De tempos em tempos, você deve ouvir sobre a falta de renovação no rock pesado. Uma grande bobagem. O Five Finger Death Punch está aí para comprovar isso. Na ativa desde 2005, o grupo tem uma popularidade tão grande que já virou até feriado em Las Vegas. O Five Finger Death Punch Day foi oficializado em 1 de novembro de 2019.
Nesta sexta-feira, a banda lança o oitavo álbum de estúdio, F8, que já teve três singles revelados: Inside Out, Full Circle e Living the Dream. As faixas ocuparam posições de destaque nas paradas. Inside Out, inclusive, alcançou o topo.
“A grande diferença da gravação desse álbum foi que eu e o Ivan (vocalista) estivemos sóbrios pela primeira vez na história da banda. Um álbum inteiro com os dois limpos e sóbrios. Eu tive um problema sério com álcool, e quando se tem problema com álcool, ele te joga para baixo e não te permite produzir como se deve. O álcool é algo profundo, então fico feliz em tê-lo largado. Me senti feliz e mais vivo na gravação do álbum. Passei por terapia e vi como as pessoas sofrem para melhorar, então me sinto bem em estar melhor e concentrado na banda”, disse o baixista, Chris Kael, em entrevista para o Blog n’ Roll.
Amizade forte no Five Finger Death Punch
Um dos segredos para o sucesso da banda, segundo Kael, está na amizade dos integrantes. Ele ressalta que todos costumam sair juntos, mesmo quando não estão em turnê.
“Mesmo com tantas coisas acontecendo, nós sabemos manter tudo sob controle, porque temos essa conexão. E é por isso que as coisas dão certo. Estamos todos na mesma energia de hard rock e heavy metal. Além disso, nós gostamos de fazer um som com mais contexto emocional e melodia. Temos um arranjo que mexe com a emoção das pessoas”.
Em ano eleitoral nos Estados Unidos, muitos artistas têm se posicionado. A maior parte contra o presidente Donald Trump. O Five Finger Death Punch, no entanto, prefere não se meter na discussão.
“Nós sempre tentamos ficar fora de assuntos políticos. Nosso foco é sempre o rock. Nosso trabalho é fazer música e subir no palco para agirmos como adolescentes. Quando chego em casa, gosto de balançar minha barba e saber que cumpri meu dever no rock. Se a coisa está ruim, temos que ajudar a aliviar com nossa música, mas se está boa, temos que achar um jeito de comemorar”.
Brasil na vista
Com um acumulado de mais de 3 bilhões de streams de suas músicas, a banda tem o Brasil no radar. No entanto, ainda sem data definida.
“Temos algumas datas na Europa já marcadas, mas sei que nossa equipe vai marcar novos shows e sei que o Brasil está no radar”, disse o baixista.
Fã de Sepultura, Kael guarda boas lembranças da primeira vez da banda no Brasil, em 2017, no Maximus Festival. Principalmente do carinho dos fãs.
“Estivemos no Brasil há alguns anos e foi uma experiência incrível. As pessoas daí nos acompanharam desde o aeroporto. É uma energia que dá para sentir no ar. É palpável. Isso nós faz querer fazer um certo esforço para tocar aí. Essa paixão que os fãs nos dão são absorvidas e nos dão energia sempre. Agradeço demais a vocês”, diz, aos risos.
E por falar em energia positiva, o Five Finger Death Punch vibrou com o feriado em Las Vegas. Em resumo, Kael definiu a honraria.
“Nós amamos a cidade. Temos uma conexão e criamos um senso de comunidade que Las Vegas não tinha antes. Agora, temos esse feriado por lá. Quantas pessoas podem dizer isso? Carregamos a cidade no nosso coração e amamos a comunidade”.