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Crítica | Pinóquio

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Lançado como um dos principais títulos do Disney+ Day (evento que celebra grandes lançamentos na plataforma do streaming), o live-action de “Pinóquio” acaba se transformando em um verdadeiro presente de grego, um verdadeiro Cavalo de Troia da Disney, na casa do espectador que procurava uma homenagem à icônica animação clássica. Mesmo com a direção de Robert Zemeckis (que também assinou o roteiro com Chris Weitz), que é conhecido por ter trazido para nós sucedidos filmes como “O Expresso Polar” e “De Volta Para o Futuro“, aqui ele repete sua parceria com Tom Hanks e acaba se tornando uma verdadeira mancha na filmografia de ambos.    

Com base no clássico conto italiano de Carlo Collodi, a história mostra o marceneiro Gepeto (Hanks) que após construir um boneco de madeira, este acaba sendo visitado por uma Fada Madrinha (Cynthia Erivo) que lhe concede a vida. Porém, para ele se tornar um menino deverá se mostrar digno. A história pode ser conhecida por todos, mas agora temos mais um caso onde a Disney resolveu mudar grande parte dos arcos (inclusive o final, que era crucial para a mensagem da história fazer sentido), com o propósito de agradar um público inexpressivo.

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Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação)

Durante seus 110 minutos de projeção, a única coisa que sentimos ao ver o andamento deste live-action é o “como alguém pode ter aprovado o desenvolvimento de um roteiro tão desastroso?”. Sempre procurando divergir em grande parte da história clássica, este Pinóquio acaba sendo um personagem com um ego grande e que ele mesmo tira suas conclusões sozinho e não precisa de absolutamente ninguém para puxar sua orelha. Cada trajetória que ele atravessa, parece que o mesmo está vivendo em pleno século 21 (já que até os vocabulários e atitudes, não batem com a realidade daquela época).

E isso acaba resultando no sumiço de vários personagens regulares na história clássica, como a Fada Madrinha (cuja caracterização de Cynthia Erivo está mais beirando a um filme de terror, ao invés de um símbolo de figura materna) e o próprio Gepeto. Embora o CGI esteja ótimo em algumas caracterizações como do Grilo (dublado por Joseph Gordon-Levitt) e de outros animais que aparecem, em determinados momentos ele acaba soando um tanto estranho em algumas situações (vide o gato de Gepeto, ser feito totalmente desta maneira). 

Pinóquio” acaba se tornando mais uma vergonhosa adaptação da Disney, mostrando o quão o estúdio está totalmente perdido em suas produções, ao procurar focar em tópicos que realmente não funcionam.   

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