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Crítica | De Volta aos 15 (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema

Anunciada ha cerca de um ano, a série brasileira “De Volta aos 15” é mais uma adaptação da Netflix para um famoso livro da escritora de livros teens, Bruna Vieira. Estrelada por Maisa Camila Queiroz, o mesmo se assemelha demais com o sucedido “De Repente 30“, mas de forma oposta. Só que mesmo com seus primeiros minutos mostrando uma enorme nostalgia para quem viveu os anos 2000, a qualidade do programa acaba decaindo bruscamente a medida que ele progride em seus seis episódios.

A história gira em torno de Anita (Queiroz), que tem 30 anos e ainda vive com a cabeça no tempo da adolescência. Sem conseguir ter animo com nada que está acontecendo, ela acaba recordando de uma rede social que frequentava nos tempos de 2006. Ao fazer o Upload de uma foto no mesmo, Anita (agora vivida por Maisa) acaba voltando justamente para este ano citado, quando tinha 15 anos.

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Imagem: Netflix (Divulgação)

Com diversas menções a situações que recordam ao melhor dos anos 2000, como locadoras de vídeo, comunidades do Orkut e músicas de bandas então que bombavam como Charlie Brown Jr. e Pitty, conseguimos em seus primeiros momentos comprar a premissa. Porém estamos falando apenas dos primeiros minutos do episódio piloto, e ainda restam mais cinco. É ai que está o principal problema.

Mesmo com uma enorme semelhança física e nas feições de Maisa e Camila, o roteiro começa a cada vez menos aproveitar essas situações que ambas poderiam ter vivenciado. Ao invés de mirar no estranhamento da situação e até mesmo com algumas “consequências” que o fato promove, o enredo promove apenas um ativismo sócio-politico e deixa tudo que foi citado de lado.

A começar que há episódios onde acompanhamos mais os dramas dos amigos de Anita, ao invés da própria. Mesmo tendo a possibilidade de explorar relações que seriam impossíveis quando esta está no corpo adulto, o roteiro direciona para arcos de personagens coadjuvantes chorando e vivenciando problemas amorosos e sexuais (inclusive, até esquecemos que estamos vendo uma série sobre “viagem no tempo”). Isso sem citar que são usadas diversas frases de efeito e músicas daquela época, com o único intuito de fazer com que a mesma seja compartilhada em redes sociais e trazer mais visibilidade para a série e a própria plataforma.

Mesmo sendo vendida como a versão nacional de “De Repente 30“, a série “De Volta aos 15” nos promove uma versão pobre de “Malhação

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