Sem dúvidas este filme de terror foi um dos vários casos da má gestão da Disney, na América Latina, pois ao invés de aproveitarem para terem lançado o mesmo nos cinemas, direcionaram diretamente para o Star+. Fazendo um enorme sucesso nos EUA, “Noites Brutais” literalmente é um longa que mistura “Olhos Famintos” com “Psicose”, ao contar sua história diferente e original (algo que está ficando cada vez mais interessante, no cinema de horror).
A história tem início com Tess (Georgina Campbell), que aluga uma casa no aplicativo Airbnb e ao chegar no local descobre que o mesmo já está sendo ocupado por Keith (Bill Skarsgård). Como ela teria uma entrevista de emprego no dia seguinte, resolveu ficar no local mesmo com um estranho estando lá. Mas à medida que ela vai ficando mais tempo lá, descobre coisas estranhas que estão acontecendo.
Imagem: 20th Century Studios (Divulgação)
Escrito e dirigido por Zach Cregger (que vem de comédias pastelões como “Colegiais em Apuros“), vemos que nitidamente ele bebeu bastante da veia de Alfred Hitchcock e seu “Psicose” ao contar este tipo de história. Em um primeiro momento ele procura trabalhar a mente do espectador para mentalizar uma coisa, mas o mesmo acaba tomando outro rumo e tipo de pegada. E isso acaba aguçando a atenção do espectador, mesmo com ele não deixando se levar para cenas de violência gratuita e sangue adoidado.
Sem entrar muito em território de spoilers, ele só peca ao tentar explorar pautas sociais como o “Me Too”, por intermédio do personagem de Justin Long (AJ), que é um cineasta acusado de estupro e acaba tendo de enfrentar com as consequências até seu julgamento. Parece que o assunto simplesmente some do filme, e ele está ali apenas com o propósito de ser uma chave para o desfecho do projeto.
Em seu desfecho, vemos que “Noites Brutais” é um interessante filme de horror, que mostra o quão o gênero consegue se reinventar.