O terceiro filme da saga do Blog n’ Roll sobre os indicados na categoria de Animação do Oscar é natalino. Por isso, prepare sua árvore de Natal, os biscoitos, e seja um bom menino, pois só assim vai conhecer Klaus.
Um filme infantil sobre a origem e existência do Papai Noel seria um tanto quanto chocante para todas as crianças. Por sorte, Klaus se esforçou trazendo uma excelente reinvenção do mito natalino.
Dirigido por Sergio Pablos, criador da franquia Meu Malvado Favorito, a animação faz jus à indicação ao Oscar.
Sobre Klaus
O filme conta a história de Jesper, filho mimado do dono de uma grande empresa de correios. Após ser constantemente flagrado vadiando, o rapaz é mandando para uma ilha no fim do mundo sem mordomias. Ademais, terá que fazer a cidade enviar uma cota de seis mil cartas. Só assim, enfim, voltará à antiga vida. Mas essa tarefa não é nada fácil, pois desde o início dos tempos há dois clãs dividindo a cidade.
Sendo o primeiro longa de animação da Neftlix, Klaus retrata o início do Papai Noel de forma realista. Para ser mais especifico: um lenhador grande e solitário.
Realidade de Klaus
O fator “real” imposto pelo filme é sua parte principal, fazendo com que o público comece a se perguntar como o longa vai trazer tal característica ou ação do personagem do conto comum.
Se na história em que todos sabemos Noel voa para entregar presentes com seu trenó e renas, aqui um menino acorda de madrugada e flagra Klaus “voando” de um penhasco a outro, fugindo dos vilões. Cena pronta para rodar no papo da criançada, criando, assim, o mito da entrega.
Essa é uma das diversas originações em que o longa-metragem explica para a poder criar a fábula.
Apresentação visual de Klaus
Outro fator muito interessante que contribui para a indicação é a apresentação visual do filme. Ao chegar na ilha, Jesper, que é dublado por Rodrigo Santoro, encontra uma cidade cinza, triste e demasiadamente destruída.
Com o decorrer do enredo e a criação do “presente que chega em sua casa se você enviar uma carta”, a localidade ganha um tom de cores alegres, seus moradores passam a conversar, as crianças a brincar e
etc. É a famosa magia do natal chegando.
Feito como se fosse uma animação dos anos 90, graças as participações de Pablos em clássicos da Disney como O Corcunda de Notre Dame, Hércules, Tarzan, entre outras, o filme não traz uma doutrina religiosa. Porém, aborda temas como comportamento infantil, consideração com o próximo e penitências.
Clichê, sem problemas
A obra traz um clichê que, na maioria das vezes, aparece em filmes de desenho animado: a famosa jornada do herói.
Estava tudo bem com o protagonista (tendo sua mordomia), quando acontece um desafio em seu caminho (ter sido mandado para uma ilha assustadora), no qual ele não aceita (por medo da cidade) mas acaba encontrando um conselheiro que o faz ver o lado bom (Klaus) e tenta conviver com a situação.
Então, é meio previsível saber o que vai acontecer com Jesper do início ao fim. Porém, não é nada que tire uma chance de Klaus de vencer a categoria. Ele continua sendo um filme inteligente, divertido e contagiante. Ótimo para todas as idades.