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Crítica | Jurassic World: Domínio

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Certamente este foi um dos projetos mais aguardados há tempos, pois trata-se do “desfecho” (digo assim, pois provavelmente vão haver mais filmes ou até mesmo séries da franquia) de “Jurassic Park“/”Jurassic World“. Programado para chegar aos cinemas no último ano, o projeto foi um dos que mais sofreram por conta da pandemia (inclusive, os sets foram fotografados totalmente desertos durante o lockdown), inclusive serviu como inspiração para o recente “A Bolha“.

 A história se passa quatro anos depois do desfecho do último longa, com os dinossauros vivendo com os humanos no mundo todo. Neste cenário caótico e inusitado, Owen (Chris Pratt) e Claire (Bryce Dallas Howard), vivem em uma cabana isolada da grande cidade e escondem a existência de Maise (Isabella Sermon). Ao mesmo tempo, os renomados cientistas Ellie Sattler (Laura Dern), Alan Grant (Sam Neill) e Ian Malcolm (Jeff Goldblum), se reúnem mais uma vez após vários anos, para investigar o que realmente está acontecendo neste cenário todo.    

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Embora a narrativa homenageie o clássico dos anos 90, já que em todo momento possível o roteiro de Emily Carmichael e Colin Trevorrow (que também assina a direção) procura criar uma atmosfera de ação e suspense. Isso consegue captar a atenção do espectador e fazer o mesmo se assemelhar com o estilo de produção estabelecido por Steven Spielberg, nos primeiros dois títulos da franquia. Há dinossauros, cenário caótico e várias possibilidades que poderiam ser feitas, criadas (algo que não conseguiram fazer na recente franquia de “Godzilla“, por exemplo). Isso sem citar que os efeitos visuais são muito bem conduzidos (com exceção de uma tomada envolvendo Howard, que parece ter sido feita nas costas e não casa com nada que estava sendo visto).

Imagem: Universal Pictures (Divulgação)

Só que como nem tudo é às mil maravilhas, o texto acaba deixando um pouco de lado o escopo do cientista Lewis Dodgson (Campbell Scott), que acaba sendo mais um vilão genérico mostrado de forma totalmente descartável. O mesmo pode-se dizer da construção do arco final, que mais parece se preocupar em estabelecer uma atmosfera para uma amplitude da franquia, do que para um encerramento.  

Agora, ele acerta ao conduzir as subtramas dos personagens protagonistas, pois há momentos chaves para todos eles brilharem e terem sua importância (o mesmo pode ser dito das curtas aparições de Omar Sy e Justice Smith, que acabam fazendo sentido serem implementadas). Mesmo sendo glorificante vermos novamente Dern, Neill e Goldblum juntos depois de quase 30 anos, o filme acaba deixando mais uma porta aberta para eles voltarem, ao invés de explorar ainda mais este reencontro.

Jurassic World: Domínio” certamente consegue entreter dentro de sua proposta, e se destaca por ser um entretenimento pipoca com diversas cenas de ação divertidas.

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