Foto: Jonas Tucci/Divulgação
Gotículas d’água caem sobre a janela do quarto. Encosto a cabeça no travesseiro, plugo os fones de ouvido. Nestes dias, pode-se afirmar que a probabilidade de escutar algo mais down é grande. Com isso em mente, me veio o seguinte pensamento: por que não uma lista em contramão à última edição do Válvula de Escape – que abordava canções dançantes e afins?. Sim, o objetivo de hoje não é te ajudar. Mas afinal, quem não curte algo bad vibes às vezes? Confira a lista abaixo:
1 – Você não sabe quantas horas eu passei olhando pra você – gorduratrans
Nem os mais otimistas dos “shoegazeiros” poderiam imaginar que um artista nacional (deste gênero) pudesse conquistar tamanha repercussão quanto os cariocas do gorduratrans têm obtido. Em Você não Sabe Quantas Horas Eu Passei Olhando pra Você, o duo mostra a melancolia entre distorções graves e versos sucintos.
2 – Colgate – Lupe de Lupe
Guitarra clean, voz suave e um ar “noise-pop”. Isso talvez resuma Colgate, uma canção que é linda e “chorosa” à mesma medida. Resumidamente, se você curte Salvia Path ou algo nessa linha, a chance de amar os mineiros do Lupe de Lupe é imensa.
3- Por Causa Dela – Passo Torto
Uma simples bossa à princípio, mas com uma ambientação e contemporaneidade inconfundível. Por Causa Dela é uma faixa que dialoga com o ouvinte enquanto simultaneamente o coloca como personagem principal da trama – conforme seus respectivos pensamentos.
4 – Volta – O Terno (Session – Portugal)
Com um versão de estúdio recheada de sopros, Volta segue a mesma linha de grande parta das canções que compõem o álbum Melhor do Que Parece (2016). Contudo, a faixa destaca-se em sua versão mais intimista. O vídeo abaixo é simples, casual e contém a pura essência da canção – exatamente o que o torna tão especial.
5 – Justo Agora – André Whoong
Os sintetizadores bem colocados e o lyric video pra lá de viajante de Justo Agora fizeram com que eu facilmente me apaixonasse pela sonoridade de André Whong. É algo meio “oitentista”, mas ainda assim tocante. A canção é faixa-título do último álbum, lançado em 2016 pelo artista.
6 – Carinhosa – Otto
Carinhosa é a quarta faixa do Ottomatopeia, disco lançado por Otto no fim de julho. A música é perfeita para afogar-se sobre si. Particularmente, obtive uma reflexão sobre diversos quês e algumas aflições ao ouvi-la recentemente.
7 – Quando Bate Aquela Saudade – Rubel
Sinceramente, seria praticamente impossível concluir uma “playlist da bad” sem adicionar esta canção. Admito que me faltam palavras para introduzi-la aqui, todavia devo avisá-lo: busque os lenços. Pois Quando Bate Aquela Saudade… É um tanto complicado conter as lágrimas.
8 – Tive Razão (Voltair Mix) – Seu Jorge
Tive Razão é a primeira e a última faixa do álbum Cru, sendo conta com influências de samba e MPB na abertura do disco. Porém, a canção aparece numa roupagem totalmente diferente ao encerrar o CD. Um tanto de indie, um tanto de enfado. Trata-se de algo bem diferente do que espera-se de um artista como o Seu Jorge, apesar de todo seu potencial musical.
9 – O Fim – Heitor Vallim
De Santos, Heitor Vallim tem uma sonoridade com bastante identidade. Em O Fim, faixa bônus de seu trabalho de estreia, não é diferente. A rouquidão do artista é o ponto alto em alguns trechos da música. De qualquer maneira, não poderíamos encerrar essa lista de um modo melhor que com o próprio Fim (desculpe, não podia perder o trocadilho né?!)
https://www.youtube.com/watch?v=PpAB-W5MoZs