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Crítica | Maldivas (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema

Anunciada em 2020, a série “Maldivas” foi vendida como uma das produções mais caras da história da Netflix Brasileira. Após o marketing “gourmet”, a atração criada por Natalia Klein (que também estrela a série como Verônica, e também narra em off a atração) finalmente chegou ao catálogo. Conhecendo os trabalhos antecessores do dramaturgo José Alvarenga Jr. (que tem na filmografia atrações como “Sai de Baixo“, “Os Normais” e até mesmo “Malhação“), aviso que ele está em seu projeto mais fraco em anos e francamente, o cachê foi ótimo.

 A história gira em torno de um grupo de moradoras do condomínio de luxo, Maldivas, onde após um assassinato misterioso, todos acabam se tornando suspeitos. Mas a situação se complica, quando a filha da vítima, Liz (Bruna Marquezine) acaba indo até o local para investigar. Por lá, ela começa a criar uma intimidade com Kat (Carol Castro), Milene (Manu Gavassi), Rayssa (Sheron Menezzes) e Verônica (Natalia Klein).    

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Imagem: Netflix (Divulgação)

Começo enfatizando negativamente o recurso de narração em off (exercido por Natalia Klein), uma das mais vergonhosas utilizações do mesmo. Literalmente, ela apenas narra os sentimentos dos personagens em cena e avisa para os espectadores. Um claro exemplo, é quando Liz está pensando sobre quem matou sua mãe. Então entra a narração para falar “agora, Liz já está pensando em mais um suspeito” (é algo neste nível). Eu não culpo a mesma do recurso, pois em uma era onde a maioria dos espectadores deste tipo de série briga com a atenção com um meme da internet e até mesmo uma conversa de Whatsapp, ela precisa ter sua história mostrada de alguma forma e esta foi a solução (e infelizmente é um fato que muitos devemos aceitar).    

Mas quando as atenções são direcionadas para a trama em si vemos que o roteiro sequer se preocupa em fazer com que gostemos das protagonistas, ou até permite que seja criada uma atmosfera divertida. Tudo se resume a casos amorosos, egos e atuações horríveis (em especial Gavassi, que está horrível), e transforma os sete episódios, de 30 minutos cada, parecer que estamos há semanas grudados na plataforma. Embora a trama tente vender os tópicos citados como “uma rotina no local”, faltou primeiro uma familiarização com os personagens (uma vez que só queremos que eles se deem mal, para acontecer algo de relevante na atração).

Em seu desfecho parece que “Maldivas” foi feita exclusivamente para agradar os fãs das atrizes protagonistas, e render vários memes na internet, com o intuito de levar um público maior para a Netflix. Lamentável.

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