Este é mais um daqueles casos onde a distribuidora vende o filme de forma totalmente errada, mas isso não transformará Me Tira da Mira em um longa nacional sensacional.
Conferindo o material promocional e trailer (que fazem questão de enaltecer a quantidade de nomes presentes em uma trama “nonsense”), pensamos que se trata de uma produção ruim demais.
Só que a produção assinada pelo diretor Hsu Chien Hsin (Quem Vai Ficar com Mário?), é mais uma ação com doses homeopáticas de comédia.
Após o assassinato misterioso da atriz Antuérpia Fox (Vera Fischer), a investigadora Roberta (Cleo) se propõe a assumir a investigação com seu parceiro Lucas (Fiuk), mesmo que seu Pai super controlador, Jorge (Fábio Jr.) e chefe, permita.
Imagem: Imagem Filmes (Divulgação)
Já deixo avisado de antemão que o roteiro de Beatriz Rhaddour e Claudio Simões consegue tirar boas piadas quando estamos em momentos de interação entre Cleo, Fiuk e Fábio Jr. (cujas linhas de diálogo remetendo suas músicas, acabam sendo realmente bem engraçadas).
Agora ele peca ao tentar criar algumas sub-tramas cômicas, como da atriz cancelada Nathasha (Júlia Rabello, em performance totalmente forçada e sem graça) e da recepcionista Amanda (Viih Tube). Se tivessem ficado apenas explorando o trio citado, certamente a diversão seria maior.
Isso sem citar quando Hsin tenta criar uma atmosfera de suspense e ação, porém acaba descartando o recurso quando corta para outra cena totalmente sem sentido e até mesmo para algum alívio cômico (como beijo no meio de um tiroteio).
Nos primeiros 20 minutos, ele realmente consegue tirar graça nisso, pois se enquadra no padrão nonsense (lembrando até a franquia Corra Que A Policia Vem Ai!). Mas depois, vira galhofa.
Me Tira da Mira é uma produção nacional que parece ter sido feita para reunir velhos amigos e parentes, para se divertirem e realmente esqueceram de avisar aos mesmos que estava sendo feito um filme para os cinemas.