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Crítica | Tetris

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Não existe uma pessoa que pelo menos uma vez na vida, não jogou o famoso game “Tetris“. Criado em plena Rússia, em 1984, pelo cientista russo Alexey Pajitnov, em pleno período onde a União Soviética estava em crise por conta do enfraquecimento do comunismo, o próprio acabou se tornando uma verdadeira arma para os apoiadores do movimento, que tentaram usufruir do interesse de várias grandes empresas (entre elas a Nintendo) para tentar mostrar a força do movimento (mesmo com ele estando em sua queda). E é exatamente este o foco da narrativa.

Baseada em fatos reais, a história se passa em 1988, quando o vendedor de games Henk Rogers (Taron Egerton) acaba descobrindo o icônico game “Tetris”. Vendo o enorme potencial do mesmo, ele resolve ir por conta própria para a Nintendo, no Japão, para negociar com os CEOs da empresa a fabricação do mesmo. Porém, durante o desenvolvimento do processo, ele descobre que existem problemas contratuais na questão dos direitos autorais. O que lhe faz viajar até a Rússia, para tentar reaver os mesmos.

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Imagem: Apple Original Productions (Divulgação)

O roteiro de Noah Pink (da série “Genius“) em um primeiro momento tenta nos vender a importância do jogo “Tetris“, no cenário apresentado e como sua facilidade de jogatina e fabricação, poderia ser mais plausível e comercializada que os já sucedidos games do Super Mario (que coincidentemente, terá seu filme lançado nesta semana). Para em um terceiro ato vir salientar como era o clima do comunismo na Rússia, e o quão delicado era aquele cenário no país (uma vez que eles não aceitavam nem cair em contradição).

E o diretor Jon S. Baird (“Stan & Ollie“) está ciente das possibilidades que podem ser executadas no visual da produção, e consegue encaixar uma estética que remete à vários momentos, o próprio “Tetris” e o icônico “Super Mario” (o que é até divertido, e traz um conforto e fácil compreensão na narrativa aos mais desatentos). Ele só pecou um pouco ao inserir cenas de ação desnecessárias no contexto que havia sendo apresentado (soou bastante aleatório, uma vez que o longa não clamava por isso).    

Outro grande acerto é a escalação de Edgerton, para interpretar Hank, pois o ator não só se assemelha um vendedor nato, como também gostamos dele logo nos primeiros minutos em cena, ele literalmente nos vende a importância do “Tetris” (causando até vontade de irmos jogar o próprio).

Tetris” termina sendo um interessante retrato de como funciona a indústria dos games, e como o comunismo é um movimento cruel, que realmente não funciona. 

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