É inegável que ao ver o nome de Toni Collete estampando alguma minissérie da Netflix, sabemos que terá qualidade em alguma coisa. Seja nas atuações, roteiro e até mesmo no fator entretenimento. Após o sucesso de “Inacreditável” em 2019, ela retorna mais uma vez em uma produção da plataforma em “Ninguém Pode Saber“. Inspirado no livro de Karin Slaughter e dividida em oito episódios com cerca de 40 minutos cada, realmente estamos falando de uma minissérie que se encaixa nos padrões ditos.
Imagem: Netflix (Divulgação)
O enredo tem inicio quando Laura (Collete) impede que sua filha Andy (Bella Heathcote) seja assassinada em um repentino massacre em uma lanchonete, ao conseguir matar o próprio atirador. A atitude acabou provocando um espanto em todos ao seu redor, fazendo com que Andy comece a desconfiar que sua mãe lhe esconde algo bastante perigoso.
A direção dos episódios são assinadas por Minkie Spiro, que está ciente do fato de termos um roteiro cuja premissa qualquer espectador consegue discernir seus desdobramentos. Eis que ela começa apelar para uma atmosfera de nos aproximarmos de alguns personagens, para podermos comprar sua história. Com constantes flashbacks da vida de Laura (agora vivida por Jessica Barden), começamos aos poucos a compreender o quebra-cabeças que está sendo feito. Não entrarei em território de spoilers, mas alerto que a fonte condiz e muito com o que estamos vendo em movimentos sociopolíticos.
Porém o que acaba deixando um pouco de lado é a própria trama central de Andy, que realmente é aproveitada por poucas vezes. Atmosferas de suspense em sua investigação, são jogadas de lado e temos a mesma em cenas de novela mexicana (que vão de discussões com padrasto, “ajudante na investigação” e até mesmo com a própria Laura). Faltou mais originalidade na atmosfera desta. Embora o show das atuações seja sobre Collete, Heathcote e Barden.
Mesmo as vezes parecendo uma novela mexicana, “Ninguém Pode Saber” consegue entreter quem busca um suspense interessante na Netflix.