Eu, A Vó e a Boi rouba a cena em painel divertido na CCXP

Não bastasse estar com um dos maiores estandes da CCXP 2019, a Globoplay mostrou sua força com uma série de anúncios para a próxima temporada.

Em um de seus principais painéis, no Auditório Cinemark XD, a plataforma destacou três produções de gêneros distintos: Eu, A Vó e a Boi (comédia), Onde Está Meu Coração (drama) e Desalma (terror).

Eu, A Vó e a Boi

Para apresentar Eu, A Vó e a Boi, a única já disponível na Globoplay, a CCXP recebeu o diretor Paulo Silvestrini e os atores Daniel Rangel, Arlete Salles, Danielle Winits, Marco Luque e Alessandra Maestrini.

“Ele é um seriado escrito pelo querido e incrível Miguel Falabella, mas guarda algumas particularidades. É uma série bastante contemporânea, tem uma crônica ácida e inteligente, interpretada majestosamente por esse elenco. Encontramos ali um tanto da vida, do momento que estamos vivendo no Brasil. Não são exceções, mas são parecidas com pessoas que convivemos no dia a dia”, diz Paulo Silvestrini.

Danielle Winits destaca que apesar das peculiaridades, a série não pode ser classificada como humor negro. 

“É uma história de amor, ódio e rancor. Como o Paulinho falou é algo que tem um humor muito particular. Não chega a ser um humor negro, mas possui muita acidez. O espaço ali denominado acaba se tornando uma grande família. Tem a família da Boi, a família da Avó, mas os personagens que permeiam a série formam uma grande família. É uma crítica contemporânea sobre o que temos hoje. Queremos mostrar o que é o amor”, diz Danielle.

O enredo

O storyline de Eu, a Vó e a Boi, apesar de nada convencional, tem como pano de fundo a vida real. Em 2017, Eduardo Hanzo decidiu compartilhar com seus seguidores no Twitter a bélica – e muitas vezes cômica – relação de inimizade entre sua avó e a vizinha dela. 

“Eu faço o cara que fica no meio do fogo cruzado. Ele é o neto dessas duas forças da natureza e tenta trazer um pouco de paz”, comentou Rangel.

Elenco e diretor de Eu, A Avó e a Boi durante painel na CCXP (Foto: I Hate Flash)

Silvestrini detalhou mais a inspiração na vida real, mas explicando algumas adaptações.

“O Eduardo estava contando a história de duas personagens que se odiavam. A avó costumava chamar a vizinha de vaca, mas como era um xingamento muito machista, optou por chamar de boi. Ela nem merecia ser chamada de vaca. O ódio é um personagem importante da série. É algo que se forma na rua, vai para a vala, e alimenta o ódio das duas a ponto de tornar esse lugar árido e sem possibilidades”. 

Comparação

Na sequência, Rangel fez uma comparação pertinente sobre a relação das duas personagens. “É como o Batman e o Coringa. Um não consegue viver sem o outro. A Avó e a Boi são a mesma coisa”.

Ao fim do painel, Alessandra Maestrini mostrou toda sua potência vocal ao interpretar uma ópera no palco da CCXP, arrancando muitos aplausos e gritos dos fãs.

“A série tem ópera, rock and roll, tem tudo. Quando o Miguel escreveu a série, ele sugeria músicas que faziam parte do texto dele”, finalizou o diretor.