Cracker Island: Gorillaz traz bons feats em seu disco mais coeso da nova fase

O Gorillaz trouxe nesta sexta-feira (24), seu oitavo disco de estúdio, intitulado Cracker Island. O álbum conta com 10 faixas e vêm com parcerias inesperadas como Thundercat, Tame Impala e Bad Bunny. Cracker Island Em síntese, o novo trabalho da banda virtual remete muito as suas três últimas produções (Humanz, The Now Now e Song Machine, Season One: Strange Timez), ainda assim, Cracker Island traz a particularidade de ser mais coeso que os demais. Por exemplo, em Humanz, o grupo se perde na musicalidade ao longo das 26 canções presentes. Aqui, a banda foca em seu ritmo próprio – uma mistura meio indie-funk – e vai até o fim com ele, fazendo pequenos ajustes entre as canções para não soar repetitivo. Aliás, os feats são essenciais para as partes do álbum serem únicas. Beck em Possession Island e Adeleye Omotayo na poderosa Silent Running fazem muito bem o papel de coadjuvantes para que 2-D e cia consigam brilhar. Já em Tormenta, onde o reggaeton toma conta, o Gorillaz deixa Bad Bunny brilhar, muito em função do momento em que vive o artista. Resumindo, Cracker Island revê os erros dos discos anteriores dessa nova fase do grupo e se adapta. Contudo, acaba sendo menos eclético que os outros, o que pode causar certa estranheza para os mais acostumados com o som do Gorillaz ultimamente. Com primeiras impressões muito positivas por parte da crítica mundial, o álbum que contribui ainda mais para o universo musical próprio criado por Damon Albarn, tem tudo para concorrer em algumas premiações durante o ano.
Com Garageband Superstar, Lauran Hibberd mergulha no pop rock

Banda santista Broken Dreams divulga seu primeiro EP; ouça

A banda santista Broken Dreams debutou seu primeiro EP neste domingo (10). Trazendo diversos elementos do rock moderno, o trio divulgou três canções. Em abril, o grupo já havia lançado Happy, primeira música que compõe o trabalho intitulado The Karma of Your Happy Feelings. Aliás, o título é um jogo de palavras e traz o nome das três faixas. Feel e Karma são inéditas e chegaram junto do lançamento. A Broken Dreams é formada por Leonardo Rezende (Vocal), Patrick Klökler (bateria) e Victor Moryarth (guitarra).
Com Emicida fechando, Festival Turá mostra a força dos músicos brasileiros

O primeiro dia do Festival Turá, que aconteceu no Parque Ibirapuera, em São Paulo neste sábado (2), mostrou a força dos nossos artistas. Sem atrações internacionais, o evento trouxe bons nomes para o seu lineup. Lagum, Duda Beat, Paulinho da Viola e Emicida foram as principais atrações do dia e não decepcionaram. Aliás, vale ressaltar os imprevistos, duas atrações já anunciadas não puderam comparecer por questões de saúde e tiveram de ser trocadas de últimas hora. Lagum Em síntese, a galera do Lagum vem se estabelecendo como umas das bandas queridinhas do público jovem. Com um setlist repleto de hits, o grupo fez uma apresentação enérgica para agitar as pessoas. Ainda assim, por conta do horário, o conjunto fez um show para um número menor de pessoas em relação as outras apresentação. Contudo, isso não afetou em nada a qualidade do espetáculo. Como citado, o Lagum é muito querido pelo público, por conta disso, o vocalista Pedro Calais foi sempre acompanhado pelas pessoas pessoas presentes nos refrões. Sempre variando entre as canções mais agitadas com as românticas, a banda escolheu bem seu repertório e agradou. Duda Beat A cantora pernambucana foi outra que chegou cheia de energia. Com sua banda e repleto de dançarinas no palco, a popstar brasileira trouxe canções dos seus dois discos de estúdio. Ainda assim, a recepção para as músicas do Sinto Muito, divulgado em 2018, são muito mais calorosas. Destaque para Bixinho, que foi acompanhada a todo momento pelos fãs. Contudo, é importante ressaltar a evolução da artista. Ao vivo, as composições do álbum Te Amo Lá Fora (2021) são muito bem apresentadas e tem tudo para virar o carro-chefe nos shows da cantora em breve. Paulinho da Viola Trazendo o show mais tranquilo do dia, o sambista Paulinho da Viola teve a dura missão de substituir Zeca Pagodinho no lineup. Vale lembrar que Zeca contraiu Covid-19 e teve sua presença cancelada dias antes do festival. Na performance, Paulinho foi de poucas palavras, mas musicalmente impecável, mesmo aos seus 79 anos. O músico tocou pelo menos uns três instrumentos durante sua apresentação no Festival Turá. Feliz foi o público que caiu no samba e cantou muito. Vale ressaltar já o número de pessoas no local na penúltima apresentação da noite. Emicida De longe a atração mais esperada do dia, o rapper segue fazendo um grande trabalho em seus shows. Ademais, Emicida trouxe uma mescla dos seus discos em 1h30 de show. Sempre trazendo canções mais tranquilas do disco AmarElo (2019) no início do show, o músico fez a alegria das pessoas principalmente com Quem Tem Um Amigo. Em resumo, com uma segunda parte bem mais explosiva, Emicida trouxe seus principais hits no final, como Levanta e Anda, penúltima faixa apresentada. Como já é de costume, o músico fechou a noite com a ótima Principia, que fez o público se emocionar ainda mais com o show. Vale destacar sempre o engajamento social do músico, que abordou diversos temas em seu período no palco. Festival Turá Como citado no início do texto, o maior acerto do Festival Turá foi ter focado em artistas brasileiros. Além de valorizar a nossa cultura, o evento mostrou que é possível fazer uma boa festa apenas com pratas da casa.
Rüfüs Du Sol agrada em cheio com show sensorial e cheio de luzes

Conhecida por suas apresentações sensoriais, a banda australiana Rüfüs Du Sol fechou o primeiro dia do MITA Festival com um espetáculo incrível na Spark Arena, em São Paulo. Em resumo, o grupo que mescla elementos eletrônicos com diversos gêneros musicais pode até não parecer tão atraente ouvindo em seus fones de ouvido, mas toda a atmosfera do show transforma isso tudo em algo maior. Na apresentação, os australianos contaram com o apoio de um jogo de luzes muito bem ensaiado para fazerem com que os fãs ficassem imersos. Já cientes que o show é um grande espetáculo, os fãs se jogaram de cabeça e dançaram muito. Pelas músicas serem com uma pegada mais eletrônica, é natural que as letras sejam mais simples e curtas, mas isso não impediu o público de cantar. Aliás, em cada pausa, os fãs entravam em êxtase e procuravam sempre se comunicar com o trio australiano. E por falar neles, Tyrone Lindqvist, Jon George e James Hunt arriscaram no português e foram muito simpáticos com os fãs brasileiros. O destaque fica para as canções do disco Solace (2018). Considerado por muitos o melhor da banda, o álbum foi lembrado com algumas músicas, como Eyes, tocada bem no comecinho do show. Aliás, chamou muito a atenção das pessoas. Deu tempo também do Rüfüs Du Sol tocar também algumas faixas do álbum Surrender, lançado no ano passado.
Tom Misch encanta público com show mais cheio do MITA Festival

Debutando no Brasil, o músico Tom Misch fez o público dançar muito na noite deste sábado (14), no primeiro dia do MITA Festival, na Spark Arena, em São Paulo. Co-headliner do evento, o artista empolgou com sua mistura de jazz, hip hop e lounge. Aliás, o primeiro show internacional do dia contou com um público muito maior do que nos anteriores. E Tom Misch se mostrou muito feliz com o apoio recebido da plateia. O artista chegou a arranhar um português com os fãs e conseguiu dizer algumas palavras, como “olá” e “muito obrigado”. Quem acompanha o trabalho do músico britânico sabe da admiração dele pela bossa nova. Recentemente, inclusive, Tom Misch gravou com Marcos Valle, em seu projeto Quarantine Sessions. Sobre a setlist, Tom Misch mesclou muito bem seus trabalhos, com um destaque ligeiramente maior para What Kinda Music, lançado em 2020. No entanto, os hits presentes em Geography (2018) não foram esquecidos, como It Runs Through Me, muito aclamada pelo público. Em resumo, mesmo que o estilo do cantor britânico seja mais low e suave, a plateia presente no MITA não deixou de dançar e acompanhar o artista em diversas faixas. Alguns fãs até se emocionaram na frente do palco.
Prestes a fazer 80 anos, Gilberto Gil emociona fãs no MITA Festival

Gilberto Gil completará 80 anos no próximo mês. Neste sábado (14), ele deu mais uma amostra de que está muito longe de parar. O baiano expoente da Tropicália ofertou um show digno de headliner no fim da tarde do primeiro dia do MITA Festival, na Spark Arena, em São Paulo. Sempre muito simpático na hora de se direcionar aos fãs, antes da apresentação, Gil agradeceu a platéia e a organização do festival. O público não deixou por menos e o saudou de forma calorosa. O lendário músico brasileiro trouxe algumas faixas de seu extenso repertório autoral, como Expresso 2222, mas a apresentação ficou marcada por covers… Gil trouxe logo de início Upa, Neguinho, de Edu Lobo. Logo depois, emendou com É Luxo Só, de Ary Barroso. Mas o destaque ficou com a versão de I Say a Little Prayer, cantado pela neta do artista, Flor Gil. Ao término da canção, a jovem se emocionou depois do público inflamar. De acordo com Gilberto, essa foi a primeira vez da jovem em um festival. E por falar na recepção do público, os fãs contribuíram muito para a sequência do show. Acompanharam Gil de forma bastante empolgada em boa parte da apresentação, cantando os sucessos com muito entusiasmo. Flor ainda voltou para performar No Norte da Saudade e Andar com fé, escritas e consagradas pelo avô. Ainda teve tempo para o artista trazer Aquele Abraço. Aqui, aliás, ele sambou no palco, o que levou os fãs ao delírio. No refrão, Gil lembrou dos quatro clubes grandes do Estado. “Alô torcida do Corinthians, do São Paulo, do Santos e do Palmeiras“. Cover de Bob Marley e filha no palco de Gilberto Gil A canção que encerrou a seleção de covers foi Stir It Up, de Bob Marley & The Wailers. Por fim, a filha de Gilberto Gil, Bela Gil também subiu ao palco para ser voz de apoio em Madalena e Toda Menina Baiana. Em resumo, quem foi ao Spark Arena viu mais um capítulo importante na história desse patrimônio cultural do Brasil: Gilberto Gil merece todo carinho e respeito dos fãs. Emocionante!
Fenômeno da música brasileira, Marina Sena aquece corações no MITA

Uma dos maiores nomes do pop nacional na atualidade, a cantora mineira Marina Sena esquentou o coração dos fãs neste sábado (14). Ela, que teve um início meteórico após o álbum de estreia, De Primeira, de agosto passado, mostrou no palco do MITA Festival muita consistência. Como uma boa artista pop, Marina trouxe bailarinas para sua apresentação e sensualizou demais. Chama a atenção como ela evolui rapidamente. Já havia deixado muita gente de queixo caído no Lollapalooza, mas conseguiu ser ainda mais impactante no MITA. Aliás, Per Supuesto, primeiro grande hit autoral, foi cantado na metade do show e deixou o público em êxtase. Além da canção, Marina também arriscou o cover de Apenas Um Neném, de Glória Groove, música em que ela também participa. Grande parte do primeiro e único até então disco da cantora, De Primeira, foi apresentado. O tempo disponível no palco do festival foi justo e necessário, rendeu o suficiente para mostrar mais uma vez suas credenciais. Muito animada, Marina Sena ganhou a simpatia do público desde o começo por sua irreverência e simpatia com o público. Por fim, vale destacar o cuidado que o MITA Festival teve com a montagem do lineup nacional. Escolheu a dedo cantoras no auge de suas carreiras e garantiu uma entrega de alto nível para os fãs.
MITA: Luedji Luna faz show de peso e necessário para os dias atuais

A cantora baiana Luedji Luna animou os fãs no palco Villa Lobos na tarde deste sábado (14), no MITA Festival. Sempre impecável em suas produções e cuidadosa com todos os detalhes, a artista mostrou o motivo de ser uma das mais admiradas na atualidade. Uma das grandes revelações do MPB nos últimos, Luedji Luna anos trouxe um repertório com grande parte das músicas lançadas em 2020, no ótimo disco Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água, considerado por muitas publicações especializadas um dos melhores da temporada. Um destaque para a música Ain’t I a Woman, onde a cantora também conversou com o público sobre os privilégios que os homens acham que dão às mulheres. Ouvir Luedji cantando ou discursando é extremamente necessário, ainda mais nos dias atuais dentro de uma sociedade extremamente machista. A banda da artista também deu um show a parte com instrumentos diferenciados e presença de palco de saltar os olhos. Por fim, como era de se esperar, Luedji Luna deixou seu hit Banho de Folhas para encerrar a apresentação. Aliás, a música do seu primeiro disco de estúdio, Um Corpo no Mundo (2017), foi o ponto alto do show. Fez o público na Spark Arena vibrar do início ao fim.