A artista inglesa Lauran Hibberd debutou seu primeiro grande trabalho, intitulado Garageband Superstar, no último dia 19. Anteriormente, ela havia soltado dois EPs: Goober (2021) e Everything is Dogs (2019).
Com um rock explosivo, mas remetendo muito ao pop, o trabalho foi curiosamente divulgado no mesmo dia de Holy Fvck, lançado pela Demi Lovato. Os álbuns são semelhantes por alguns fatores, mas divergem muito na fórmula final.
Garageband Superstar
Pra falar da estreia de Hibberd, vou dividir em duas partes, a primeira e mais notável do conjunto é o talento da cantora com a melodia. Quase todos os refrãos de Garageband Superstar são ótimos e grudentos. Em resumo, este conceito acaba puxando mais a artista novata para o pop atual.
Contudo, a instrumentação do trabalho tem muito a influência do punk, com guitarras estridentes e riffs explosivos. Ou seja, Lauran traz uma fórmula já conhecida, mas com particularidades únicas.
Quando muitos tentam trazer um pop/rock mais descontraído, a artista transita entre um humor meio sádico e momentos de confissão de uma jovem. Escute Step Mum e I’m Insecure que você vai entender o que quero dizer.
O disco ainda conta com outras vertentes, como o electropop em Hot Boys, feita em parceria com Viji, e as duas canções que fecham a obra, que são mais leves (instrumentalmente dizendo). Ainda assim, os grandes acertos do álbum são a faixa homônima ao título do trabalho, além de Hole In The Head, que poderia muito bem ter sido o single principal do trabalho.
No fim da 12ª canção, vemos de um jeito ou de outro que Lauran Hibberd é muito mais Lauran Hibberd, que uma nova Avril Lavigne ou alguém que tentou surfar no hype da Demi Lovato.
Vale dar uma chance para o trampo de estreia da nossa possível nova Garageband Superstar. Se tratando de um debute de uma artista jovem, deixo o disco com nota 8,5.
