Paranoia Bomb fala de controle emocional em A Raiva é seu Espelho

O ritmo alucinante do cotidiano e as aflições da sobrevivência raramente escapam de embates emocionais na mente humana e são questões que precisam ser debatidas. A banda brasiliense Paranoia Bomb usa o punk folk para trazer este debate no single A Raiva é seu Espelho, lançado nesta sexta (3). A música é um diálogo entre duas pessoas exatamente sobre descontrole de sentimentos ruins, expondo um ao outro, em busca de uma saída, como isso os prejudicam, de forma direta e/ou indireta. No refrão de A Raiva é seu Espelho, a temática fica perceptível e direta ao ouvinte: “A raiva é seu espelho / O espelho de quem não é / Alguém igual a você / E nem a mim”. “Sem percebemos, esse descontrole provoca um afastamento de pessoas próximas a nós e nos faz ter dificuldade para resolver esse e outros problemas do dia a dia. Principalmente em tempos sombrios, como o que estamos, as nossas crises emocionais criam uma sensação de ‘vazio’ e afetam a nossa sensibilidade e empatia conosco mesmo e/ou com os outros”, contextualiza o vocalista e guitarrista João Ramos, que escreveu a letra ao lado de Régis Matsumoto (guitarra e voz). Aliás, Ramos toca também no Caos Lúdico e, Matsumoto, no Conteste!, Firstations e Dissonicos, formações conhecidas e com rodagem na música independente de Brasília, assim como os demais integrantes, Saulo Sancho (Baixo, ex-Rioclaro) e Delton Porto (Bateria), cujos nomes rementem às bandas Dissônicos, Firstations e Nada Em Vão. A Raiva é seu Espelho tem também uma versão acústica, já nas plataformas de streaming. A música foi gravada no 1234 Recording Studio em Brasília e quem assina a co-produção, gravação, mixagem e masterização é Pedro Tavares. A Raiva é seu Espelho ainda terá um videoclipe, gravado e produzido por Pedro Bedê. O audiovisual foi rodado no Estúdio Formiguero, de Bruno Formiga, um antigo parceiro da Paranoia Bomb.
Post Malone lança Twelve Carat Toothache, álbum com Doja Cat, The Weeknd, entre outros

O rapper Post Malone lançou em todas as plataformas digitais o seu tão esperado álbum de estúdio. Intitulado Twelve Carat Toothache, o quarto disco da carreira do músico contém 14 faixas e traz as participações especiais de Doja Cat, The Kid Laroi, Gunna, entre outros. No repertório, estão as já lançadas Cooped Up, com Roddy Rich, e One Right Now, com The Weeknd. Anunciado em abril, o novo álbum foi escrito e produzido por Malone, em parceria com Louis Bell (Lorde), durante dois anos. O disco precisou de um processo mais longo para ficar pronto porque, segundo o próprio artista, a música havia se tornado um trabalho para ele e era preciso que voltasse a ser divertido. Durante sua produção, o rapper, que ficou um tempo fora dos holofotes, foi se encontrando novamente e passou a curtir todo o processo. Em novembro do ano passado, Post Malone e The Weeknd se juntaram para uma parceria, até então inédita, na faixa One Right Now. Dirigido por Tanu Muino, o videoclipe da canção já ultrapassou a marca de mais de 61 milhões de views. Produzida por Louis Bell, Brian Lee e Andrew Bolooki, a música apresenta um mix perfeito entre elementos sonoros bastante característicos de cada um dos artistas, acompanhados dos vocais inconfundíveis de duas das maiores vozes do pop global atual, o que faz a faixa se destacar por sua originalidade. Recentemente, em maio, o norte-americano lançou Cooped Up, com Roddy Ricch, faixa que também integra o repertório do novo álbum. O clipe da canção já atingiu mais de 9 milhões de visualizações. Twelve Carat Toothache sucede o aclamado disco “Hollywood’s Bleeding”, de 2019, que alcançou o primeiro lugar da Billboard 200 e trazia as participações de Travis Scott e Ozzy Osbourne. Nele, Post Malone conseguiu diversos hits, como Circles e Sunflower. Mesmo sem lançar um álbum completo desde 2019, o rapper apareceu em uma série de colaborações musicais ao lado de artistas como DJ Khaled, Megan Thee Stallion, Lil Baby, DaBaby, entre outros. Atração confirmada e inédita no Rock in Rio 2022, no dia 3 de setembro, Post Malone fechará a segunda noite do festival no Palco Mundo. Dono de hits como Rockstar, Better Now e Goodbyes, ele se destaca com seu som único, sendo aclamado por sua legião de fãs mundo afora.
Fantastic Negrito revela o álbum visual White Jesus Black Problems; confira!

O cantor, compositor, músico e ativista Fantastic Negrito (nee ́Xavier Dphrepaulezz) lançou na última sexta-feira (3) seu projeto mais ambicioso e provocativo até hoje, White Jesus Black Problems, agora disponível via Storefront Records. Acompanhado por um filme complementar, White Jesus Black Problems é uma síntese de muito – uma jornada ancestral, uma história de amor improvável e até uma autodescoberta do verdadeiro nome de alguém. Este novo projeto segue o aclamado álbum Have You Lost Your Mind Yet? de 2020. Sonoramente, White Jesus Black Problems é emocionalmente carregado, misturando rock and roll com grooves de R&B e energia funk, oferecendo um som que consegue parecer vintage e experimental ao mesmo tempo. White Jesus Black Problems foi escrito, gravado e filmado em Oakland, onde Negrito cresceu e atualmente reside. Combinado com o visual, WJBP produz uma experiência sensorial transcendente e imersiva, que desafia nossas noções de quem somos, de onde viemos e para onde estamos indo. O trabalho audiovisual é baseado na história real de sua avó (sétima geração de sua família) escocesa branca (Gallamore), uma serva contratada, vivendo em um casamento de direito comum com seu avô escravizado afro-americano (Courage); desafiando abertamente as leis racistas e separatistas da Virgínia colonial da década de 1750. No mês passado, Fantastic Negrito anunciou uma série de shows, incluindo o Celebrate Brooklyn, Electric Forest e o Hollywood Bowl Jazz Fest.
Carvão/Diamante: Sevê elucida resiliência e angústia em single duplo

Lançamento é acompanhado de videoclipe e marca a estreia solo do ex-vocalista da banda Vento A vida é cheia de reinícios. No entanto, entre o vão do fim e o brilho de um novo começo, é preciso ter força e resiliência para encarar angústia. Este é o tema de Carvão/Diamante, um single duplo que marca a estreia do cantor e compositor, Sevê, ex-vocalista da banda Vento. São duas faixas que se complementam, sendo Carvão uma espécie de introdução para Diamante, que utiliza a linguagem da música alternativa para atravessar a bossa nova, o trap e o emo. O lançamento também tem vida no campo audiovisual, com um videoclipe dirigido por MOOLUSCOS. No videoclipe, Diamante transita entre o campo dos sonhos e o medo da morte e do desconhecido, retratando a aflição de se deparar com o fim. Sevê destaca que as composições surgiram em meio à pandemia, onde lidou com o desestímulo e com a solidão. “Me vi analisando o meu próprio gosto musical enquanto refletia sobre a vida. Isso me trouxe o anseio de iniciar esse projeto, produzindo várias músicas. Entre elas, vejo que Diamante é a mais ambiciosa. É uma canção que representa o quanto tenho ouvido João Gilberto, Matuê e Fresno”. O single duplo Carvão / Diamante foi gravado em duas etapas. O instrumental foi captado de forma caseira enquanto as vozes foram gravadas no Cavalo Estúdio, em São Paulo. Na ocasião, Sevê contou com o suporte dos músicos Rafa Canovas (baixo), Nic Weaver (sopros), André Gabbay (percussão) e Marco Trintinalha (bateria). Natural do Pará, Sevê lançou o álbum Verde, ainda com a banda Vento em meados de 2018. Agora, com foco total no projeto solo, o artista deve lançar o single Direção em parceria com a cantora Mira no segundo semestre deste ano.
Crítica | Luta Pela Fé – A História do Padre Stu

Engenharia do Cinema Aqui temos um claro exemplo de como um ator consegue levantar projetos de forma independente. “Luta Pela Fé – A História do Padre Stu” foi levado para grande maioria dos estúdios de cinema por Mark Walhberg (que quando não está atuando, é um respeitado produtor cinematográfico) e nenhum deles quis bancar o projeto (sendo adquirido pela Sony, apenas quando ele se encontrou pronto). Então ele literalmente se juntou ao amigo Mel Gibson, que colocou sua noiva Rosalind Ross para dirigir, roteirizar o projeto e produzir o longa. O resultado foi um filme totalmente com ares pessoais, pois o escopo engloba o lado conservador-católico de Walhberg e Gibson (que são conhecidos por serem praticantes). Baseado em fatos reais, a história mostra o falido lutador de Boxe Stuart Long (Walhberg), que resolve se mudar para Los Angeles e investir na carreira de ator. Mas após ele conhecer a latina Carmen (Teresa Ruiz), ele sente uma paixão enorme pela mesma, que lhe faz ingressar na igreja católica. Porém, logo após um ocorrido ele percebe que deverá se tornar um Padre. Imagem: Sony Pictures (Divulgação) Realmente estamos falando de um filme cuja temática pode gerar muitas polêmicas, devido ao seu assunto ser tratado com bastante tabu pela indústria cinematográfica e por vários pseudo-intelectuais (o que vem fazendo a qualidade de muitos filmes caírem, gradativamente). Não vemos pautas humanitárias, muito menos discussões ideológicas sendo jogadas na pauta. Apenas vemos a realidade de uma família que realmente foi afetada por conta da fé em Deus, e como um homem pode evoluir diante da presença do mesmo. Sim, isso deve ser destacado, pois vem sumindo do cinema há tempos. Já adianto, que se você não comprar o que foi dito no parágrafo anterior, não estamos falando de um filme para você. Embora estejamos falando da história de um Padre, a narrativa realmente se mostra bastante pessoal por conta dos fatos que englobam a vida pessoal de Walhberg e Gibson (que no passado já tiveram problemas com álcool e confusões). Vivendo Pai e Filho mais uma vez nos cinemas (depois do divertidíssimo “Pai em Dose Dupla 2“), os caracteres de ambos a todo momento remetem experiências passadas deles (tanto que é nítido que eles entraram de cabeça nas interpretações). Mas como nem tudo é perfeito, há uma certa rapidez para mostrar o arco de Stu se tornado Padre e uma maior ênfase quando ele estava tendo uma vida boêmia. Faltou mostrar em cena ainda mais a importância que o mesmo teve para os moradores de sua cidade (já que isso ficou resumido em uma cena de cinco minutos). E nestes momentos, a maquiagem usada para vermos uma versão obesa de Walhberg consegue ser mais bizarra que a mostrada em Chris Hemsworth (o Thor), em “Vingadores Ultimato“. Isso sem citar que a diretora Rosalind Ross estava claramente com certo receio em assumir a função (e obviamente contou com a ajuda de Gibson, em algumas tomadas), pois alguns recursos ela literalmente se assemelhou como um diretora amadora (como por exemplo, em uma simples conversa ela foca no rosto dos atores, no ambiente e ainda balança a câmera). Uma lástima, pois este detalhe pesou no resultado final. “Luta Pela Fé – A História do Padre Stu” vale ser conferido como um mero entretenimento gospel, e se você for fã de Mark Walhberg e Mel Gibson.