tobey Maguire e Andrew Garfield. Eles não só aparecem, como o roteiro de Chris McKenna e Erik Sommers brinca com diversas situações inusitadas que o choque de realidade os promove. Seja por conta da ausência dos “Vingadores” naquelas realidades, ou até mesmo pelo fato do primeiro já ter uma idade “avançada”.
Tudo que sempre sonhamos em ver nas telonas, realmente foi concretizado (especialmente pela enorme química entre as três versões do herói) e isso faz todas as emoções que estavam presas nos espectadores, serem exaltadas durante as quase três horas de projeção (que realmente não tem como sentirmos).
Com relação aos vilões, pela primeira vez acabamos vendo o verdadeiro lado humano de cada um deles e inclusive acabamos curtindo “positivamente” alguns deles como Electro (Jamie Foxx) e Octopus (Molina). Por mais que ainda tenhamos tudo isso que citei, a participação do veterano Willem Dafoe como o icônico vilão Norman Osborn/Duende Verde consegue roubar a cena (por incrível que pareça) e nos trazer de volta um dos melhores vilões da história do cinema e dos quadrinhos.
Especialmente na cena em que ele causa a morte da Tia May (Marisa Tomei), que sem dúvidas não só homenageia o primeiro Tio Ben (Cliff Robertson), como é um dos momentos mais emocionantes da produção.
Já a sequência final de ação funciona muito bem, pois estamos falando de quase 12 personagens sendo trabalhados de forma simultânea. Porém o excesso de CGI fica nítido até em algumas cenas onde o mesmo não era necessário (especialmente se tratando do arco de piadas envolvendo Maguire, Garfield e Holland, nos andaimes da Estátua da Liberdade), e francamente poderiam ter sido mais trabalhados (suou tudo meio feito as pressas).
“Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” acaba sendo uma das maiores homenagens já feitas para o herói favorito de Stan Lee e Steve Ditko.