De um mês para cá, a Netflix viu seus concorrentes mostrarem as armas. E o resultado parece ter assustado a gigante do streaming. Disney, Apple, Amazon e Globoplay estão dispostos a diminuir a força da líder de assinaturas e equilibrar o jogo.
Disney +
O primeiro ataque veio da poderosa Disney, reforçada com todo conteúdo da Fox. No mês passado, o estúdio promoveu um grande evento nos Estados Unidos, a Expo D23, para apresentar tudo que fará parte do app Disney +.
Mulher-Hulk, Mandalorian, Muppets, Cavaleiro da Lua, Obi-Wan-Kenobi são apenas algumas das produções originais que vão estrear junto com a chegada da plataforma, em 12 de novembro (no Brasil só em 2020).
Por padrão, o serviço exibirá um carrossel de imagens no topo de sua interface para chamar atenção para séries e filmes novos ou produções que merecem destaque. Logo abaixo estarão seções dedicadas às marcas ou estúdios da Disney, como Pixar, Star Wars, Marvel e National Geographic.
Uma alteração considerável na forma de consumir esse conteúdo também deve gerar impacto na concorrência. A Disney + promete lançar episódios semanais, quebrando a regra de disponibilizar temporadas completas de uma vez, como a Netflix faz desde o início.
Já para os amantes de clássicos, a Disney+ compartilhará também boa parte do seu acervo, com as principais animações da Disney, todos os filmes da saga Marvel, além de Simpsons (mais de 30 temporadas) e outras séries de sucesso da Fox.
Nos Estados Unidos, o Disney+ vai estrear com preço de US$ 6,99 (R$ 28,48) por mês ou US$ 12,99 (R$ 52,93) no plano que inclui ESPN+ e Hulu.
Amazon Prime Video
Se a Disney chega com um acervo poderoso e conhecido do grande público, a Amazon Prime Video se apresenta como a econômica e cheia de benefícios. O serviço já estava disponível para o público brasileiro, mas somente agora ganhou uma versão verde e amarela.
Por R$ 9,90 por mês, o cliente tem acesso ao catálogo completo da Amazon, frete grátis nas compras do site, Prime Music (concorrente do Spotify), Prime Reading (incluindo milhares de ebooks e revistas da Editora Abril) e Twich Prime (plataforma de games).
Ah, tudo isso não tem como objetivo esconder o acervo da Amazon Prime Video. Longe disso. Séries originais como The Tick, The Boys, Carnival Row e a ultrapremiada The Marvelous Mrs. Maisel não me deixam mentir. Isso sem falar em produções mais antigas, como Seinfeld (essa passará para a Netflix a partir de 2021).
Apple TV+
Se não bastasse ter duas peso-pesados pela frente, a Netflix tem outra concorrente forte: Apple TV+. Na terça-feira, foi finalmente revelado o preço mensal da Apple TV+, o produto custará US$ 4,99 (R$ 20,00 na conversão).
Entretanto, o site MacMagazine apresentou duas ótimas novidades para os brasileiros. Primeiramente, o serviço chegará ao país no dia 1º de novembro, mesmo dia do lançamento mundial da plataforma. A outra ótima notícia, é que o Apple TV+ custará apenas R$ 9,90, como o Amazon Prime.
Ainda não temos muitas notícias sobre o catálogo da Apple TV+, mas durante a semana a plataforma revelou detalhes de See, a primeira série original do serviço, com Jason Momoa (Aquaman), como protagonista.
Globoplay
Pensa que acabou? A Netflix tem um desafiante de peso no Brasil: a Globoplay. Com grandes novelas da história da Globo, a plataforma também disponibiliza séries exclusivas nacionais. Aruanas, A Divisão, Shippados são algumas delas.
No entanto, o serviço também conta com produções internacionais premiadas. Dawsons Creek, Smallville, Todo Mundo Odeia o Chris, A Very English Scandal, The Good Wife, Deadly Class, The Office, Handmaid’s Tale e The Good Doctor são algumas delas. A assinatura mensal da Globoplay custa R$ 19,90 por mês.
Finalizando, fica a pergunta: até quando a Netflix seguirá reinando? Mesmo com tantas ameaças, a gigante do streaming confia em seu acervo cada dia mais consolidado. Stranger Things e La Casa de Papel são bons exemplos.