Um fato é que essa foi uma das séries mais aguardadas dos últimos tempos. Inspirada no famoso game do Playstation, criado por Neil Druckmann, “The Last of Us” carregou durante anos uma legião de fãs que sempre sonharam em ver a história de Joel e Ellie sendo retratada de forma dramatúrgica nos cinemas ou nas telinhas.
Em uma nova empreitada da Playstation, onde a plataforma abriu uma divisão responsável por adaptar seus games exclusivos, ela acabou levando o projeto para a HBO, que assinou com o respeitado cineasta Craig Mazin (“Chernobyl“) para realizar um seriado do mesmo.
Durante a vinda de toda a equipe e dos protagonistas para a CCXP22, todos sempre falaram a mesma coisa sobre o resultado final “essa é uma série totalmente fiel ao jogo, mas com algumas alterações com o intuito de responder algumas pontas soltas na história”. E realmente neste episódio piloto só ficou nítida esta sensação.
Após uma pandemia global transformar os seres humanos em zumbis com uma aparência de fungos ambulantes, Joel (Pedro Pascal) vive como um mercenário. Em um dos seus trabalhos, ele acaba se deparando com a jovem Ellie (Bella Ramsey), pela qual deve ser levada para uma outra cidade dos EUA.
Sem saber exatamente o motivo da importância da garota, ele acaba aceitando a missão. Mas não imaginava os diversos desafios que terá de enfrentar pelo caminho.
Imagem: HBO Max (Divulgação)
É nítido que desde o primeiro segundo da obra havia um nítido respeito dos envolvidos pela adaptação, em relação ao jogo. Agora existe um contexto maior explicando que o caos já estava se formando realmente muitos anos antes do imaginável (e o próprio ser humano levava tudo na brincadeira, pois não acreditava na gravidade da fala dos cientistas), e a importância de alguns objetos mostrados no próprio jogo, como o relógio que a filha de Joel, Sarah (Nico Parker) lhe dá antes do surto começar (e que é sempre citado até mesmo durante o segundo game).
São estes pequenos detalhes que fazem a história da série chamar atenção até mesmo dos fãs mais viciados do mesmo.
Com cenas totalmente semelhantes em algumas horas, inclusive a fotografia se assemelha e muito há momentos do game (inclusive há tomadas em primeira pessoa, dentro do carro), principalmente no arco que envolve a fuga de Joel, Sarah e Tommy (Gabriel Luna).
Os efeitos visuais também estão realmente impactantes, e se assemelham e muito ao cenário apocalíptico proposto (com detalhes totalmente semelhantes ao jogo).
Porém, neste primeiro episódio o show é mesmo de Pedro Pascal, que realmente mostra que é totalmente compatível para a escolha de interpretar Joel. Ainda é bastante cedo para falar que Bella Ramsey fez uma boa Ellie, pois ela aparece relativamente pouco neste episódio (que possui cerca de 80 minutos).
Em seu episódio piloto, a série de “The Last of Us” chega provando que assim como seu game, nasceu para ser uma das maiores produções em formato de seriado, na história.