Não é novidade que as produções estampadas por Adam Sandler como produtor, são muito divertidas (“A Missy Errada“) ou muito ruins (“Time do Coração“). “Meus Sogros Tão Pro Crime” facilmente se encaixa no segundo caso, pois temos ótimos nomes como Pierce Brosnan e Ellen Barkin, em papéis onde nitidamente foram aceitos por conta do cachê (já que eles comprovaram outras vezes ter semblante cômico plausível).
Prestes a se casarem nos próximos dias, o bancário Owen (Adam Devine) está bastante ansioso com as possibilidades que ele pode exercer com sua noiva Parker (Nina Dobrev). Eis que eles são surpreendidos com a vinda dos pais desta (Brosnan e Barkin), que logo acabam assaltando justamente o banco onde o genro trabalha.
Imagem: Netflix (Divulgação)
O roteiro da dupla Ben Zazove e Evan Turner, parece ter sido tirado de um lixo, entregue na mão do comediante Adam Levine (“Um Senhor Estagiário”) e os próprios disseram para ele “olha, faz umas piadinhas improvisadas aí, pois o público gosta de ser o seu estilo escrachado”. Porque realmente, estamos falando de um projeto que se resume nisso, durante sua metragem de quase 90 minutos.
Sim, o próprio possui um tipo de humor que funciona não como protagonista, e sim como coadjuvante de apoio (como já foi de astros do nível de Robert De Niro e Bryan Cranston). E chega a ser vergonhoso vermos que em paralelo, Brosnan e Barkin estão com imensa vergonha e pouca vontade de estarem neste projeto. Não sobra uma linha de diálogo cômica para a dupla, que não seja repetir a mesma piada exaustivamente.
Pior ainda, é termos a participação de atores que já mostraram ótimos em outros projetos como Michael Rooker, Richard Kind e Lauren Lapkus (a protagonista do ótimo “A Missy Errada“), em papéis forçados, sem graça e que chegam a serem vergonhosos.
“Meus Sogros Tão Pro Crime” termina sendo uma comédia tão sem graça, que o único crime que vemos é o fato dela ter sido realizada para o público.