Conheci a Supervão em meados de 2017, quando o EP TMJNT (ou “tamo junto”) foi listado por alguns jornalistas, apontando o grupo como uma aposta. Dentre tantos textos, o que mais me cativou a buscar sobre a banda, no período, foi uma resenha de uma performance. Era um texto do Rafael Lopez, do Hits Perdidos.
Enfim, apaixonei-me de cara pela sonoridade experimental tropicalista dos gaúchos. E por hora, segui acompanhando-os através das redes sociais.
Ano passado soube que haviam sido contemplados com edital da Natura para 2019. Fiquei extremamente feliz – e recheado de expectativa, consequentemente. É, não perdi por esperar. Contudo, o trio conseguiu superar todas elas.
Faz Party, lançado no último dia 26 de julho, transpõe-se à musica. Trata-se, além de tudo, de uma obra visual com elementos da estética vaporwave e glitch, além de bastante saturação e um flerte com o lo-fi e a alta definição, ao mesmo tempo.
O Supervão é formado por Mario Arruda, Leonardo Serafini e Ricardo Giacomoni. Esse registro foi gravado justamente na casa de Arruda, em São Leopoldo.
As faixas, como um todo, emanam cores quentes em meio às melodias sofisticadamente simplistas. Facilmente me vi caindo nos encantos das letras, doces e ardentes, ao dançar sozinho em frente ao computador enquanto escutava o álbum mais cedo.
O disco é conciso e leve. Assim, pude ouvi-lo num piscar de olhos, já que o término de um faixa trazia minha mente logo para o início da seguinte.
Entre as dez músicas, vejo Sol do Samba como o grande “hit”. É a minha favorita em disparado, justamente devido ao apelo mais pop. Contudo, Social Animal também merece destaque.