Crítica | Pânico (Sem Spoilers)
Engenharia do Cinema Após o quarto filme da franquia “Pânico” ter tido uma boa receptividade, em 2011, o cineasta Wes Craven começou a idealizar um então possível quinto longa. Porém após os escândalos de Harvey Weinstein (que era detentor dos direitos da franquia) que fizeram todos os vindouros filmes da sua produtora serem cancelados, e o falecimento de Wes Craven em 2015, o mesmo ficou estagnado. Mas após a Paramount adquirir o estúdio daquele, a Miramax, algumas franquias começaram a ver a luz do dia novamente. E uma delas acabou sendo o próprio “Pânico”, que começou do zero com os roteiristas James Vanderbilt e Guy Busick. Para não adentrar em território de spoilers (afinal, neste tipo de filme quanto menos você souber sobre, melhor), a história não foge dos outros quatro longas, e mostra uma nova onda de assassinatos do Ghostface, em Woodsboro,. Isso acaba fazendo com que o trio Dewey (David Arquette), Gale (Courteney Cox) e Sidney (Neve Campbell), acabem auxiliando o novo grupo de jovens que correm perigo. Imagem: Paramount Pictures (Divulgação) Agora com a direção da dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (do divertido “Casamento Sangrento“), eles sabem que possuem a difícil missão de tocar um projeto como uma espécie de tributo. Enquanto os últimos exemplares haviam caído no olhar mais satírico, este quinto não vive apenas de diversas homenagens a cineastas (por intermédio da nomeação de alguns personagens como Wes (Craven) e as protagonistas vividas por Jenna Ortega e Melissa Barrera serem as irmãs Carpenter (remetendo ao icônico John Carpenter), mas sim há diversas cenas onde há sangue e violência de sobra (algumas são captadas de uma forma, que dão até aflição de olhar). Porém como estamos falando de um gênero slasher (aos quais a premissa é apenas matar seus personagens de formas diversas, não importando o contexto), o roteiro acaba buscando soluções bastante esdrúxulas para causar algumas mortes. Mesmo cheio de referências aos longas antecessores, nesta altura este tipo de atitude poderia até mesmo não ter ocorrido mais (uma vez que um universo de situações mais inteligentes haviam sido criadas). Quanto aos personagens, não há um aprofundamento em nenhum deles, mas apenas no legado que aquele universo carregou como um todo. Realmente não conseguimos nos importar com a maioria dos novos nomes. Este novo “Pânico” acaba sendo um verdadeiro fanservice para os fãs da franquia, pelos quais estavam carentes de uma boa produção do Ghostface, e que homenageia o legado de Wes Craven de forma digna.
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Oliver Tree anuncia álbum Cowboy Tears e libera single homônimo
Uma das revelações da música em 2021, Oliver Tree anunciou seu aguardado novo álbum, Cowboy Tears, via Atlantic Records. Abarcando um som country, vibrante, o projeto que chega em 18 de fevereiro já está disponível para pré-venda. Aliás, para comemorar, o artista lançou o clipe de Cowboys Don’t Cry. “Cowboys são os caras mais durões. Está tudo bem para nós, caras durões, chorarmos e o lance é: está tudo bem qualquer um chorar”, explica Tree. “Pode resultar em muita raiva segurar suas emoções dentro de si, e isso é muito comum para os caras. Cowboy Tears está ensinando às pessoas a se permitirem e colocar para fora de um jeito que não seja violento ou auto-destrutivo”. Sobre uma produção divertida, despretensiosa e com um quê de precária, a voz de Tree desliza até um refrão cativante, cantando Riding around this carousel, if you catch my drift (em tradução livre, “cavalgando este carrossel, se é que você me entende”), antes de concluir: Love is like a circle, there’s no easy way to end (O amor é como um círculo, não há um jeito fácil de terminar”). No clipe que acompanha o single, Oliver Tree é desprezado por sua acompanhante e despachado para o lado de fora da casa. Aliás, tendo suas roupas atiradas à grama. Com participação da incomparável Bella Thorne, Oliver embarca em todos os tipos de situações de faroeste. Por fim, ele atravessa a cidade em um animal de quatro rodas com chifres ao lado de duas noivas, levanta um estéreo portátil no estilo John Cusack em Say Anything (1989) e é atingido por tomates atirados por uma gangue de garotas revoltadas.
Terrível 2020 inspira Johnny Marr na inédita Night and Day
Após o lançamento dos singles Spirit, Power & Soul, Sensory Street e Tenement Time no final de 2021, Johnny Marr dividiu com os fãs, nesta sexta-feira (14), mais uma faixa, Night and Day, que faz parte do Fever Dreams Pt 3 – a terceira parte de seu álbum duplo Fever Dreams Pts 1 – 4. A canção, já disponível em todas as plataformas digitais, será a faixa-foco do álbum de Johnny Marr, com lançamento previsto para fevereiro deste ano, e será acompanhada por um videoclipe oficial. Aliás, em Night and Day, é mostrado alguns momentos do pesado ano de 2020, a forma como a pandemia se cruzou com o assassinato de George Floyd e a chegada do movimento Black Lives Matter: “Fuse burns up/ The world stirs up/ The news shakes up/ The mood blows up”.
Slash divulga mais uma prévia de 4; ouça Call Off The Dogs
Call Off The Dogs, já disponível nas plataformas digitais, é a terceira faixa do próximo álbum de Slash, 4. Em resumo, o novo registro completo tem previsão de lançamento para 11 de fevereiro via Gibson Records /BMG. Aliás, Call Off The Dogs capta o espírito e a energia de seu mais novo projeto musical. Por ter um ritmo mais rápido, eleva o disco em muitas maneiras, especialmente para os fãs de rock. Ademais, a letra é sobre aquele momento em que se acena a bandeira branca e se cede a alguém depois de ser perseguido incansavelmente. Por fim, o álbum foi gravado em Nashville com o produtor, vencedor do Grammy, Dave Cobb (Chris Stapleton).
Jack White revela Love Is Selfish, single de Entering Heaven Alive
Após anunciar uma longa turnê com quase 60 datas para a América do Norte e Europa, Jack White explora a sonoridade de um de seus dois novos álbuns de estúdio previstos para ainda este ano com o single Love Is Selfish. A canção faz parte do repertório de Entering Heaven Alive, a ser lançado no dia 22 de julho. Ela se une a Taking Me Back e Taking Me Back (Gently) como faixas reveladas. Por fim, Love is Selfish também ganhou um clipe dirigido pelo próprio artista. Fear of the Dawn está previsto para 8 de abril e Entering Heaven Alive, para 22 de julho. Anteriormente, no início da semana, o clima dos shows foi antecipado em um registro ao vivo da enérgica Taking Me Back. Aliás, a faixa abre o primeiro disco, apresentando sua nova banda. Esses são lançamentos da Third Man Records disponíveis para pré-venda. Um dos artistas mais inquietos dos últimos 25 anos, Jack White se tornou sinônimo de um novo modelo de rockstar do século 21. Em resumo, foi assim com seu projeto solo, The White Stripes, The Dead Weather e The Raconteurs. Ademais, guitarrista com sonoridade icônica, White une os tons do rock de garagem com o espírito do começo do blues. Suas melodias são entoadas em coro tanto nos principais festivais de música quanto em estádios esportivos como cânticos de torcidas.
Forgotten, segundo single do novo álbum do Korn, já está no streaming; ouça!
O Korn compartilhou, nesta sexta-feira (14), Forgotten, seu primeiro lançamento de 2022 e a segunda música de seu próximo álbum de estúdio, Requiem, que será lançado em 4 de fevereiro pela Loma Vista Recordings. Forgotten chega com um visualizer criado por EFFIXX, que fez os efeitos visuais no vídeo do primeiro single do álbum, Start The Healing, que foi dirigido por Tim Saccenti (Depeche Mode). Na última semana, Forgotten foi incitada através de easter eggs em toda a internet com diferentes ramificações da música escondidas em no site da banda, newsletter, YouTube, Instagram, TikTok e Makersplace em preparação para o lançamento do single. Por fim, Forgotten chega logo após o anúncio da turnê de 2022 do Korn, que começa em 4 de março e é produzida pela Live Nation. Aliás, o Korn será acompanhado por convidados muito especiais como Chevelle e Code Orange na turnê de 19 datas. Em resumo, Requiem é um álbum nascido do tempo e da capacidade de criar sem pressão. Energizada por um novo processo criativo livre de restrições de tempo, a banda foi capaz de fazer coisas com Requiem que as últimas duas décadas nem sempre lhes proporcionaram, como reservar um tempo adicional para experimentar juntos ou gravar em fita analógica – processos que revelaram dimensão sonora recém-descoberta e textura em sua música. KornRequiemLoma Vista Recordings4 de fevereiro, 2022 Forgotten Let the Dark Do the Rest Start The Healing Lost in the Grandeur Disconnect Hopeless and Beaten Penance to Sorrow My Confession Worst Is On Its Way
BNegão e Zé Bigode Orquestra lançam Eles Querem o Poder
Em seu último single antes de lançar o segundo disco, Clube da Fumaça, a Zé Bigode Orquestra convocou BNegão na canção e clipe Eles Querem o Poder. A canção é um hino de convocação para lutar contra os falsos messias e mercadores da fé que andam levando o Brasil para o abismo. O clipe foi gravado pelas ruas da Zona Portuária no Rio de Janeiro, passando por partes dos bairros da Leopoldina e da Zona Norte, mostrando uma parte da cidade que a mídia não vê. Com influências diretas do reggae e do dub, estilos oriundos da Jamaica, o instrumental da faixa é pesado, guiado quase que inteiramente pelo riff do baixo. “O baixo nessa faixa é como uma pedra fundamental, todo o resto da música é baseado nesse grave do riff”, conta Daniel Bento, baixista do grupo. Se no single anterior, Maria Navalha, a banda saúda a rua e suas entidades, em Eles querem o poder, a Orquestra fala sobre manter-se firme e não se deixar levar por pessoas que usam a religião como forma de dominação e poder político. “Os versos são curtos e diretos, a ideia é ser uma mensagem direta ao córtex do ouvinte”, detalha José Roberto, autor da letra e da música. Com um groove feito para dançar, marcado e com um swing convidativo para se mexer, a ideia da música (e do próximo disco como um todo), é o famoso “rebolar com a mão na consciência”. Refletir sobre o mundo em que vivemos, porém sem deixar de dançar e contestar as injustiças que vivenciamos. Zé Bigode Orquestra é Vila Isabel e Andaraí, é Complexo da Maré, Lapa, Laranjeiras e Freguesia, é um pouco de um Rio de Janeiro que ainda tenta ser mágico e diverso transformando as frequências sonoras em reggae, afrobeat e fumaça. Seu álbum de estreia foi Fluxo, lançado em 2017, e sucedido pelos singles Amalá Adubaba (2019), Tikulafe (2020), América do Sul (2021) e Maria Navalha (2021). Com quase 30 anos de carreira, BNegão (Planet Hemp) adiciona toda a sua vivência para a canção, a sua voz inconfundível é quem lança a mensagem final e derradeira antes do fim catártico. A ideia do single é acordar a sociedade anestesiada, que se apega a discursos rasos e sem ação. O single Eles Querem o Poder foi escrito por José Roberto Rocha e traz participação do Bnegão. A mixagem e masterização ficaram por conta de Tércio Marques, com produção de Pedro Guinu. Os arranjos dos metais são de José Roberto e Victor Lemos. Participaram da faixa os músicos: Luana Karoo (voz), José Roberto Rocha (guitarra), Daniel Bento (baixo), Pedro Petrutes (hammond/synth), Eric Brandão (bateria), Thiago Garcia (trompete), Victor Lemos (sax tenor) e Victor Hugo (percussão). Também participaram como músicos convidados Breno Hirata (sax barítono), Rodrigo Maré (percussão) e Pedro Guinu (moog e efeitos).
Com “Mantra”, Personas cicatriza o desgaste e renasce com musicalidade sutil
Todo ciclo tem início, meio e fim. Em um relacionamento, isso acontece quando o desgaste e as incertezas ficam à frente de tudo. Nesse momento, é preciso respirar fundo para seguir em frente. Com “Mantra”, a banda Personas emite essa perspectiva enquanto ultrapassa as margens do shoegaze e do rock alternativo. Isso ocorre à medida que a banda referencia uma musicalidade mais sutil, com teclados inspirados em bandas como Two Door Cinema Club e Bombay Bicycle Club. No entanto, Mantra mantém a essência melancólica e distorcida construída pela Personas ao decorrer do álbum Nunca Foi Para Dar Certo (2019) e do EP Das Luzes Que Se Fundem com a Manhã (2021). A faixa ainda representa uma nova fase para o grupo. Com a adição do tecladista Danilo Fernandes, a Personas agora é um quinteto, sendo ainda integrado por João Capecce (guitarra e voz), Pablo Hanzo (guitarra), Rodrigo Cerqueira (voz e baixo) e Fernando Cerqueira (bateria). Apesar da formação, Rodrigo e João trocam de instrumento na gravação de estúdio de Mantra. Assim, Rodrigo canta e toca guitarra enquanto João assina as linhas de baixo. Segundo Rodrigo, que também assina a composição de Mantra, a letra retrata a insatisfação que culmina no término de um relacionamento. “O fim de algo nos leva a um ambiente desconhecido – o que pode ser assustador. Por um tempo, me recordei do quão vazio me sentia para conseguir seguir em frente. Esse ‘Mantra’ me ajudou muito”, explicou. O guitarrista e vocalista João Capecce frisa que a canção é a ponta do iceberg em relação aos rumos que a Personas deve tomar ao decorrer de 2022. “Mantra é uma canção fora da curva, levando em consideração o restante da nossa discografia. Por isso, quem estiver nos conhecendo a partir dela, deve esperar mais lançamentos voltados para o dream pop com nuances de um rock alternativo mais dançante”. Vale pontuar que a faixa foi gravada no Estúdio Wasabi, em São José dos Campos. A produção ficou a cargo de Diego Xavier, principalmente conhecido como guitarrista do projeto Bike, voltado para a música psicodélica. Já a masterização foi realizada por Cássio Zambotto. O single Mantra conta uma obra de Carolina Pereira em sua arte de capa. A faixa chega nas plataformas de streaming através do selo Bangue Records.