Enquanto os amargurados reclamavam do Greta Van Fleet, que ainda nem havia subido ao palco, outra banda que bebe diretamente na fonte dos anos 1970 fez um dos melhores shows do festival: The Struts. No Palco Bud, Luke Spiller e companhia não precisaram nem de dois minutos para comandar a festa dos fãs.
Com Primadonna Like Me, que abriu a apresentação, não restaram dúvidas. O glam rock e os fãs do Queen estavam bem representados no palco. A banda britânica mostrou que merece mais atenção do público brasileiro. A dançante Body Talks veio na sequência para botar mais fogo ainda na pista.
Diferentemente das viúvas do Led Zeppelin, que praticam o hate com o Greta Van Fleet sem nunca ter escutado o disco dos caras na íntegra, ninguém parecia incomodado com os trejeitos de Luke Spiller. Pelo contrário. Acompanhavam nas dancinhas, gritos e cantava junto os fáceis refrões.
Fotos: Camila Cara (Equipe MRossi / Divulgação)
E a poeira não baixou em nenhum momento. Até o fim do show, a banda fez um set bem equilibrado entre os seus dois discos: Everybody Wants (2014) e Young & Dangerous (2018). Foram cinco do primeiro e quatro do segundo álbum. O set ainda reservou espaço para Dancing in the Dark, de Bruce Springsteen. “Não quero que ninguém fique olhando para mim. Pegue a pessoa que está à sua direita ou esquerda e dance. Dancem, curtam essa música”, pediu.
Deixou dois de seus maiores sucessos para concluir a apresentação. Primeiro com Where Did She Go, que ganhou uma versão estendida, com direito a coreografia com o público. Fechou com Could Have Been Me. A pressa característica do público em trocar de palco perdeu força aqui. Preferiram curtir até o último momento ao invés de correr ao Onix e assistir os norte-americanos do Interpol.