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Crítica | Eu, Deus e Bin Laden – Nicolas Cage sendo um meme divertido

A novela de 1973 ou a música do Engenheiros do Hawaii, Exército de Um Homem Só, mal sabiam que poderiam render um besteirol norte-americano. Em terras tupiniquins Army of One chegou como Eu, Deus e Bin Laden. E esse é o melhor título que poderia receber.

Sobre Eu, Deus e Bin Laden

Gary Faulkner é um tiozão super patriota, mal educado, egocêntrico e muito inconveniente. Certo dia, ele tem uma alucinação onde Deus aparece e o ordena a ir ao Paquistão matar o próprio Osama Bin Laden.

Com um ar de O Escolhido, Faulkner começa a juntar dinheiro para suas inúmeras tentativas de chegar ao país. Para combater Bin Laden, Gary leva consigo uma espada de samurai, equipamento de visão noturna, algemas, um punhal e uma pistola. Mas não será fácil chegar ao saudita, já que sua entrada no Paquistão atrapalha os planos da CIA.

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É legal, mas é ruim

O diretor Larry Charles é responsável pela trilogia de besteirol com o ator Sacha Baron Cohen, que inclui Borat, Bruno e O Ditador. Percebe-se então que qualidade não é o seu foco, mas sim fazer rir. E para isso, Charles conta com dois grandes atores.

Há anos que o vencedor do Oscar por Despedida em Las Vegas Nicolas Cage não atua em um grande longa. Desde 2000, o sobrinho de Francis Ford Coppola se dedicou a atuar apenas em filmes B, tendo Joe como uma atuação digna de comentários.

Em Eu, Deus e Bin Laden não é diferente. Mesmo estando longe de ser um sucesso, Cage entrega o que ele sabe fazer de melhor: ser um meme. Gary é cheio de manias, fala alto, não se importa com aparência e é completamente maluco. O ator consegue trazer uma grande energia ao personagem, deixando mais fácil de acreditar na veracidade de sua loucura e plano.

Para ajudar Cage nessa façanha, Russell Brand interpreta Deus. Ator de O Pior Trabalho do Mundo e Arthur, Russel é mais conhecido por ser o ex-marido de Katy Perry. Aquele que terminou o casamento com Katy por mensagem de texto, poucos minutos antes da cantora subir ao palco de um show em São Paulo, em setembro de 2011.

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Aqui, Russell interpreta um Deus engraçado e bobão, igual a seus papéis em todos os filmes. Não se destaca, mas não é ruim.

Diversão garantida

Todas as tentativas de Gary em chegar ao Paquistão são engraçadas. Para começar, ele nem sabe onde fica o país. Tenta ir velejando e até voando de paraglider. E mesmo que o roteiro não seja as mil maravilhas, conseguimos simpatizar com o protagonista.

O filme ainda brinca – ou leva a sério demais – com a história real. A prova disso é quando Gary sugere que gostaria que o Nicolas Cage o interpretasse em sua cinebiografia.

Conclusão

Eu, Deus e Bin Laden tem seu charme pois, além de ser engraçado, é muito interessante ser uma história verdadeira. Durante os créditos finais, imagens reais de Gary Faulkner são exibidas e o filme termina com a seguinte frase: “Gary está planejando usar o dinheiro ganho com este filme e comprar um rim para que ele possa continuar sua missão”.

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Em conclusão, vale lembrar que o longa está disponível no catálogo da Netflix.

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