Ansiedade. Essa é a palavra ideal para definir “Lou“, novo longa da Netflix, estrelado por Allison Janney, Jurnee Smollett e Logan Marshall-Green. Pensem em um filme que ao invés de trabalhar uma atmosfera, criar um suspense e fazer o espectador refletir, antes de entregar seu principal arco de reviravolta, aposta em jogar tudo o mais rápido possível e transforma a primeira em uma atriz a lá Liam Neeson (“Busca Implacável“). Só que eles esqueceram que precisavam de um roteiro melhor.
A história tem início com a misteriosa Lou (Janney), que após quase atropelar a pequena Vee (Ridley Asha Bateman) passa a refletir bastante sobre a situação e se sentir culpada. Mas como “redenção”, ela acaba ajudando a mãe desta, Hannah (Jurnee Smollett) quando a menina é sequestrada.
Imagem: Netflix (Divulgação)
Confesso que nos primeiros 40 minutos, a narrativa chega a ser convincente, uma vez que a própria Janney casa perfeitamente com este tipo de personagem (embora ela tenha se destacado com comédias, este é o primeiro filme de ação que ela estrela). Mas quando o roteiro de Maggie Cohn e Jack Stanley opta por entregar o ploats ainda longe do desfecho, sentimos que não existe mais uma possibilidade de atmosfera, muito menos um esforço vindo da diretora Anna Foerster.
Isso porque ainda não citei que nos 30 minutos finais, ainda optam por trocar o gênero do longa para o drama (sendo que este tipo de atmosfera sequer foi desenvolvida), e deixa o espectador que estava ansioso por um cenário a lá “John Wick”, se deparar com uma novela mexicana que está repetindo pela milésima vez no SBT (uma vez que tudo acaba sendo previsível, desde que o ploat foi revelado).
“Lou” acaba sendo mais um título da Netflix que desperdiça grandes nomes e joga tudo em uma bagunça, que só irá servir para lotar o catalogo da mesma.