Big Special, a grata surpresa na abertura do show do Placebo

Foram apenas 35 minutos de show, mas o suficiente para deixar uma boa impressão para o público brasileiro. Abrindo para o Placebo, no Espaço Unimed, no último domingo (17), o Big Special soube aproveitar o tempo para mostrar um pouco do que deve estar em seu álbum de estreia, Postindustrial Hometown Blues, que será lançado em 10 de maio. O duo britânico é muito original, mas é possível sentir influências de Sleaford Mods e Tom Waits, mas com uma adição extra de punk rock. Tudo isso com letras de impacto sobre a classe trabalhadora, críticas políticas e sociais, além de saúde mental. Apesar de curto, o show teve ótimos momentos, como em Shithouse e Trees, essa acompanhada por muitos fãs no coro. O repertório de sete canções também incluiu a recém lançada Butcher’s Bin, mais uma prévia do álbum de estreia da banda. O vocalista, Joe Hicklin, e o baterista, Callum Moloney, conversaram bastante com o público. Ambos têm presença de palco cativante e influenciam demais no comportamento do público. Escolhidos a dedo pelo Placebo, o Big Special está com vários shows esgotados no Reino Unido, além de confirmados no Reading e Leeds Festival, no segundo semestre. No fim do ano tem um show agendado no O2 Forum Kentish Town, em Londres. Será a maior apresentação solo do duo na capital inglesa. Setlist DESPERATE BREAKFAST THIS HERE AIN’T WATER SHITHOUSE Butcher’s Bin Dust Off / Start Again Trees Dig!
Natiruts esgota mais uma data e confirma terceiro show no Allianz Parque

As duas datas no Allianz Parque, em São Paulo, esgotaram rapidamente e, agora, o Natiruts confirmou mais um show no local: 24 de agosto. A venda de ingressos para a nova data no Allianz Parque começa nesta quarta-feira (20), às 16h20, no site da Eventim. Também tem novidade em outras cidades pelas quais o Natiruts vai passar: a turnê, que desembarca em Belo Horizonte no dia 15 de novembro, ganha um espaço maior para receber os fãs do grupo. Sendo assim, o show deixa a Arena da Independência para acontecer na Arena MRV, estádio novo do Atlético-MG. A canção Leve com Você, lançada pelo Natiruts em 2002, foi escolhida para dar nome à tour de despedida por traduzir a energia proposta pelos integrantes. Os términos não precisam ser sinônimo de tristeza e é isso que o grupo vai mostrar em cima dos palcos. “Estamos na fase mais plena e madura da banda e conseguimos concluir o que nos propusemos lá atrás”, comenta Luís Mauricio, co-fundador do Natiruts ao lado de Alexandre Carlo (responsável pelas composições). “Saber encerrar algo em um momento em que você está bem é importante. A trajetória que percorremos até aqui é o que nos possibilita isso. Existe uma ideia de missão cumprida e a vontade de viver a experiência da despedida próximos do nosso público”, complementa Alexandre Carlo. NATIRUTS NO ALLIANZ PARQUE, EM SÃO PAULO Data: 24 de agosto Local: Allianz Parque Horário de abertura da casa: 16h Classificação Etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Ingressos Cadeira superior – R$ 50,00 (meia-entrada legal) | R$ 60,00 (entrada social) | R$ 100,00 (inteira) Pista – R$ 125,00 (meia-entrada legal) | R$ 150,00 (entrada social) | R$ 250,00 (inteira) Cadeira inferior – R$ 145,00 (meia-entrada legal) | R$ 174,00 (entrada social) | R$ 290,00 (inteira) Pista premium – R$ 195,00 (meia-entrada legal) | R$ 234 ,00 (entrada social) | R$ 390,00 (inteira) Início das vendas: 20 de março Vendas online Bilheteria oficial: Bilheteria B – Allianz Parque | Av Francisco Matarazzo, nº 1705 – Portão B – Perdizes | Bilheteria A – Allianz Parque | Rua Palestra Itália, nº 200 – Portão A – Perdizes
Mark Knopfler lança o “We Are The World das guitarras”; ouça!

O ex-vocalista e guitarrista do Dire Straits, Mark Knopfler, reuniu um timaço de gênios da música para lançar uma espécie de We Are The World das guitarras. Going Home, que abre com a gravação final de Jeff Beck, reúne nomes como David Gilmour, Ronnie Wood, Slash, Eric Clapton, Sting, Bruce Springsteen, Pete Townshend, Brian May, Tony Iommi, Joan Jett, entre muitos outros. Produzida por seu colaborador de longa data Guy Fletcher (que editou as contribuições em uma peça de 9 minutos), a faixa apresenta uma formação sem precedentes de alguns dos maiores guitarristas da história. ‘Legendary’ não começa a cobrir isso – David Gilmour para Ronnie Wood , Slash para Eric Clapton , Sting para Joan Armatrading , Bruce Springsteen para Pete Townshend , Nile Rodgers para Joan Jett , Brian May para Tony Iommi , Joe Walsh , Sam Fender e muitos mais nomes de cair o queixo. Além dos guitarristas, Roger Daltrey, patrono honorário do Teenage Cancer Trust e cofundador do Teen Cancer America (com Pete Townshend, ambos do The Who), adicionou a gaita, enquanto Ringo Starr está na bateria junto com seu filho Zak Starkey. Lista completa de artistas que participam da faixa Joan Armatrading, Jeff Beck, Richard Bennett, Joe Bonamassa, Joe Brown, James Burton, Jonathan Cain, Paul Carrack, Eric Clapton, Ry Cooder, Jim Cox, Steve Cropper, Sheryl Crow, Danny Cummings, Roger Daltrey, Duane Eddy, Sam Fender , Guy Fletcher, Peter Frampton, Audley Freed, Vince Gill, David Gilmour, Buddy Guy, Keiji Haino, Tony Iommi, Joan Jett, John Jorgenson, Mark Knopfler, Sonny Landreth, Albert Lee, Greg Leisz, Alex Lifeson, Steve Lukather, Phil Manzanera, Dave Mason, Hank Marvin, Brian May, Robbie McIntosh, John McLaughlin, Tom Morello, Rick Nielsen, Orianthi, Brad Paisley, Nile Rodgers, Mike Rutherford, Joe Satriani, John Sebastian, Connor Selby, Slash, Bruce Springsteen, Ringo Starr e Zak Starkey, Sting, Andy Taylor, Susan Tedeschi e Derek Trucks, Ian Thomas, Pete Townshend, Keith Urban, Steve Vai, Waddy Wachtel, Joe Louis Walker, Joe Walsh, Ronnie Wood, Glenn Worf, Zucchero.
Sem celulares, pista premium e o maior hit, mas ainda assim era o Placebo

Vivo Arte: Sinfonia Criativa de Jardim Soma ganha forma em novo videoclipe

Com poesia, ritmo e emoção, Jardim Soma revela o videoclipe de “Vivo Arte”, destacando a poderosa conexão entre música e artes visuais, uma constante em toda a discografia de Luca Bori, multi-instrumentista que lidera o projeto e é popularmente conhecido pelo seu trabalho como baixista e vocalista da banda Vivendo do Ócio. Sob a visão poética dos diretores Thaís DeMelo e Pedro Carballal, o videoclipe de “Vivo Arte” desdobrou-se em dois cenários marcantes. Em Barcelona, Espanha, a equipe imortalizou momentos em um casarão centenário no Bairro El Gótic e nas serenas águas da Praia de La Barceloneta. Enquanto isso, no Brasil, nas encantadoras areias da praia da Gamboa, em Salvador, a residência de Luca Bori se transformou em um santuário inspirador para as filmagens. O videoclipe “Vivo Arte” retrata a história de um casal cujo amor é sustentado pela arte. Através da dança e de expressões artísticas, eles exploram a saudade e a conexão entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, simbolizados pelo mar. Essa jornada emocional destaca como a arte pode ser um poderoso meio de expressão, capaz de transcender distâncias geográficas e unir pessoas, mesmo diante das barreiras físicas e emocionais. Para Luca Bori, a música é mais do que uma simples composição de notas; é a síntese de uma vida dedicada à arte. Com mais de 20 anos de trajetória musical, incluindo participações em inúmeras bandas, shows e gravações, cada experiência moldou as texturas, melodias e sonoridades que ele apresenta hoje. Ele reflete: “A arte é um universo de possibilidades infinitas, mas com a Jardim Soma, busco sempre explorar novos territórios mantendo um vínculo com minhas raízes. Olhar para o passado é essencial para compreender esses novos caminhos”. Em suma, tanto a trajetória de Luca quanto o videoclipe “Vivo Arte” convergem para uma mesma ideia: a arte como uma expressão profunda e em constante transformação da alma humana. Essa perspectiva é aliada a um romance onde o amor e a paixão representam a própria essência da arte. Para a diretora Thaís DeMelo, a mensagem contida na garrafa no videoclipe, “Juntos somos arte”, simboliza a união entre os protagonistas, destacando como a colaboração pode criar algo belo e significativo. “Essa união pode transcender as barreiras do tempo e do espaço, tornando-se uma manifestação genuína da expressão artística”, frisou. Neste trabalho, Luca Bori foi especialmente influenciado por bandas como Homeshake, Crumb e Mutantes, que inspiraram tanto a música quanto a estética visual da obra. O músico, que gravou a faixa integralmente de forma solo em seu estúdio, leva “Vivo Arte” para o seu repertório em uma banda sinérgica com os músicos Luiz Henrique (guitarra), Mapa (bateria) e Arthur Max (MPC) em cada show.
Maria Sil, de São Vicente, lança primeiro álbum, Grito, Beat & Poesia

A cantora Maria Sil lança seu primeiro álbum, Grito, Beat & Poesia, nesta terça-feira (19), em todas as plataformas digitais. O trabalho, que consolida oito anos de sua trajetória musical, propõe uma jornada sobre o Brasil contemporâneo a partir de suas vivências, em 11 faixas autorais. A produção é do DJ Cuco e a distribuição, do selo Sonora Digital. Do funk pop ao ijexá, do rap ao samba de roda, entre outros gêneros, Grito, Beat & Poesia transita pela brasilidade e pela música urbana, remetendo a uma mesma origem – negra, periférica, que teve e ainda tem papel determinante na construção do país. Neste sentido, o álbum reflete sobre as consequências recentes da ascensão de políticas fascistas, da negligência em relação à pandemia da covid-19 e da impunidade que ainda prevalece em casos de crimes de execução. Ao mesmo tempo, é um tributo à resiliência desta população, mesmo em um cenário de tantas mazelas sociais. “É o começo de um ciclo. Um trabalho autoral, independente, distribuído por um selo parceiro, que traz novas sonoridades e avança por um território que abriga com mais naturalidade minhas histórias. Afinal, cada uma de nós que permanece viva é uma vitória. E não podemos abrir mão de celebrar isso”, resume Maria Sil. Por vezes como narradora de cenas que já vivenciou ou idealiza – e, em outras, como protagonista, a artista trans versa sobre ancestralidade, autoestima e amor livre, mas também impõe seu olhar crítico sobre a injustiça social, a violência contra as minorias, o preconceito e a discriminação em suas diversas formas. Reflete, ainda, sobre a jornada de artistas independentes em meio às dificuldades impostas pela indústria e superando seus próprios medos e incertezas. “Network, streams / Relações para poder lançar os hits / Prisões, correntes / Ganhar uns kits de uma marca / Que não sabe o que passa na tua mente”, provoca o refrão de Na Tua Mente, música de trabalho do álbum. “Sou uma boa contadora de histórias através da música”, prossegue, atribuindo a alternância entre temas mais leves e densos a um movimento natural de sua carreira como artista e compositora. “Penso que a poesia está também aos olhos de quem vê. Para mim, uma música como Estilosa, divertida, que trata o amor como algo livre, sensível, é tão política e poética quanto Bala Na Garganta ou Tapetes de Luxo, por exemplo, que abordam questões como a execução das populações periféricas no Brasil”, compara. Este contraponto às vezes surge também em uma mesma faixa, como Samba Iaiá, que abre o álbum. Dedicada à mãe, Vani dos Santos, vítima de negligência médica durante a pandemia da covid-19, a canção fala sobre a autoaceitação e a luta de famílias por um futuro mais digno em meio ao cansaço do dia a dia, mas com leveza. “Professora e mãe solo, em muitas noites tudo que minha mãe podia cozinhar ao chegar em casa era um prato de tutu de feijão. Essa memória afetiva acabou inspirando a letra”, conta. Desta forma, Grito, Beat & Poesia reflete uma percepção maior de Maria Sil acerca do seu corpo, de sua história de vida e das dores com as quais lidou na adolescência e início da vida adulta. A cantora ressalta que não naturaliza violência, nem perdas, mas entende que ao expressar essas vivências no álbum – com um caminho musical definido e que abraça a complexidade da vida, inclusive seus bons momentos – hoje entende melhor sua própria trajetória. Novas sonoridades- Maria Sil ressalta a parceria com DJ Cuco na produção de Grito Beat & Poesia, reconhecendo-o como um dos precursores do movimento funk e rap da Baixada Santista, tanto à frente do grupo Voz de Assalto, como também produzindo nomes como MC Felipe Boladão e MC Careca, entre outros. “Sempre ouvi histórias mais próximas das minhas no funk e no rap. Quando as letras de Estilosa e Fôlego – que fala sobre frustrações e recomeços – ficaram prontas, foi a primeira pessoa que pensei em convidar para produzi-las”, lembra. A afinidade musical imediata rendeu, em seguida, um convite para a trilha sonora de Quando Mataram Os Meus, espetáculo encenado pela artista em 2023. A artista lembra ainda que o DJ reconhecia sua trajetória musical vinda da MPB e do pop, mas imediatamente entendeu sua intenção em construir outras sonoridades, o que foi essencial no processo de produção do álbum. “Maria Sil trouxe referências como Elza Soares, Criolo, Irmãs de Paula, Ivete Sangalo e funk de fluxo. A partir daí buscamos elementos sonoros para criar a atmosfera que ela pretendia para cada canção. E chegamos a resultados muito interessantes, como Só No Blecaute, que combina trap e pagode baiano, uma experimentação inédita na minha carreira; Eu Vi, arranjo que flerta com a música erudita; e Tanta Coisa, originalmente uma balada romântica que ganhou batida eletrônica e samplers, o que considero minha assinatura”, comenta DJ Cuco. Maria Sil completa: “É um trabalho de produtor musical. Entreguei o meu melhor ao Cuco e ele me devolveu o seu melhor. É destes álbuns que deve ser ouvido por inteiro, não uma coletânea de singles”. Além de músicas compostas com DJ Cuco, o álbum também traz parcerias autorais com a cantora Socorro Lira, com o educador e poeta Vandei Oliveira e com o músico Théo Cancello. Nascida em São Vicente (SP), Maria Sil é cantora, produtora cultural, atriz e ativista social. Como cantora, tem dez singles lançados, além dos EPs Húmus (2017) e A Carne A Língua e o Vírus (2019), apresentado em shows no Sesc Pompeia, em São Paulo (SP) e no Sesc Santos. Recentemente teve músicas incluídas em obras audiovisuais de diretores como Gustavo Vinagre e Day Rodrigues.