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Crítica | The Last of Us (1ª Temporada)

Engenharia do Cinema

Sendo um dos primeiros grandes sucessos de 2023, a primeira temporada de “The Last of Us” pode ser vista como uma extensão do sucedido Game de Playstation (que abriu uma divisão voltada para filmes e séries). Dividida em nove episódios, a atração entrou para o famoso hall do “ame ou odeie”, mas uma coisa é fato: Pedro Pascal e Bella Ramsey, intérpretes de Joel e Ellie, possuem uma enorme química em cena. Porém, a mesma acaba pecando um pouco ao tentar esquivar em algumas subtramas, que não acrescentam em absolutamente nada no arco central.       

Após uma pandemia global transformar os seres humanos em zumbis com uma aparência de fungos ambulantes, Joel (Pascal) vive como um mercenário. Em um dos seus trabalhos, ele acaba se deparando com a jovem Ellie (Ramsey), pela qual deve ser levada para uma outra cidade dos EUA. Sem saber exatamente o motivo da importância da garota, ele acaba aceitando a missão. Mas não imaginava os diversos desafios que terá de enfrentar pelo caminho.   

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Imagem: HBO (Divulgação)

Um fato nesta primeira temporada, é que os roteiristas Craig Mazin (“Chernobyl“) e Neil Druckmann (criador do game) tinham como base “encher linguiça” para conseguir colocar conteúdo suficiente que desse nove episódios. Embora o arco do game seja ótimo e conseguisse dar tranquilo um conteúdo para esta primeira temporada, há uma divisão de arcos que realmente funcionam e outros que não.

Enquanto de um lado temos uma extensão sobre a vida de Ellie e sua relação com Riley (Storm Reid), no outro temos um episódio sobre o romance entre Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett), pelos quais acabam sendo esquecidos pela própria narrativa já no episódio posterior. A primeira situação é válida, já a segunda soa totalmente forçada e poderia até ser substituída por mais da vida pessoal de Joel e até mesmo seu passado com Tess (Anna Torv).

Apesar desses descuidos no roteiro, as cenas de ação e suspense fazem jus a premissa, uma vez que consegue captar nossa atenção nos momentos certos, e até mesmo tirar lágrimas quando menos esperamos. Inclusive, uma vez que vemos os infectados em ação, a adrenalina sempre é muito bem impactante e transposta (inclusive há tomadas em primeira pessoa, realmente bem feitas). Mas ainda sim, isso é mostrado pouco em relação ao game (que conseguia colocar estes em vários cenários).   

No quesito de atuação, à medida que a atração vai avançando, fica nítido que Pascal e Ramsey nasceram para fazerem os protagonistas desta atração. Além deles serem compatíveis com relação à figura “Pai e Filha”, o entrosamento deles é natural e você acaba cada vez mais interessado em desenvolver estes. Não posso deixar de dizer que ainda existem algumas menções honrosas que devem ser feitas, como as participações breves de Melanie Lynskey (Kathleen Coghlan), Lamar Johnson (Henry Burrell) e Keivonn Woodard (o filho surdo/mudo de Henry, Sam Burrell) e Merle Dandridge (Marlene, que também viveu a mesma no game).   

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A primeira temporada de “The Last of Us” consegue ser bastante fiel ao game, preenchendo algumas lacunas que estavam abertas e deixa um gosto enorme para o segundo ano.

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