Thomas Roth abre 2022 dando sequência ao seu projeto musical Ouro Velho

“Não enxergo este projeto como um recomeço ou um resumo da ópera. E, sim, como mais uma etapa, mais um andar neste prédio que imagino ser ainda maior e mais alto”, sintetiza Thomas Roth sobre Ouro Velho, projeto do cantor, compositor, produtor musical e publicitário que ganha novos capítulos em 2022. Com a intenção de compartilhar canções inéditas e regravações que compõem sua trajetória artística, o músico, carioca de nascimento e paulistano de coração, conceitua o experimento musical semanal que, até o momento, conta com 17 faixas disponibilizadas nas plataformas de streaming e em seu canal de YouTube, a caminho das 52 canções que ao final celebram sua carreira. Em janeiro, Canção de Verão, eternizada pelo grupo Roupa Nova, teve novos contornos na voz de Thomas Roth, com feat da dupla Scatolove, sendo seguida das faixas Tempo de ser feliz e Milagre do amor com participação da dupla Rod Hanna. A inédita Deixa eu ser teu Sol chegou nesta quinta-feira (27), para completar as novidades do mês. “Esta é uma das canções em que admito mais uma vez minha fragilidade. Eu, definitivamente, cansei desses grilhões que nos aprisionam: ter que vencer, ser invencível, infalível, ter que ter sucesso, etc. Cansei disso e aprendi há muito tempo que tenho limitações, defeitos e cometo erros. A faixa, apesar de ser uma música de amor, fala essencialmente sobre isso”, discorre Thomas sobre a inédita composição Deixa eu ser teu Sol, que nasce para explorar suas facetas estéticas-musicais, mostrando sua facilidade em caminhar no passado, presente e futuro de diversas maneiras ao longo do projeto. O quarto mês de Ouro Velho teve início com a regravação de Canção de Verão, uma parceria com o compositor Luiz Guedes, que na atual versão traz a contribuição dos músicos Léo Ramos, vocalista e guitarrista da Supercombo, e Isa Salles – que juntos formam a dupla Scatolove. Já Milagre do Amor, originalmente criada com a colaboração de Guedes, desta vez chega na voz de Thomas para propor sentimentos de esperança, expectativa de sonhos e enaltecimento do amor, temáticas cada vez mais em ebulição no cenário atual. Tempo de ser Feliz foi a primeira música inédita do ciclo verão de Ouro Velho. Composta por Thomas e Teco Fuchs, a sua letra conversa com outras do projeto, lançadas anteriormente em 2021, como Tudo que eu quero e Bons Tempos. “Eu amei o astral de Tempo de ser Feliz, a sua harmonia e melodia e, imediatamente, o tema veio à minha mente. É o poder das canções de nos impregnar com suas emoções e tudo o que vem junto. As lembranças de momentos de paz, de amor, de carinho, de família, momentos singelos e únicos. Acho que tinha um pouco de cansaço da pandemia, da tristeza, da dor que sentíamos já ao final de 2020″, relembra Thomas sobre a décima quinta faixa do projeto que segue sendo pautado por diferentes gêneros e estilos musicais, bem como diversas gerações, tudo em nome da divulgação da arte que permeia os 52 anos de carreira do músico.

Autoramas lança álbum “Autointitulado” e disponibiliza clipe de “No Dope”

O novo álbum da banda de rock Autoramas chegou em todas as plataformas digitais nesta quinta-feira (27) e tem produção musical dividida por Gabriel Thomaz com Alê Zastrás e Jairo Fajersztajn. “Autointitulado é o melhor título que um disco do Autoramas poderia ter: ‘Auto+intitulado‘. Como não pensamos nisso antes?”, dispara Gabriel. “Esse é um disco de sobrevivência: no tempo, no lugar e nas condições que estamos vivendo. Passamos dramaticamente pela crise, pelo covid, nos adaptamos a tudo sem nunca parar de produzir, sempre pensando no trabalho, na música e no que o Autoramas sempre significou”, diz o vocalista. Seu lançamento estava previsto para 2020, mas não pôde nem ser gravado por conta da pandemia do covid-19. O baixista Jairo, diante dos protocolos de saúde e de funcionamento do mundo da música tomou uma grande atitude e montou na sua casa em Itatiba, interior de São Paulo, um estúdio para a gravação do álbum, batizado agora de Estúdio Vegetal. “Lá pudemos tirar o atraso e registrar as ideias. Reunimos todos os nossos equipamentos vintage ou modernos pela primeira vez. E dá-lhe Eko, Farfisa, Mosrite, Ludwig, Giannini, Theremin Óptico EFX, Tremolo MG, Vibratoramas e muito mais”, completa Gabriel. “Depois de tudo ensaiado, chamamos o talentoso Ale Zastras – que já tinha, antes da pandemia, gravado duas músicas que estão no disco e recomeçamos. Érika estava na Chapada Diamantina se recuperando do covid e gravou suas vozes por lá no Virgun’s Studio,” explica o guitarrista. Em 2021 a banda lançou seu primeiro single A Cara do Brasil. A faixa que traz parceria com Rodrigo Lima, do Dead Fish, também ganhou videoclipe e já causou impacto com sua letra direta e verdadeira. Aliás, nas letras temos o que o Autoramas sempre foi, mas tudo a ver com os tempos atuais. “A vida fica dura sem amaciante” (Estupefaciante), “O que te conforta também vicia” (No Dope), “Querer que o mundo desapareça” (Nóias Normais), “Às vezes parece que eu vivo o mesmo dia todos os dias” (Dia da Marmota), “O tempo apressado pediu ao tempo estressado um pouco mais de tempo pra conseguir pensar” (Sem Tempo). Na sequência foram lançados a balada Eu Tive uma Visão, uma parceria entre Gabriel e Érika Martins, Sem Tempo também com participação do Rodrigo Lima (Dead Fish), Dia da Marmota e Nóias Normais”. Autointitulado é o nono álbum do Autoramas. Totalmente em forma, mantendo sua assinatura. Prontos para cair na estrada, nosso habitat natural. E loucos pra finalmente encontrar os amigos que frequentaram intensamente nossas lives, festinhas, redes sociais e plataformas digitais durante toda essa pandemia. O projeto gráfico do álbum é de Gustavo Cruzeiro, que já havia trabalhado com a banda em capas de singles. Autointitulado sai no Brasil pelo selo Maxilar, com distribuição da Ditto Music Brasil, na Europa e Japão pela Soundflat Records. A pré-venda da versão em vinil do álbum começa no início de fevereiro, fazendo parte do Clube da Vinil Brasil. A banda de rock criada em 1998, atualmente tem na formação, Gabriel Thomaz (voz e guitarra), Érika Martins (voz, miniguitarra, órgão, percussão e theremin óptico), Fábio Lima (bateria) e Jairo Fajersztain (baixo).

Crítica | Worship – Hypocrisy

Os fãs do Hypocrisy já estavam com a pulga atrás da orelha, afinal, desde 2013 os suecos não colocavam novidade no rolê, com o ótimo End of Disclosure. E eis que no cair de luzes de 2021, como um raio vindo de uma galáxia distante, Worship invade as plataformas digitais deixando os seguidores petrificados. Aliás, tem sido assim durante toda a jornada do Hypocrisy, sempre comandada pelo genial Peter Tagtgren. Que o diga o espetacular, seminal Abducted (1996), que é um álbum de metal extremo que todos, sejam fãs do estilo ou não, deveriam ouvir com todo cuidado. E repetir a experiência, claro. Mas o assunto aqui é Worship. E ele não fica muito atrás de nenhum clássico do Hypocrisy. Estão lá, intactos, todas as características: o andamento veloz misturado com partes rápidas, a temática e o clima “espacial”, os vocais poderosos de Tagtgren e muita, muita disposição e garra, como esses suecos sempre souberam fazer. O álbum é muito bom do começo ao fim, mas Chemical Whore periga ser a melhor faixa do Worship, pois suas melodias mórbidas somadas ao peso são exatamente o que os fãs mais gostam na banda. Mas ouça também Dead World, cheia de riffs fortes, They Will Arrive – título mais Hypocrisy impossível -, dona de uma poderosa intro e um refrão pra lá de grudento, e Gods of The Underground, que fecha Worship destilando peso, melodias, riffs e solos poderosos, outra que leva o nome do Hypocrisy no DNA. Impossível não cantarolar o refrão após uma mísera audição. E, vale citar a beleza estonteante da capa, que nos convida a ficar apreciando-a por horas a fio. Valeu a pena esperar quase 10 anos! Ficha técnica – Hypocrisy – Worship WorshipAno de Lançamento: 2021Gravadora: Nuclear BlastGênero: Death Metal/Death Metal Melódico Faixas:1-Worship2-Chemical Whore3-Greedy Bastards4-Dead World5-We´re The Walking Dead6-Brotherhood of The Serpent7-Children of The Gray8-Another Day9-They Will Arrive10-Bug In The Net11-Gods of The Underground

Crítica | Human Decay – Crucifixion BR

Já foi dito por essas linhas que o metal extremo brasileiro é um dos melhores do mundo. Sim, é fato. São incontáveis os grandes nomes do estilo que surgem diariamente em todos os cantos do enorme país, sendo que você tem uma vasta lista de opções aqui nessa tétrica coluna. Aliás, a primeira banda de 2021 a figurar na Brasil Extremo é o Crucifixion BR. De Rio Grande (RS), o grupo existe desde 1996 e lançou uma porrada em 2014 chamada Destroying The Fucking Disciples of Christ. Em meio a todo o caos que envolve o nosso planeta de 2020 pra cá, o grupo editou seu segundo artefato, esse fortíssimo Human Decay. Fazem parte do Crucifixion BR Lord Grave (guitarra, voz), Juliana Dark Moon (bateria), Beto Factus (baixo) e Rafael Orsi (guitarra). O death metal praticado pelos gaúchos não possui novidades, e não é indicado àqueles que procuram pela invenção de um estilo novo a cada acionada no “play”. Por outro lado, quem curte death metal com influências thrash pode cair sem medo em Human Decay, pois irá dar de cara (e ouvidos) com bons números como a faixa-título, Annihilation And Victory, My Savior, Chaos of Morality e Into The Abyss, embora todas as faixas funcionem perfeitamente. Individualmente, o Crucifixion BR é bem servido de músicos, pois os vocais de Lord Grave (que lembram Monstrosity em algumas passagens) dão todo o clima necessário para os riffs de guitarra (muito bons) e os fraseados de baixo. Na bateria, vale destacar o trabalho de Juliana, com viradas precisas e bumbus velozes. Enfim, confira o Crucifixion BR. Ficha técnica – Crucifixion BR – Human Decay Human DecayAno de Lançamento: 2021Gênero: Death Metal Faixas:1-Opening The Gates, Blasphemy Returns2-Human Decay3-Confirmed Execution 6664-Annihilation and Victory5-Chaos of Mortality6-A Few Lies of Your Whole Light7-Into The Abyss8-My Saviour9-Blood Fire Victory10-Passage11-Insanidade Bestial12-The Final Chapter