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Crítica | Mistério em Paris

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Depois de “Mistério no Mediterrâneo” ter sido um dos filmes mais assistidos na história da Netflix, em seus três primeiros dias (com 30 milhões de acessos), em 2019, era certo que a plataforma iria investir em uma potencial franquia. “Mistério em Paris” não apenas traz novamente a dupla Adam Sandler e Jennifer Aniston no papel do casal de detetives Nick e Audrey, como também o roteirista James Vanderbilt (que também cuidou do roteiro do quinto e sexto “Pânico“). Mesmo não se tratando exatamente de uma comédia, a franquia consegue homenagear o estilo de Agatha Christie consideravelmente.

Após os eventos do primeiro longa, o casal Nick e Audrey resolveu investir todas suas economias em uma agência de detetives particulares. Mesmo com vários casos resultando em fracassos, a dupla nunca deixou a peteca cair. Então, eles são convidados para o casamento de um amigo de longa data (Adeel Akhtar) com Claudette (Mélanie Laurent), até que o próprio acaba sendo sequestrado na própria cerimônia, o que fará os próprios investigarem o ocorrido por conta própria.

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Imagem: Netflix (Divulgação)

Parece que depois de vários longas com qualidades horrendas, o próprio Adam Sandler decidiu reavaliar o que realmente funcionava e deveria ser colocado nos seus filmes (uma vez que eles são feitos por sua produtora, em 90% das vezes). Apesar das suas famosas esquetes humorísticas diminuírem (o que é bom, dentro do contexto desta eventual franquia), a graça se dá em algumas situações naturais e absurdas que são criadas pelo contexto da trama (com destaque para uma inusitada cena de ação em Paris).

Usufruindo da sua química com Aniston (que realmente é muito boa), o roteiro sabiamente opta por explorar a veia cômica de alguns atores como Enrique Arce (o Arturo de “La Casa de Papel“, que rouba a cena) e John Kani (que volta a viver o Coronel Ulenga) com o estilo carrasco de Mark Strong (que interpreta o agente Miller). Dentro da premissa, isso acaba sendo válido até mesmo por se tratar de uma produção com o cenário de “quem será o vilão?”.

Mistério em Paris” consegue se estabelecer como mais uma boa produção de Adam Sandler, mostrando que o próprio está aos poucos voltando a fazer filmes divertidos e com qualidade.

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