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Crítica | Na Sua Casa ou Na Minha?

Engenharia do Cinema

Por mais que possa soar clichê e totalmente um filme que explora o famoso “mais do mesmo”, digamos que a Netflix acertou em cheio neste longa estrelado por Ashton Kutcher e Reese Whiterspoon (que voltam ao gênero que lhes consagrou nos cinemas, depois de anos). Com uma boa dosagem de leveza, arcos que nos fazem se divertir e ao mesmo tempo relaxar, “Na Sua Casa ou Na Minha?” facilmente irá fazer sucesso com o público.    

A história gira em torno de Debbie (Witherspoon) e Peter (Kuther) que são amigos há 20 anos e desde então não deixam de sempre estarem juntos e conversarem sobre as suas vidas. Mas um dia, eles acabam tendo a ideia de literalmente trocarem de casas, pois a primeira terá de realizar um curso em Nova York, enquanto seu filho terá de ficar em sua cidade natal por conta da escola.

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Imagem: Netflix (Divulgação)

O roteiro e direção são assinados por Aline Brosh McKenna (que escreveu os divertidos “O Diabo Veste Prada” e “Cruella“, ou seja, ela sabe o que o público gosta), que procura estabelecer em um primeiro momento uma narrativa que sempre enfatize que ambos são conectados, há todo momento, de todas as maneiras possíveis (mas sem deixar isso explicito em diálogos, chamando indiretamente o espectador de desligado).

E isso é mérito também dos próprios protagonistas, que possuem uma química e sintonia gigante dentro deste contexto. Sim, ambos acabam vivendo várias situações já conhecidas pelo grande público em outras produções como “A mãe que sufoca o filho”, “o homem mulherengo”, “a mulher que se apaixona pelo cara maduro” e etc. Só que isso acaba fazendo sentido dentro da narrativa que já era composta com este intuito.

Não posso deixar de fazer menções honrosas a participações breves, mas bem executadas, de nomes como Zoe Chao (a amante de Peter, e que vira amiga de Debbie, Minka), Steve Zahn (o floricultor Zen) e Tig Notaro (uma das mães da escola do filho de Debbie). São aparições homeopáticas na história, mas que funcionam mais por conta do carisma dos atores, ao invés do próprio roteiro.

Na Sua Casa ou Na Minha?” facilmente conseguirá conquistar o seu público e fazer com que a própria Netflix invista ainda mais em produções nesta pegada.

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