“Santos era a Califórnia brasileira nos anos 1990”, diz vocal do CPM 22

“Santos era a Califórnia brasileira nos anos 1990”, diz vocal do CPM 22

Crédito: Rafael Kent

No final dos anos 1990, Santos contava com uma das cenas independentes mais fortes do Brasil. Dezenas de bandas de hardcore surgiram na Cidade naquele período. O CPM 22, que dava os seus primeiros passos em São Paulo, aproveitou o momento e fortaleceu o nome na região.

“A Califórnia vivia uma fase de ouro. Várias bandas de hardcore e punk rock estavam em alta lá. Muitas das nossas influências vieram da Califórnia”, diz Badauí. “Santos não era diferente. Era uma espécie de Califórnia brasileira, pela cultura do skate, do punk rock e o clima de praia”, completa.

Bandas da região também influenciaram o CPM 22, diz Badauí. “Santos é a cidade do Garage Fuzz, que tem mais de 20 anos de estrada, do Safari Hamburguers, White Frogs e do Charlie Brown Jr, a mais conhecida de todas. Elas vieram antes do CPM”. Hoje, o grupo tem um integrante da região, o baixista Heitor Gomes, ex-Charlie Brown Jr.

Mas quem pensa que as memórias de Badauí se resumem apenas ao período anterior ao início do CPM está enganado. “Fizemos shows memoráveis no Bar do 3 abrindo para o No Fun At All (banda sueca), além do Armazém 7, muito marcante no nosso período independente”, diz.

Hoje, Badauí afirma que perdeu um pouco o contato com nomes novos. “O bar e o projeto acústico consomem muito tempo, felizmente. Mas duas bandas me chamam a atenção: o Bayside Kings (Santos) e o Bullet Bane (São Paulo)”, elogia.