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Crítica | O Lobisomem da Noite

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Realmente de todas as produções lançadas na Fase 4, da Marvel Studios, “O Lobisomem da Noite” foi nitidamente a melhor coisa já realizada (e até mesmo quase nula, e ofuscada por conta da baixa expectativa que a própria Marvel criou). Concebido como um “Especial de Halloween”, a obra não se liga com nenhuma produção do estúdio (a não ser por uma breve menção aos “Vingadores”, na abertura) e procura focar em um lado “macabro” do próprio UCM (como é citado ainda no prefácio da obra).    

 A história tem início quando um grupo de excêntricas personalidades são selecionadas para prestarem condolências ao finado portador de um objeto poderoso. Durante a mesma, a misteriosa Verussa (Harriet Sansom Harris) comenta que o próximo a ter posse do citado, terá de enfrentar um complexo desafio, que envolve encontrar o mesmo em um labirinto macabro e misterioso. E nesta jornada, somos apresentados a Jack (Gael García Bernal), que esconde um macabro segredo.  

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Imagem: Marvel Studios (Divulgação)

Em seu primeiro grande trabalho como diretor, Michael Giacchino (que assinou a composição de várias produções da Disney) tem como foco apenas uma única produção, que é o clássico “O Lobisomem“, dirigido por George Waggner e lançado em 1941. Como o gênero de monstros não possuía muita complexidade nos roteiros, e uma metragem não muito ampla (este por exemplo durou cerca de 70 minutos), o ponto inicial é exatamente este.

Mas como estamos falando de uma história criada pelo universo da Marvel, obviamente o escopo é diferente (já que o personagem original é da Universal Studios) e não devemos nos prender na mesma para não estragar a experiência. Porém, a base como um todo é totalmente inspirada no longa de Waggner. Seja por intermédio da fotografia de Zoë White, que usa e abusa do estilo clássico com uma aparência similar a uma gravação na icônica câmera Panavision, de 35 mm (formato onde os filmes eram gravados no passado), até mesmo alguns efeitos visuais são feitos de maneira totalmente prática (apelando para a maquiagem, roupas que se assemelham à monstros e até mesmo jogos de câmera).

Isso sem falar que é nítido que tanto Bernal, como Laura Donnelly (intérprete de Elsa Bloodstone) se entregaram de cabeça ao papel e estudaram a fundo o estilo deste tipo de produção. Porque eles se assemelham e muito a atores daquela época (que eram uma mistura de canastrões, com boa pinta).    

O Lobisomem da Noite” acaba sendo um verdadeiro exemplo de projeto que é tratado como “patinho feio” pelo estúdio, mas que na verdade é um grande pavão, quando é colocado ao público.

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