Enola Holmes: Netflix cria um paralelo de Sherlock Holmes
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Enola Holmes será protagonizada por Millie Bobby Brown (Stranger Things), que viverá a irmã mais nova do famoso detetive Sherlock Holmes. O longa estreia no dia 23 de setembro. Dirigido por Harry Bradbeer (Killing Eve), e escrito por Jack Thorne (Extraodinário), o longa de drama é baseado na série de livros Enola holmes Mysteries, da autora Nancy Springer. O filme Enola Holmes mostrará a adolescente acordando em seu 16º aniversário e descobrindo que sua mãe (Helena Bonham Carter) desapareceu. Ademais, foi deixado uma série de presentes para trás, mesmo que não tenha pista alguma. Como resultado do acontecido, fica sob cuidados de seus dois irmãos mais velhos, que querem manda-lá para uma escola de aperfeiçoamento. Adiante, Enola foge e perambula por Londres na esperança de encontrar sua mãe. Ainda que tenha sido divulgado apenas algumas fotos, já é perceptível a sensação de aventura que o filme passará. A Netflix liberou novas fotos de Brown ao lado de Henry Cavil, como Sherlock, e Sam Clafin como o outro irmão de Enola Holmes, Mycroft. Segundo a Variety, o espólio de Arthur Conan Doyle, que criou o personagem Sherlock Holmes, está processando a Netflix, alegando que o filme infringe os direitos autorais das histórias de Holmes. Mesmo que os direitos autorais de Sherlock Holmes tenham se tornado domínio público em 2014, as últimas dez histórias, publicadas entre 1923 e 1927, seguem por domínio do representantes de Arthur. Segundo os assegurados, as última histórias de Holmes entregaram ao personagem mais humanidade. Além disso, Enola Holmes estaria baseada em um desses livros.
Dirty Dancing terá continuação após 33 anos
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O longa de sucesso, Dirty Dancing: Ritmo Quente, ganhará sequência, 33 anos após seu lançamento. A protagonista Jeniffer Grey já foi confirmada, após o anúncio do estúdio Lionsgate. Segundo o portal de notícias Deadline, o filme será dirigido por Jonathan Levine, diretor de Meu namorado é um Zumbi. Já o roteiro será escrito por Mikki Daughtry e Tobias Iaconis, escritores de A Cinco Passos de Você. Jon Feltheimer, CEO da Lionsgate, afirmou que o longa será exatamente o que os fãs da franquia de Dirty Dancing estavam esperando; o romance e a nostalgia serão os pilares do longa, sendo essas características principais influências para o sucesso do filme original. A data de lançamento da sequência não foi confirmada. Sobre Dirty Dancing Dirty dancing conta a história de Frances ‘Baby’ Houseman, uma adolescente que se Apaixona por Johnny Castle (Patrick Swayze), um instrutor de dança que tem uma vida oposta da sua. Ainda que seus pais venham intervir em seu relacionamento, a jovem não se importa com a reprovação, fazendo com que seu romance seja mais do que apenas um romance de verão. Ademais, o filme foi um sucesso de bilheteria. Em seu lançamento, custou 5 milhões de dólares, e arrecadou 218 milhões nas bilheterias globais. Devido ao grande sucesso, o longa ganhou o Oscar e Globo de Ouro de Melhor Música Original com o tema (I’ve Had) The Time of My Life, no ano de 1988.
Entrevista | Thiago Espírito Santo: “Todos os artistas devem se unir”
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Com mais de 20 anos de carreira, o instrumentista Thiago Espírito Santo vem acumulando conquistas em seu portfólio. O musicista, que já se apresentou em mais de 10 países, já colaborou com grandes artistas da música brasileira, como Toquinho, Maria Bethânia e O Teatro Mágico. Ademais, o músico é um dentre os 200 artistas que participará do Juntos Pela Vila Gilda. Thiago é conhecido por suas composições. Ele compõe a partir de solos de guitarras, ou em violão, onde dedilhar e cantarolar são suas maiores fontes criativas. “Minhas inspirações e ideias não tem um método exclusivo, mas viso estar sempre buscando harmonia entre as melodias. Minha última música foi composta em menos de um dia”. “No dia da super-lua, fiquei olhando para ela no céu e realmente estava incrível. A partir dessa inspiração consegui compor de uma vez”, conta. Conciliando duas profissões Thiago também trabalha como mentor musical. E em tempos de pandemia, ser professor tem sido sua maior fonte de renda. “Sou filho de uma professora, então a música está presente em minha vida desde sempre. Trabalho como professor há 22 anos, e sempre considerei o ensino muito importante; quanto mais eu ensino, mais aprendo, então é sempre muito prazeroso”. “Atualmente tem sido de extrema importância, tem sido minha entrada principal de renda. Tenho ocupado meu tempo como mentor e dando aula; não tem sido complicado porque eu falo sobre o que vivo”. Thiago teve muitos projetos interrompidos devido a pandemia. Assim como ele, outros artistas não poderão seguir com a agenda profissional. “Muitos amigos meus também tiveram os compromissos interrompidos; foi um verdadeiro baque. Minha sorte é que eu dou aula há bastante tempo, e sempre investi nisso”. Dicas para novos artistas O músico deixou um recado para pessoas que sonham em viver de arte, mas que tem medo entrar nesse mundo: Manter a cabeça e o coração aberto é a primeira regra. Não há certo e nem errado, melhor ou pior. Quem hoje está se apresentando em grandes palcos, tem uma trajetória e uma história por trás. Não é fácil. Se você está começando, não olhe para algum artista achando que você vai conseguir ser igual. Admire, se inspire nele, e a partir disso crie seu próprio estilo. Nunca será possível copiar alguém; cada um tem sua essência. Respeite o próximo e o seu tempo. Vai dar certo! Thiago Espírito Santo Juntos pela Vila Gilda Thiago Espírito Santo é presença confirmada no Juntos Pela Vila Gilda, que ocorrerá neste fim de semana. Para ele, é fundamental ajudar as pessoas neste período de incertezas. “Vivo de música há mais de 26 anos; já estou dentro do mercado há muito tempo. Reconheço meus privilégios, mas infelizmente nem todos possuem oportunidades, deixando de ter acesso ao básico de higiene, alimentação, saúde. Muitas pessoas não conseguem acesso aos cuidados mínimos. É uma situação muito delicada”. “Todos os artistas devem se unir para ajudar as pessoas que vivem em uma realidade diferente. É uma honra poder contribuir com minha música e poder participar desse movimento que visa levar mais alegria pras pessoas”, conclui Thiago.
Entrevista | Thiago Espírito Santo – “Todos os artistas devem se unir”
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Com mais de 20 anos de carreira, o baixista Thiago Espírito Santo vem acumulando conquistas em seu portfólio. O musicista, que já se apresentou em mais de dez países, colaborou com grandes artistas da música brasileira, como Toquinho, Maria Bethânia e O Teatro Mágico. Ademais, o músico é um dentre os 200 artistas que participará do Juntos Pela Vila Gilda. Thiago é conhecido por suas composições. Ele compõe a partir de solos de guitarras, ou em violão, onde dedilhar e cantarolar são suas maiores fontes criativas. “Minhas inspirações e ideias não tem um método exclusivo, mas viso estar sempre buscando harmonia entre as melodias. Minha última música foi composta em menos de um dia”. “No dia da super-lua, fiquei olhando para ela no céu e realmente estava incrível. A partir dessa inspiração consegui compor de uma vez”, conta. Conciliando duas profissões Thiago também trabalha como mentor musical. E em tempos de pandemia, ser professor tem sido sua maior fonte de renda. “Sou filho de uma professora, então a música está presente em minha vida desde sempre. Trabalho como professor há 22 anos, e sempre considerei o ensino muito importante; quanto mais eu ensino, mais aprendo, então é sempre muito prazeroso”. “Atualmente tem sido de extrema importância, tem sido minha entrada principal de renda. Tenho ocupado meu tempo como mentor e dando aula; não tem sido complicado porque eu falo sobre o que vivo”. Thiago teve muitos projetos interrompidos devido a pandemia. Assim como ele, outros artistas não poderão seguir com a agenda profissional. “Muitos amigos meus também tiveram os compromissos interrompidos; foi um verdadeiro baque. Minha sorte é que eu dou aula há bastante tempo, e sempre investi nisso”. Dicas para novos artistas O músico deixou um recado para pessoas que sonham em viver de arte, mas que tem medo entrar nesse mundo: Manter a cabeça e o coração aberto é a primeira regra. Não há certo e nem errado, melhor ou pior. Quem hoje está se apresentando em grandes palcos, tem uma trajetória e uma história por trás. Não é fácil. Se você está começando, não olhe para algum artista achando que você vai conseguir ser igual. Admire, se inspire nele, e a partir disso crie seu próprio estilo. Nunca será possível copiar alguém; cada um tem sua essência. Respeite o próximo e o seu tempo. Vai dar certo! Thiago Espírito Santo Juntos pela Vila Gilda Thiago Espírito Santo é presença confirmada no Juntos Pela Vila Gilda, que ocorrerá neste fim de semana. Para ele, é fundamental ajudar as pessoas neste período de incertezas. “Vivo de música há mais de 26 anos; já estou dentro do mercado há muito tempo. Reconheço meus privilégios, mas infelizmente nem todos possuem oportunidades, deixando de ter acesso ao básico de higiene, alimentação, saúde. Muitas pessoas não conseguem acesso aos cuidados mínimos. É uma situação muito delicada”. “Todos os artistas devem se unir para ajudar as pessoas que vivem em uma realidade diferente. É uma honra poder contribuir com minha música e poder participar desse movimento que visa levar mais alegria pras pessoas”, conclui Thiago.
Entrevista | Zimbra – “Ficamos muito felizes por poder contribuir”
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Com mais de oito anos de carreira, a banda Zimbra tem feito muito sucesso, indo além de sua terra natal, Santos, chegando a fazer turnê nacional no ano de 2019. Em tempos de pandemia, a banda que conta com mais de 150 mil ouvintes mensais no Spotify, enfrenta problemas fora dos palcos, e conta com o público para continuar produzindo. Projeto Viva Assim como outros artistas, Zimbra segue sem poder fazer shows, devido à pandemia do coronavírus. Ainda que tenha lançado novos singles, os músicos dependem de shows e apresentações para continuarem progredindo, já que a música é a fonte de renda do grupo. A partir dessa necessidade, lançaram o Projeto Viva, que conta com uma série de live exclusivas para fãs que colaborarem com doações. “O Projeto Viva surgiu de uma necessidade. Estamos há seis meses sem fazer shows, e provavelmente as coisas só voltem ao normal em 2021, até porque trabalhamos diretamente com público e aglomeração, então não há previsão. Entretanto, nossas dívidas seguem ativas. Foi então quando decidimos criar esse projeto. A primeiro momento para termos uma base financeira para continuar pagando as pessoas que estão por trás da banda, e também para sermos mais próximos de nosso público, conhecer as pessoas que curtem nosso som, produzir novas musicas”. Rafael Costa, Bola Planos e desafios diante do Covid-19 O grupo segue ativo nesse período de isolamento, tendo lançado dois novos singles, Lua Cheia e Claro que o Sol. Ambas foram gravadas antes da pandemia, seguindo um planejamento anual. “Gravamos as musicas e clipes antes da pandemia, seguindo um planejamento que já existia desde o começo do ano. Ainda não sabemos como serão as gravações das próximas músicas. Mas seguiremos tentando produzir de dentro de casa em uma qualidade razoável. Já que não possuímos equipamentos profissionais, cada um usará equipamentos básicos, não colocando a saúde de ninguém em risco”, comenta Bola. O vocalista conta que o plano atual é torcer para os shows voltarem logo. “Temos estado cada vez mais refém do período de reclusão, mas nossas dívidas seguem ativas, então estamos um pouco desesperados para voltarmos a normalidade, e o nosso plano é dar continuidade no Projeto Viva”. Ademais, revelou que está compondo mais que o normal. Novos singles de Zimbra Claro que o Sol foi o último single da banda, chegando às plataformas digitais no começo de julho. Enquanto Lua Cheia tem uma letra despretensiosa que fala sobre diversão, agitação e farra, Claro que o Sol é está interligada ao single anterior. “Em seu contexto geral, temos um personagem dentro das duas musicas, que saiu para balada, ficou bêbado, e se divertiu. Claro que o Sol, nada mais é que o dia seguinte de Lua Cheia, em que bate a ressaca moral, trazendo o vazio interno e um momento de reflexão após uma noite conturbada”. Rafael Costa, o Bola Zimbra no Juntos Pela Vila Gilda Zimbra é uma das 100 apresentações confirmadas no Juntos pela Vila Gilda, que acontecerá no dia 25 de julho de julho. Para a a banda, o papel de artista é levar alegria para o público, principalmente em tempos tão difíceis. “Em momentos de tanta instabilidade e tragédias, dar a essas pessoas um pouco de felicidade e sensações em quanto está escutando nossa música é uma válvula de escape. Ficamos muito felizes por poder contribuir com o projeto, e de poder estarmos ajudando ao máximo, e mais feliz ainda de saber que podemos ajudar as pessoas com nossa arte”. Rafael Costa, o Bola
Entrevista | Carla Mariani – “É nossa obrigação, mas uma obrigação boa e prazerosa”
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Com mais de 13 anos de carreira, Carla Mariani vem se reinventando a cada projeto. Com muitas canções autorais e releituras de grandes artistas do jazz e blues, ela é conhecida por seu timbre, no qual coloca todo o sentimento em pauta ao enfrentar novos projetos em tempos de pandemia. Vem disco por aí? Após três anos desde o último EP, Time, a cantora diz que tem buscado novas estratégias para alcançar o seu público. “Tenho trabalhado em lançar singles, pois chamam mais atenção do público. Parece que hoje em dia as pessoas não têm muita paciência para escutar várias músicas novas de uma só vez”. Coronavírus e seus desafios Com a chegada inesperada da covid-19, muitos músicos tiveram que arrumar novos meios de conseguirem renda para manter-se vivos. Para Carla Mariani não foi diferente. A cantora tem buscado se reinventar dentro de seu estilo musical, buscando sempre ter um perspectiva positiva desse período de isolamento. “Tem sido muito difícil, né? Eu ainda dou aulas de canto, então inicialmente consegui manter pelo menos metade da minha renda, mas muitos de nós não. Mas tenho tentado enxergar esse período da forma mais positiva possível e estou tentando me reinventar, e acredito que seja esse o caminho. Eu, por exemplo, tenho estudado muito sobre produção musical, estou fazendo cursos sobre mixagem, para poder fazer as minhas coisas sem precisar sair. Montei um home studio com ajuda de amigos, como o Jota do Lobo Estudio e o Suzuky, e tenho lançado vídeos de diversos estilos, para não cair no esquecimento”. Novas vertentes musicais Ano passado tivemos o lançamento de At Last, single autoral em parceria com Yan Cambiucci. Questionada se manteria a parceria, disse que a parceria está confirmada. E, além de Yan, Heittor Jabbu também está incluso. Ademais, afirmou que tem escutado bossa nova e jazz, e que esses estilos musicais devem influenciar em suas próximas composições. Juntos Pela Vila Gilda Confirmada no Juntos Pela Vila Gilda, junto com a companheira Letícia Alcovér, Carla considera o evento de extrema importância. Acredita que todos os artistas possuem o dever de ajudar quem possui necessidades, e que a solidariedade dos artistas locais é extremamente necessária para que através da arte, possam estar arrecadando verbas para os necessitados. “É nossa obrigação, mas uma obrigação boa e prazerosa”, finaliza.
Crítica | Inacreditável: um caso real de estupro
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Inacreditável chegou ao catálogo da Netflix em 2019. A série, com apenas oito episódios, é baseada em fatos reais, e conta a história de Marie Adler, uma garota problemática, brutalmente estuprada aos 18 anos. Entenda a trama de Inacreditável Em 2008, Marie Adler foi atacada em seu apartamento por um homem. Segundo o depoimento da vítima para a polícia, ela estava dormindo até o momento do ato. Nesse ínterim de tempo, diz que o homem a amarrou, estuprou, e tirou fotos durante e após o ato. Antes de mais nada, temos de um lado uma vítima fortemente abalada, e uma equipe de policiais despreparados, questionando se realmente houve um estupro, passando a desacreditar da adolescente, e a constrangendo. Mais uma vítima silenciada Posteriormente, dado o acontecimento e a pressão psicológica que sofre por policiais e familiares, Marie (Kaitlyn Dever) retira as acusações. Com isso, a polícia a denuncia por ter dado um falso depoimento, que outrora passam a arquivar o caso. Adiante, Marie é excluída da sociedade, por conta de seu falso depoimento. Isso porque o caso repercutiu na mídia, fazendo com que a garota já problemática, viesse a ter mais conflitos internos. O passado que persegue Três anos após a exposição, duas policiais do Colorado começam a investigar casos semelhantes. Seguindo, as investigadoras passam a trabalhar juntas, afim de solucionarem o caso. Adiante, vê-se a limitação no desenrolar da história. Devido a falta de provas, as investigadoras se veem sem saída, enfrentando muitas dificuldades. A série tem seu último episódio guiado pela emoção, trazendo o alívio para o espectador. Notas sobre Inacreditável Em suma, o caso de Inacreditável é verdadeiro, baseado em uma investigação do ano de 2015. A publicação originalmente chamada de Uma História Inacreditável de Estupro, conta a história de Marie e dos detetives de Colorado. A série é instigante, fazendo com que o espectador assista tudo de uma vez. Por outro lado, acaba sendo difícil de acompanhar, devido o conteúdo explícito, uma vez que a série tratou com seriedade sobre o caso, conseguindo expor todos os traumas que o estupro causou nas vítimas. De acordo com o que é abordado, ao falar sobre os policiais iniciais, não poupou roteiro para descrever que muitas vezes policiais, homens em sua maioria, deixam de acreditar na vítima, usando palavras invasivas em um momentos tão complexos. Essa exposição retrata a realidade, já que a cada 1000 estupros, apenas 230 são denunciadas. Sob o mesmo ponto de vista, o Sistema de Justiça Criminal, afirma que as vítimas não denunciam para proteger a família ou a própria vítima de outros crimes que o agressor poderia voltar a praticar, e por medo do crime ocorrer novamente. Assim como Inacreditável relata, ser violado é doloroso, mas precisa ser comentado para que tenha um fim. Não se cale, denuncie. Ligue 180
Crítica | Sangue e Água – um universo paralelo (contém spoilers)
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Sangue e Água (Blood and Water) é mais uma das novidades do ano no catálogo da Netflix. A série baseada em fatos reais tem feito muito sucesso desde sua estreia, chegando a ficar duas semanas no top 10 do ranking nacional. É preciso aceitar que a plataforma tem feito muitas produções adolescentes, acertando em todas. Assim como, Eu Nunca… e Control Z, Sangue e Água é mais uma série que tem o drama e suspense como chaves de sucesso. A trama de Sangue e Água De início, sentimos a tensão da série, durante o aniversário de 17 anos de desaparecimento de Phume, a primogênita da família Khumalo. Antes que a série comece a desenrolar, já apresenta que por conta da dor da perda, Thandeka (Gail Mabalane) deixa os seus outros dois filhos de lado. Após fazer amizade com Fikile Bhele (Khosi Ngema) em uma festa, Pulenge (Ama Qamata) fica obcecada pela nova amiga. Acontece que descobriu que Fikile está fazendo aniversário no mesmo dia em sua irmã desaparecida faria. Obsessão pelo passado Adiante, a família de Pulenge é exposta na mídia, por problemas do passado. Dado o acontecimento, Pulenge vê a oportunidade de estar mais próxima de sua possível irmã. Posteriormente, muda-se para a mesma escola de Fikili, um colégio particular estilo High School (em que os personagens são em sua maioria ricos), para estar mais próxima de sua suposta irmã. Tendo em vista o novo mundo que foi inserida, decide “ser outra pessoa”, para que seus novos amigos não descubram o seu passado, e atrapalhem sua investigação. Com a ajuda de Wade (Dillon Windvogel), seu novo melhor amigo, traz a tona muitos segredos antigos, que irão causar problemas em sua próxima temporada. Notas sobre Sangue e Água Assim como uma boa série adolescente, Sangue e Água trouxe muito drama e paixão, reforçando o formato da série. Entretanto, o que mais merece destaque é sua representatividade. Em suma, a produção Sul Africana inovou em trazer um elenco negro, desconstruindo o estereótipo de séries e filmes desse formato. Possuindo apenas seis episódios, Sangue e Água é daquelas que você maratona em poucas horas. Mesmo que pareça um universo paralelo, já que não vemos essa ascensão negra em nosso dia a dia, é satisfatório devanear por esse mundo, renovando esperanças para que um dia possamos estar ocupando espaço na sociedade.
Olhos Que Condenam – O racismo atemporal em um mundo utópico
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Olhos Que Condenam estreou em 2019 na Netflix. A minissérie, premiada com dois Emmys, conta a história de cinco jovens que foram presos injustamente no Central Park, rendendo muita polêmica na época. Retrata explicitamente como jovens negros e latinos são vistos com preconceito em uma sociedade que tenta ser utópica. Porque Olhos Que Condenam é revoltante Ainda no mesmo ponto de vista, o caso real que baseou Olhos Que Condenam, aconteceu em abril de 1989, sendo nomeado como “The Central Park Five”, em que uma mulher de 28 anos foi agredida e estuprada, supostamente por cinco jovens, sendo quatro negros e um latino. De fato, a série mostra que é na delegacia que a promotoria obriga os cinco jovens a confessarem um crime não praticado, afim de ter o enceramento do caso. Por conta de tanta exposição sobre o assunto, a mídia teve parcela da culpa. Mostra o quanto veículos de comunicação marginalizavam pessoas pobres, especificamente os pretos, não se preocupando em apurar os fatos. Em síntese, toda a sociedade estava voltada para o caso, ofegantes pelo desdobramento das acusações. Crítica social presente em todos episódios Certamente, a minissérie não poupou a oportunidade de criticar o posicionamento Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos. Assim como muitos cidadãos, o político fez muitas críticas aos garotos, expondo todo o seu preconceito. Chegou a investir 80 milhões de dólares em anúncios de jornais locais, afim de pedir a aplicação de pena de morte. Seu enredo central deu ao espectador a sensação de estar vivendo em 1989, dando esperança para que a trama tivesse um desfecho contrário. Olhos Que Condenam não é um conto de fadas O que conduz a série é principalmente a humanização dos garotos, que por muitos anos foram vistos como criminosos. Ademais, outro ponto positivo na direção de Olhos Que Condenam foi mostrar o racismo estrutural sem filtros. Por fim, em seu quatro episódio, Olhos Que Condenam mostra o fim do caso, em que o drama foi essencial para conduzir o espectador. Enfim, em suas últimas cenas, mostra que a vida nem sempre tem finais felizes, e tratando-se de pessoas pretas, a justiça falha diariamente. Notas sobre Olhos Que Condenam Mesmo sendo uma minissérie “antiga”, Olhos Que Condenam é um imenso reflexo da sociedade atual. Não apenas antes de 1989, como em 2020, o racismo tem sido cada vez mais agressivo. Ainda que exista muitos movimentos contrários (como mostrado na série), o preconceito está impregnado na sociedade, espalhando-se como vírus. Com o recente protesto realizado nos Estados Unidos sobre o caso de George Floyd, desencadeou o movimento antirracismo em demais países, incluindo no Brasil. Assim como João Pedro, morto enquanto brincava dentro de sua casa; Miguel, criança que caiu do 9º andar de um prédio; Marielle Franco, brutalmente assassinada há mais de dois anos; George Floyd, asfixiado até a morte; pessoas pretas, principalmente mulheres, são invisíveis diante de tanta opressão, não sendo citadas na televisão. Todos esses nomes possuíam uma coisa em comum: a cor. Anteriormente, não tinha-se acesso a informação e educação. Mas atualmente não estamos nesse cenário. Ainda assim, pessoas se recusam a aceitar que cidadãos negros possuem o direito de estar convivendo normalmente em sociedade. Em suma, essa intolerância só nos faz refletir, que sim, a humanidade é podre e preconceituosa, vivendo em uma utopia inexistente; nem todos procuram evoluir. Não há salvação para esses. Em outras palavras, para explicar resumidamente como o racismo mata, basta olhar hora em que você está lendo esse texto. Olhou? Pois bem. Daqui a 23 minutos, irá morrer uma pessoa negra. Basta de opressão. Fogo nos racistas!