Resenha | The Wildhearts no Electric Ballroom, em Londres
Dias antes do lançamento do álbum 21st Century Love Songs, The Wildhearts caiu na estrada para promover o novo trabalho. A tour já havia sido anunciada meses antes, assim como o lançamento do disco. No período de lockdown, a banda fez uma “live” e anunciou o álbum. Aliás, logo nos apresentou Splitter, faixa que também já entrou no setlist da banda. O fato curioso é que o álbum foi gravado sem sessões de ensaios em grupo, foi feito totalmente com os integrantes trocando o material e se encontrando somente em estúdio para as gravações. Portanto, isso reflete no atual setlist, no qual as músicas seriam introduzidas gradativamente e ensaiadas nas passagens de som. Bem, o show deles é basicamente uma reunião familiar. Imaginem centenas de primos e primas juntos, todos no melhor astral possível. Em resumo, é essa a atmosfera dentro da casa, tudo estava encaminhado para mais um show perfeito. Abertura clássica, cantada uníssono no Electric Ballroom, em Londres, na última quinta-feira (9)… Banda no palco, primeiros acordes de Diagnosis, seguida de TV Tan e fechando a trinca inicial, a maravilhosa Sick of Drugs. Logo depois, foi só administrar o jogo. Aliás, já estava ganho antes de começar. Eles conseguem fazer isso. Uma das grandes surpresas do show está em um medley que estão fazendo logo no início do segundo bloco, mesclando Remember These Days, Turn American, Schizophrenic, Girlfriend Clothes, If Live is Like a Lovebank I Want a Overdraft Bank, e finalizando com Splatermania. Sem dúvida, um dos pontos altos do show, algumas dessas não entravam no setlist desde os anos 1990. Surpresas e mais clássicos do Wildhearts Após isso, clássicos atrás de clássicos. Contudo, mais uma bela surpresa iria rolar na sequência. O set todo funciona muito bem ao vivo e o link entre as músicas flui naturalmente. A banda deixa nítido que o habitat natural deles é em cima do palco, de frente aos seus fãs. Caffeine Bomb vira a casa de cabeça para baixo, enquanto Let Em’ Go nos remete a um estádio de futebol. Aliás, a primeira parte se encerra com Caprice. Em resumo, muitas cartas na manga em apenas 45 minutos, não? Pausa rápida para a última trinca, com Inglorious, Suckerpunch, além do clássico dos clássicos I Wanna Go Where the People Go, que encerra o set apoteótico. A alegria e a vontade de tocar do The Wildhearts é sempre exalada show após show. Contudo é fácil de entender o porque deles estarem sempre na estrada. Uma banda que foi moldada na porrada, literalmente, subiu, desceu, se auto sabotou, parou e voltou. E, após todos esses anos, nos mostra que a sua relevância merece todos os aplausos do mundo. Que venham os próximos, pois se pudesse assistiria eles todos mês. Quem já assistiu sabe o que estou falando. Quem nunca, por favor, faça esse favor a você mesmo.
Fresno inicia série de lançamentos que resultará na mixtape INVentário
“Temos umas coisas para mostrar para vocês”. Foi desta forma, em suas redes, que a Fresno fez a primeira menção do que será a mixtape INVentário. E é nessa mesma pegada enigmática que as faixas chegarão aos aplicativos de streaming. Desde a semana passada, Lucas Silveira (vocal e guitarra), Gustavo Mantovani (guitarra) e Thiago Guerra (bateria) já disponibilizaram: INV001: 12 WORDS 30000 STONES, INV002: O SONHO É A SENHA, INV003: SAFC REMIX (feat. TWIN PUMPKIN – INSIDE A FAST CAR), INV004: 6h34 (NEM LIGA GURIA), INV005: ONTEM FOI DIFÍCIL e INV006: HEART IS KING. Aliás, tal movimento é explicado pela banda como “a hora de abrir e vasculhar o nosso INVentário“. Em resumo, a ideia é explorar diferentes sonoridades e formatos, seja numa faixa inédita engavetada, em um remix ou um feat. INV001: 12 WORDS 30000 STONES foi a primeira a chegar ao conhecimento do público, no dia 30 de agosto. Parceria com Arthur Mutanen, vocalista do grupo Bullet Bane, e com os produtores Chediak e Adieu, a música mescla versos em português e inglês e traz um interlúdio eletrônico que transporta a sonoridade para um hyperpop experimental. A ideia é refletir sobre “a falha que nós temos em transferir o que somos e sentimos para o digital”, como explica Lucas Silveira. Contudo, mais do que fazer uma descrição detalhada dos próprios bens, como define o dicionário, INVentário abre a possibilidade para a Fresno fazer experimentações sonoras, além de revirar processos criativos que a trouxe até aqui – tornando materiais preciosos acessíveis aos fãs. O percurso até a mixtape ficar completa é longo e o próximo lançamento é logo ali.
Quatro anos após último álbum, Bomba Estéreo lança Deja
As estrelas colombianas Bomba Estéreo lançaram o álbum, Deja. É o primeiro disco da banda em quatro anos. Deja está conceitualmente dividido em quatro seções que correspondem aos quatro elementos: Agua, Aire, Tierra e Fuego. “O álbum é sobre a conexão e a desconexão dos seres humanos – do planeta, de si mesmo”, disse Samuet. “É sobre como estamos desconectados, mais conectados a dispositivos eletrônicos e coisas virtuais do que coisas reais. Então decidimos usar os quatro elementos, porque eles fazem parte do equilíbrio dos seres humanos.” O mais recente single, Conexión Total, é uma colaboração com o nigeriano Yemi Alade. “Colaborar com Yemi é uma grande honra, pois nossa música foi profundamente inspirada pela África em todos os sentidos desde que começamos”, disse o fundador da Bomba Estereo, Simon Mejia. “A música folclórica colombiana deve muito ao continente-mãe, essa poderosa mistura de tambores africanos e marimbas, com flautas e cantos indígenas, é a base da incrível paisagem sonora deste país. Yemi é um grande artista e tem uma voz incrível. Nós estamos muito felizes em continuar ampliando os laços culturais e ancestrais que unem a África à América do Sul.” Para Deja, Simón e Li queriam fazer um álbum com maior senso de “comunidade”. Simon descobriu sua química fazendo shows com o guitarrista José Castillo e com o percussionista Efrain Cuadrado, o Pacho. Li recrutou sua amiga de longa data Lido Pimienta para a sessão e a colaboração, Nada, acabou na playlist “Best of 2020” de Barack Obama.
Benziê disponibiliza clipe do single Tenha do seu Lado
O Benziê, duo formado por Vic Conegero e Du Pessoa, disponibilizou no canal oficial no YouTube o clipe da faixa Tenha do seu Lado. O vídeo foi totalmente filmado em Barra do Sahy, litoral norte de São Paulo, local que o casal escolheu para viver, em busca de surf, boas histórias e inspiração. “A ideia foi fazer algo simples e criativo. O local escolhido para filmar foi uma casa linda, entre tantas outras aqui na bela Barra do Sahy, lugar que escolhemos viver. Nas filmagens mostramos muito da nossa rotina ali, e tudo aconteceu de forma muito natural, recebendo amigos e a criançada que convive com a gente aqui”, conta Du. E completa, Tenha do seu Lado fala sobre a importância de se ter alguém do seu lado, que te ame e te faça bem no dia a dia, e foi justamente isso que mostramos no clipe”. A direção é do duo e do experiente Rafaski, um dos filmakers de surf pioneiros no Canal Off, que já viajou o mundo registrando grandes atletas, como Gabriel Medina, Kelly Slater, entre outros. Tenha do Seu Lado com olho no mar “Para as filmagens buscamos alguém com um olhar para o mar, e com um bom olhar para cenários tropicais. Conhecemos o Rafaski em uma filmagem para uma marca e logo pensamos: tem que ser ele!”, comenta Du. “Também contamos com João Vitor Almeida, que fez o cliques e garantiu fotos lindas das filmagens, inclusive a foto da capa do single”. “Nós mesmo dirigimos nossos clipes, sempre com bons profissionais, experientes. Amamos cinema, e amamos criar, filmar e dirigir. É sempre muito bom poder estar ali, fazendo tudo como pensamos, como planejamos”, acrescenta. Aliás, Tenha do seu Lado é o segundo trabalho do Benziê filmado na região, que garantem amar. Anteriormente, no clipe de Bom Poder Falar de Amor, o duo exalta a importância de preservar os mares, e a natureza em geral. “Filmar no meio da natureza e perto do mar sempre é demais, ainda mais agora que a gente nem precisa sair de casa. A energia e as pessoas daqui são diferentes, é inspirador. E tentamos levar um pouco (ou tudo) disso pras nossa músicas e clipes”, finaliza Du.
Anjo dos Becos lança álbum Overallrockdelic em celebração de 25 anos
Conhecido por misturar ska, rock, groove e ritmos latinos, o Anjo dos Becos sempre trouxe para o universo da música influências da cultura hip hop, do skate, do grafite e do circo. Na sexta-feira (10), o grupo lançou o álbum Overallrockdelic, que celebra os mais de 25 anos de estrada em 11 faixas. “As músicas retratam um pouco da trajetória da banda e da magia que acontece quando se envolvem com a filosofia ‘Funny Fluxo’ – todo mundo junto numa grande fusão, sem classe social, sem preconceito, sem racismo, só o que importa é a magia daquele momento único. O tempo passa, mas na noite ainda somos todos iguais em busca de festa e diversão”, conta o vocalista Pirata Home’s. Com as participações de Joe Klenner (Corazones Muertos), Apollo 9 (ex-Planet Hemp), Kiko Bonato, Black Mantra Band e Paulo Monteiro, Overallrockdelic traz ainda uma versão do clássico Até Quando Esperar da Plebe Rude e a releitura de Na Noite Somos Todos Iguais, lançada em 1995 no primeiro álbum da banda, Funny Fluxo. O disco, já disponível nas principais plataformas digitais, foi gravado entre 2011 e 2014 no Electro Sound Studio, em Santos, por Marco Brito (Charlie Brown Jr) e André Freitas. Overallrockdelic foi mixado e masterizado por Zeca Leme e Apollo 9, sob supervisão técnica do lendário Roy Cicala, que já produziu ícones da música mundial como John Lennon, The Who, Lou Reed, Aerosmith, Kiss e David Bowie. Integram o Anjo dos Becos, além do Pirata Home’s (Voz), Carlão (Baixo), Danilo (Guitarra), Igor Nogueira (Guitarra), Ricardo Mix (Bateria), George (Percussão), Tatu (Sax), Xixa (Trombone), Ale (Trompete) e Big Edy (Dj).
Com pop urbano e professor da Dança dos Famosos, Cayoh lança single “A hora não passa”
Sensualidade e pop urbano. É assim que o cantor e compositor Cayoh lança o single A Hora Não Passa. A faixa aborda uma paixão recheada de incertezas, anseios e desejos enquanto se remete à sonoridade de nomes como Vitão, Luan Otten e Gaab. O romantismo envolto à sensualidade é retratado principalmente no videoclipe, que tem a participação dos coreógrafos Danniel Navarro e Aline Darcie, sendo que o primeiro deles é principalmente conhecido por ter sido professor no quadro Dança dos Famosos, na Globo. No clipe de Cayoh, Daniel e Aline executam uma coreografia especial num ambiente repleto de luzes neon vermelhas. O material audiovisual tem direção de Ricardo Lopes. A música, por outro lado, foi produzida por Bruno Zanardi. As sessões de gravação ocorreram no Estúdio Betta, em São Paulo (SP). Para o cantor, A Hora Não Passa mostra o quão intenso um relacionamento pode ser. “O eu-lírico vivencia dos medos às incertezas. No entanto, desfruta dos melhores momentos de uma paixão. E essa ambiguidade está presente na música”. Em atividade desde meados de 2020, Cayoh divulgou os singles Flores e Edredom em 2021 – neste último, contando com a participação do angolano Junior One. No seu ano de estreia, lançou as canções Me Encontro em Você, Anjo e Te I Love You.