Ana Frango Elétrico, a grande surpresa de 2019

Ana Frango Elétrico, a grande surpresa de 2019

Ana Frango Elétrico foi, sem sombra de dúvidas, a principal revelação de 2019. No entanto, custei para ouvi-la. Demorei ao ponto de somente fazer isso nos últimos dias do ano passado.

Vi o disco Little Electric Chicken Heart em diversas listas de Melhores do Ano. Sim, foi numa dessas resenhas que me senti seduzido a prestar atenção na cantora cujo real nome é Ana Fainguelernt.

O disco citado acima é maravilhoso do início ao fim, contando com uma sonoridade que moderniza a música brasileira setentista. Isso porque a voz de Ana é doce, mas ainda sim impactante.

Desta forma, Little Electric Chicken Heart me faz de cara pensar nos discos Build Up (1970), de Rita Lee, e do autointitulado Gal Costa (1969). No aspecto da letra, a sutilidade conversa com a ironia e com os duplos sentidos.

Assim, Chocolate é o principal soft hit (vulgo, baladinha lenta e instigante de primeira). Enquanto isso, Torturadores tem versos sensacionais. É, também estou “com amigdalite de tanto chorar nos ônibus com ar-condicionado”.

O rock Tem Certeza? também não pode ficar de fora por aqui. Trata-se de um prato feito para qualquer um que já escutou o álbum saudoso Fruto Proibido (1975), da Rita Lee em parceria com a banda Tutti Frutti.

Vale ressaltar que Little Electric Chicken Heart é o segundo álbum da Ana, que em 2018 divulgou um primeiro álbum chamado de Mormaço. Pois bem, início 2020 com a dica: escutem está mulher.

Acredito que ela deverá gradualmente ganhar mais tanto público quanto a banda O Terno ganhou ao decorrer dos últimos anos. Aliás, ela também faz parte do catálogo do selo Risco, assim como o trio paulista.