Responsável por interpretar um dos personagens mais interessantes de Carcereiros – O Filme, Rainer Cadete, que vive o Príncipe, ressaltou a importância de discutir a vida carcerária na telona.
“Me interessa muito falar sobre esse assunto. A organização dos presidiários é algo muito presente na nossa sociedade. E não é fácil regenerar um presidiário no Brasil. É importante levantarmos esse debate”, comenta o ator.
Para Rainer Cadete, que também vive o fotógrafo Téo na novela A Dona do Pedaço (Rede Globo), escolhas feitas na adolescência poderiam ter mudado o destino da própria vida.
“Cresci em Brasília, talvez não tivesse feito algumas escolhas, eu poderia estar preso agora. Alguns amigos tiveram esse destino, se envolveram com a criminalidade. É algo muito próximo, real e possível de acontecer na nossa realidade. Eu optei por seguir para o teatro”, argumenta Rainer Cadete.
Para o ator, o fato da obra ter sido adaptada para o cinema, transformou a experiência em algo mais impactante.
“Tem muito mais cenas de ação se comparado com a série. Além disso, a experiência de assistir ao filme no cinema é diferente. Você não vai apertar pause e sair. O público fica 1h50 direto com cenas de tirar o fôlego”.
Cadete também falou da experiência de trabalhar com o diretor José Eduardo Belmonte. Para o ator, foi um “sonho realizado”.
“Ele é meu conterrâneo, também de Brasília, um profissional incrível. Comecei a fazer cinema, mas desde o início tinha como uma das metas trabalhar com ele. Então, estar junto dele em Carcereiros foi muito especial”, disse sobre o diretor de Alemão e Se Nada Mais Der Certo.