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Crítica | Morbius

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Um pouco antes de Morbius ser lançado originalmente no início de 2020, o ator Jared Leto se encontrava em um retiro espiritual, isolado de tudo e todos (tanto que ele não soube da pandemia, durante boa parte do mesmo).

Dois anos depois, finalmente entendemos porque ele queria se isolar: realmente, depois dele ter finalizado sua participação nesta bomba, certamente ele queria ficar sem contato nenhum com a sociedade.

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Sim, estou falando do pior filme lançado neste ano (difícil conseguir imaginar se teremos algo pior) e ainda com o selo da Marvel (apesar de não ter o envolvimento de Kevin Feige) com a Sony Pictures.   

Na trama, Leto interpreta o renomado cientista Dr. Michael Morbius, que durante anos tentou procurar uma cura para sua doença que causava diversos problemas sanguíneos e ósseos. Após ele finalmente ter acertado no desenvolvimento do soro, ele decide aplicar em si mesmo. Só que devido a uma mistura no DNA de morcegos com humanos, ele acaba assumindo uma mutação que o faz ser um vampiro.

Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Realmente não sei por onde começar, sobre qual seria o pior ponto nesta produção. Seja a trilha sonora óbvia de Jon Ekstrand, a edição porca de Pietro Scalia e principalmente o roteiro de Matt Sazama e Burk Sharpless.

Com diálogos clichês, desinteressantes e personagens totalmente burros e com decisões totalmente estúpidas (afinal, substituir um fusível em uma máquina medicinal é algo digno para o protagonista ganhar uma bolsa de estudos em uma renomada faculdade, sim isso realmente acontece no filme), a cada frame a vergonha parece ser aumentada ainda mais.

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Para piorar a situação, ainda o vilão Milo (Matt Smith) consegue ser tão ruim, mas tão ruim, que chamar ele disso soa como elogio. Mas, ainda temos uma dupla de investigadores (vividos por Tyrese Gibson e Al Madrigal) que demoram quase 70 minutos do longa para descobrirem o óbvio.

Isso porque não citei que o interesse amoroso de Morbius, Martine Bancroft (Adria Arjona, que parece mais um clone da Jessica Alba) só aparece para fazer caretas e gritar por socorro (sim, eles ainda estão na década de 50).

Realmente outro fator que nos faz não ter interesse por estes personagens, é o péssimo trabalho de montagem do filme, que parece ter sofrido vários problemas na pós-produção e os executivos da Sony queriam não só tirar várias cenas de violência para ter uma censura 12 anos, mas também encurtar o longa para ter mais sessões (e logo, isso trará mais lucro).

Só que em uma era onde temos “Batman” e “Vingadores Ultimato” com três horas e “Coringa” com um orçamento pequeno, censura 18 anos, fazendo bilhões, realmente isso não faz mais sentido.

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Isso porque não falei dos efeitos visuais, que se resumem a deixar Milo e Morbius com uma cara de zumbis, e em cenas de ação tudo ser resumido a slow-motion e ventos. Parece que os envolvidos deste longa não viram a evolução nos filmes da Marvel, e sequer se deram o trabalho de analisar que ultimamente este tipo de projeto não pode tratar mais o espectador como mero jumento.

Morbius” acaba sendo uma das maiores vergonhas da história do cinema, e serve apenas para você passar raiva durante quase duas horas de exibição.

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