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Crítica | Vizinhos

Engenharia do Cinema

Não é novidade que a trinca do humorista Leandro Hassum com o roteirista Paulo Cursino e diretor Roberto Santucci (responsáveis por filmes como “O Candidato Honesto” e “Até Que A Sorte nos Separe“), está dando certo na Netflix, uma vez que “Tudo Bem No Natal Que Vem” conseguiu um destaque tão grande na plataforma que além de se tornar um dos maiores lançamentos brasileiros no serviço, já está prestes a ganhar um remake latino (que sairá neste ano, inclusive). Apesar de ter pego carona na comédia estrelada por Seth Rogen e Zac Efron, “Vizinhos” é uma comédia que nos coloca em um lado cômico de uma situação que muitos de nós passamos: tretas com aqueles que moram ao lado de nossa residência.

A história tem início com o pacato vendedor de instrumentos musicais Walter (Hassum), onde após ter um problema de saúde frágil é obrigado por recomendação médica a se afastar da função e morar em um local tranquilo. Então ele e sua esposa Joana (Júlia Rabello) resolvem ir para um condomínio isolado, e acreditam ter tirado a sorte grande. Só que não imaginavam que eles tinham adquirido uma casa ao lado de Toninho (Maurício Manfrini), que comanda uma escola de samba com sua família.   

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Imagem: Netflix (Divulgação)

Já adianto de que estamos falando de uma comédia que mescla o gênero pastelão com humor negro, ou seja, é um tipo de humor voltado para um público especifico e que não acaba caindo nos odes do politicamente correto ou não demonstra fazer piada com todo tipo de situação possível. E para isso, o próprio roteirista Paulo Cursino já se mostrou mestre em fazer nos cinemas, uma vez que ele sabe que tem em mãos dois caras que estão acostumados a trabalhar com improviso, que são os próprios Hassum e Manfrini.

Enquanto o primeiro nos brinda com uma versão escrachada do Ned Flanders (é impagável você não lembrar do mesmo), o segundo esta uma verdadeira mistura de Zeca Pagodinho com Sérgio Malandro (inclusive, seria sensacional se este fizesse uma ponta no projeto). Além deles terem boa química com relação ao entrosamento (não duvido que trabalhem juntos mais vezes), o timing cômico deles casa perfeitamente (e é nítido que rolou improviso em muitas cenas).

“Vizinhos” só mostra que enquanto a comédia nacional não sofrer interferência de terceiros para decidir o que “realmente é engraçado”, certamente ainda seremos brindados com mais boas comédias neste mesmo estilo.

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