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Falando Série - Lucas Krempel

Falando Séries #85 – Samantha! e o humor nonsense do Necrópolis

A série nacional Samantha! está de volta ao Netflix. A segunda temporada estreou, ontem, na plataforma de streaming. Para reforçar a lembrança do leitor, na primeira temporada fomos apresentados à estrela-mirim dos anos 1980, Samantha (Emanuelle Araújo). Nos dias atuais, ela tenta desesperadamente voltar aos holofotes e, para atingir o seu objetivo, vale tudo.

A celebridade é casada com Dodói (Douglas Silva), um ex-jogador do Flamengo, que é totalmente o oposto: tenta evitar ao máximo a badalação da imprensa, apesar de ser praticamente impossível. Um casal de filhos, Cindy (Sabrina Nonata) e Brandon (Cauã Gonçalves), completa essa família bem maluca.

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Na nova temporada, Samantha decide que é hora de crescer. Agora, ela precisa provar a todos que, além da Criança Mais Amada do Brasil, ela pode ser uma profissional, uma mãe e uma esposa madura.

O amadurecimento tardio de Samantha, no entanto, vem acompanhado de um momento ainda mais turbulento. Tico (Rodrigo Pandolfo) e Bolota (Maurício Xavier), companheiros da estrela-mirim na Turminha do Plimplom, grupo que se apresentava no programa dos anos 1980, uniram forças para escrever um livro sobre as maldades impostas por Samantha.

Com o sucesso das vendas, a dupla decide investir na produção de um filme inspirado no livro. No teste de elenco, já no primeiro episódio da segunda temporada, diversas personalidades dão as caras em busca do papel de Samantha. Entre elas estão Luciana Gimenez e Nicole Bahls.

Se não bastasse isso, a protagonista precisa enfrentar algo que sempre evitou: as reuniões de pais na escola dos filhos. Samantha é vista de forma pejorativa pelos outros pais. É tida como uma mãe irresponsável e um mau exemplo para os outros.

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Em sua primeira participação na reunião, Samantha consegue, no entanto, conquistar boa parte dos pais, que dançam com ela. O que vem na sequência disso garante boas risadas.

Zezeh Barbosa (Sob Pressão, A Vila), que interpreta Socorro, Mariana Xavier (A Força do Querer, Gostosas, Lindas e Sexies), no papel de Leonora, e Alessandra Maestrini (Eu, minha avó e a boi, Duas de Mim) como Carmen Vecino, se juntam ao elenco da primeira temporada.

A segunda temporada conta com sete episódios, com duração média de 27 minutos cada.

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Humor nonsense de Necrópolis

Com tantas séries originais em seu catálogo, a Netflix muitas vezes não dá a devida atenção para produções terceirizadas. A gaúcha Necrópolis é um bom exemplo. Lançada no canal fechado Prime Box Brasil, a série é uma grata surpresa. Aposta num humor nonsense para falar sobre uma equipe do Instituto Médico Legal (IML). A química entre os personagens centrais nos fazem lembrar de produções como The Office e Brooklyn Nine-Nine. A diferença aqui está justamente no ambiente de trabalho.

A série se passa em um IML, cujo diretor, Peterson (Eduardo Mendonça), está à procura de um médico legista e, sem muitas opções, acaba contratando o inexperiente Dr. Richard (Rafael Pimenta). Ele compõe o quadro de funcionários com o auxiliar Oséias (Thiago Prade) e a secretária Pietra (Joana Kannenberg).

A inexperiência de Richard é o menor dos problemas. Além de não ter feito a residência após a conclusão do curso de Medicina, o profissional passa mal quando precisa abrir um cadáver para a autópsia. “Eu me formei para ajudar pessoas vivas”, costuma repetir, em várias passagens da primeira temporada.

Já Oséias, seu companheiro de trabalho, não tem o menor apego na hora de realizar a função. “É só um corpo morto. Temos uma ficha ali com o nome, mas não costumamos mexer nisso. A gente não deve pensar na vida dessas pessoas”, responde em uma discussão com Richard, enquanto o médico pesquisa sobre a vida do falecido nas redes sociais.

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Entre tantos pontos que fazem dessa série uma boa pedida para uma maratona (oito episódios, com média de 24 minutos cada), Necrópolis também aborda o chupacabra, traz um relacionamento homoafetivo, além de uma ligação com a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada há um ano. Em um dos primeiros episódios, a série coloca uma ativista social com ligação política como uma das vítimas que passa pelo IML. Ao término do episódio, uma mensagem informa que foi apenas uma triste coincidência, pois o capítulo já havia sido gravado antes do crime.

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