Vocalista do Metrô, Virginie Boutaud, se junta a Roberto Gava em videoclipe

Vocalista do Metrô, Virginie Boutaud, se junta a Roberto Gava em videoclipe

Em agosto deste ano, o cantor, compositor e multi-instrumentista Roberto Gava lançou o álbum Bertolt Brecht, com 15 faixas musicadas a partir de poemas do escritor e dramaturgo alemão Bertolt Brecht, traduzidos por André Vallias. O disco conta com diversas participações especiais, que incluem, entre outros, Zezé Motta, Carlos Careqa, Skowa e Virginie Boutaud.

Aliás, a vocalista da banda New Wave, Metrô, divide os vocais com Gava em duas músicas: Troca de Pneu e Canção de amor de um tempo ruim, que ganha nesta terça-feira (21) um videoclipe.

“Se trata de uma canção de amor à la Brecht, sujeita a diferentes interpretações. Para mim revela a história de um casal com seus encontros e desencontros, onde as brigas são esquecidas quando o amor é colocado à tona. A Virginie foi muito sensível na sua interpretação, criou alguns vocalises que originalmente não existiam e deu um colorido superespecial à canção, contrastando com minha voz num casamento perfeito”, revela o músico.

As filmagens para o videoclipe foram feitas inicialmente em Toulouse, na França, com Virginie, que sugeriu que a ambientação fosse em uma feira livre. Logo depois, foram feitas as imagens de Gava na capital paulista.

“Ao receber as imagens da Virginie, fiz um roteiro de edição e tentei costurar um enredo como se estivéssemos filmando juntos. Tentei ficar no mesmo clima que ela na França e dar um ar homogêneo ao vídeo. A ideia foi mostrar um casal em busca de um encontro que nunca aconteceu de fato. Estranhos, mas apaixonados”.

Virginie surpresa com a melodia

Virginie diz ter se surpreendido positivamente com a melodia, o arranjo e a letra da música. “Quando recebi a canção, achei linda e já coloquei no ‘Garage Band’ para gravar”. A vocalista conta ainda que adora “esta coisa de feira livre”, e reflete sobre a temática da música e a locação do videoclipe.

“Quando estamos ligados por um estado de Amor, por mais absurdo que pareça, não existe tempo ou espaço, e fica esta coisa desta pessoa presente como um leitmotiv, tatuada na mente, um filtro temático. Então é isso, se a gente se encontrasse na feira, nos afazeres do dia a dia, em meio a esta beleza da fartura de alimentos vegetais, coloridos, diversos, fotogênicos, sensuais, energizantes, militantes de alguma forma (rs); se estas pessoas se encontrassem, ou reencontrassem, seja aqui ou lá, como seria? Tipo ‘vou à feira buscar umas batatas e também aquele meu grande Amor’ (rs)”.