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Falando Série - Lucas Krempel

Crítica: O Doutrinador ganha força e profundidade em série da Space

No fim do ano passado, logo após o término das eleição presidencial, o filme O Doutrinador chegou aos cinemas com muita polêmica. Afinal, o protagonista, inspirado na HQ de Luciano Cunha, assassina diversos políticos. A motivação vem após a morte da filha, vítima de uma bala perdida. Mas, principalmente, pelo descaso do sistema com a saúde pública.

O enredo, para quem foi aos cinemas, não é diferente. O Doutrinador – A Série, que estreou no último domingo, no Canal Space, foi gravada juntamente com o filme. Na TV, a trama tem desdobramentos mais aprofundados, personagens inéditos, mais cenas de ação e efeitos especiais.

São sete episódios semanais, com 45 minutos de duração cada. Sempre com exibição aos domingos, às 21h.

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O enredo do Doutrinador

Para quem não foi aos cinemas, vale reforçar o enredo. Miguel Montessanti (Kiko Pissolato) é um agente de elite da polícia, que decide combater a corrupção com as próprias mãos. 

Além de ter perdido a filha, ele viu a Operação Linfoma, que visava deter políticos envolvidos em desvios na saúde pública, ser arquivada por falta de provas. 

No início, ele age sozinho, indo na cara e coragem assassinar um por um. Começa com o governador. E depois caça deputados, secretários, prefeito. Não sobra um.

Mas para chegar em algumas autoridades do alto escalão, Miguel contará com a ajuda de Nina (Tainá Medina), uma hacker, que fora detida durante os protestos do início da trama.

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Paralelamente à caçada, Miguel passa a ser o alvo principal da sua equipe. Mesmo que eles não saibam quem é o Doutrinador, batizado assim pelo jornalista Dantão (Ricardo Dantas).

Enquanto o Doutrinador segue combatendo a corrupção da forma mais violenta possível, a senadora Julia Machado (Helena Ranaldi) e o deputado federal Anterinho (Gustavo Vaz) travam um duelo na corrida presidencial. Ela, aparentemente, disposta a combater a corrupção. Ele forjado pelo pai, um político veterano, Antero Gomes (Carlos Betão).

Partidos e cidades fictícias

Importante frisar que a série, dirigida por Gustavo Bonafé, não trabalha com partidos, políticos, cidades e estados reais. É tudo fictício. Imagino que para fugir de problemas jurídicos e da polarização de direita e esquerda do Brasil. As imagens, no entanto, não deixam mentir. A série foi toda gravada em São Paulo.

Fazem parte do elenco também Tainá Medina, Du Moscovis, Natália Lage, Marília Gabriela, Natallia Rodrigues entre outros.

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Aos fãs dos quadrinhos, uma mudança bem visível está no protagonista. Tanto no cinema como na série, ele difere bastante do original. Nas HQs, o Doutrinador é um senhor bem mais velho, na casa dos 60 anos, oriundo da ditadura militar.

Em resumo, indico filme, série e quadrinhos. Cada um será consumido de uma forma, mas em todos o resultado é satisfatório.

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