Mayday Parade entrega show mais emotivo do I Wanna Be Tour

Se alguém ainda tinha dúvida de que se tratava de um festival emotivo, o Mayday Parade afastou qualquer desconfiança com a apresentação. Foi provavelmente um dos shows mais emotivos da tarde, no Allianz Parque. O Mayday Parade, da Flórida (EUA), que já foi presença constante naquelas coletâneas de covers (Punk Goes Pop e Punk Goes 90’s), priorizou seu álbum de estreia, A Lesson in Romantics (2007), com quase metade do set de 12 faixas dedicado a ele. Era tudo que os fãs queriam mesmo. A primeira e última vez que esteve no Brasil, em 2012, o Mayday Parade estrelou o lineup do extinto Next Generation. Agora, estava longe de ser uma atração principal, mas mesmo assim entregou uma apresentação cativante. O vocalista Derek Sanders, descalço, entregou uma presença de palco empolgante. Não parou por nenhum momento, mesmo com um set repleto de baladas. E agiu corretamente ao não incluir as canções das coletâneas Punk Goes. Afinal, precisa mostrar o trabalho autoral que é muito rico. Get Up, Jersey e Jamie All Over, que vieram na trinca final, garantiram o restinho que faltava para conquistar de vez o público que desconhecia a banda. As duas últimas, aliás, são as mais populares da carreira do Mayday Parade.
Plain White T’s faz show honesto com feat de Day Limns

O Allianz Parque ainda estava no início de sua ocupação, muito em função da péssima logística de abrir os portões em cima da hora da primeira banda, quando o Plain White T’s iniciou sua apresentação. Tom Higgenson, vocalista e único membro da formação original, sabia que não teria muito tempo para conquistar o público em sua primeira visita ao Brasil, logo abriu com Our Time Now, faixa que ficou marcada por sua presença nas séries iCarly e Greek. Com um palco simples e fazendo menção à capa do novo disco, homônimo, lançado no ano passado, a banda aproveitou que chamou a atenção dos fãs com Our Time Now para soltar duas canções do registro mais recente: Young Tonight e Fired Up, que tem uma sonoridade bem diferente do restante da carreira, lembrando mais um Foster the People. Take Me Away, uma viagem ao auge da banda, em 2005, serviu para manter a conexão com os fãs, que não se empolgaram com as novidades. Mas o show do Plain White T’s é mais introspectivo, mesmo com Tom Higgenson demonstrando muito carisma e carinho pelo público que chegou cedo. The Giving Tree, que veio na sequência, foi exatamente dessa forma: uma faixa para receber o público que enfrentava um forte sol e com pouco acesso à água (um dos pontos falhos do festival). Para uma banda que nunca havia tocado no Brasil, a estratégia de Tom e companhia foi louvável. Passou por todos os álbuns. Natural Disaster e 1,2,3,4, do Big Bad World (2008), vieram em sequência, numa dobradinha que representa bem a característica da banda, vezes beirando o pop punk, vezes abraçado no folk com influências do emo. Mas o álbum mais recente foi o mais presente no set, com quatro canções, o dobro do restante dos outros trabalhos. Dessa forma, Would You Even e Feeling (More Like) Myself vieram na sequência. Na reta final, os dois maiores sucessos do Plain White T’s foram tocados. Hit absoluto, Hey There Delilah contou com a participação da cantora brasileira Day Limns, que não escondeu a emoção de cantar a canção. Uma pena ter uma meia dúzia de babacas reclamando que queria ouvir a faixa apenas na voz de Tom. Felizmente, a maior parte do público abraçou a ideia e valorizou a presença de Day. Rhythm of Love deu números finais ao show. E não deu nem tempo de sair do lugar, apenas virar a cabeça para o outro lado e curtir o Mayday Parade.
Abel Capella lança single com participação de Beto Bruno; ouça Marte Retrógrado

Com influências de Raul Seixas, Oasis e The Smashing Pumpkins, Abel Capella lançou nesta sexta-feira (15), o single Marte Retrógrado, que conta com a participação de Beto Bruno nos vocais. “Marte Retrógrado é um sopro de vida! É um presente maravilhoso que meu irmão e parceiro musical Abel Capella me deu. Eu entrei tanto de cabeça nessa música que gravei com o coração aberto do início ao fim. Abel é gênio!”, afirma o vocalista da banda Cachorro Grande. Abel Capella devolve o elogio ao revelar que foi ‘mágico e emocionante’ trabalhar com um ídolo. “Era 2021 quando o Beto começou a prestar atenção no meu trabalho e dizer coisas incríveis a respeito, e desde então, acabamos nos tornando amigos e na sequência parceiros musicais”. No entanto, o músico conta que conheceu o vocalista da Cachorro Grande muitos anos antes, em Uberlândia, quando os dois moravam na cidade mineira, ainda adolescentes. “Na época trocamos poucas ideias, eu era um garoto de 12 ou 13 anos que ia de ‘entrão’ assistir os ensaios dele, e fingia ser mais velho pra entrar nas festas que ele tocava. Dito isso, vamos deixar registrado: eu sou o primeiro fã do Beto”, brinca o artista. De acordo com Capella, Marte Retrógrado, produzida por Dener Duarte, foi inspirada em vivências do cotidiano e do desejo de dizer algo a respeito ‘disso e daquilo’. “Aquele lance de externar o sentimento. A letra é a mola propulsora pra mim, e junto com aquilo que quero falar vem a melodia e assim vou trabalhando a harmonia. Às vezes, as pessoas complicam tudo de diferentes formas, e essa música propõe mais leveza e uma boa dose de descomplicação, tipo: Foda-se que marte está retrógrado em Áries! Eu só quero te encontrar. A vida não precisa ser tão complicada, né?”, questiona. O single, que ganhou um lyric video dirigido por Xtudo Obze, é um lançamento assinado pelo New House Studio, selo do cantor e compositor Kiko Zambianchi, responsável pela divulgação de novos talentos da música nacional.
Entrevista | Dicky Barrett (The Defiant e Mighty Mighty Bosstones)

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Após cancelar show no Rio, Beck entrega apresentação dançante em SP

Na noite anterior ao show no Primavera Sound, Beck tinha uma apresentação agendada no Rio de Janeiro, mas cancelou de última hora por questões de saúde. Logo se criou uma incerteza sobre a participação dele no festival. Doente ou não, o músico de 53 anos apareceu em Interlagos. E engana-se quem pensa que faltou disposição. Beck cantou, dançou, deitou no chão e manteve um clima animado do início ao fim. No palco, ele estava acompanhado de músicos renomados do cenário alternativo norte-americano, como o guitarrista Jason Falkner (Jellyfish, The Three O’Clock e The Grays) e o tecladista Roger Manning Jr (Jellyfish, The Moog Cookbook e Imperial Drag). Apesar desse suporte power pop, Beck sempre foi um artista imprevisível. Sua discografia passeia por gêneros distintos como indie rock, bluegrass, funk, eletrônico, hip hop, entre outros. Mas em Interlagos foi mais no rock alternativo que o consagrou em 1994 com o álbum Mellow Gold. Porém, adicionou muitas camadas dançantes também. Aliás, o superhit Loser foi o grande momento do show. Era nítida a alegria de Beck ao ver o público cantando o refrão em alto e bom som. Beck tem uma relação íntima com a música brasileira, que inclui amizades com Caetano Velozo e outros artistas renomados, além de uma lembrança marcante pré carreira. “Meu primeiro show foi do Tom Jobim”, declarou ao público. The Valley of the Pagans, parceria do músico com o Gorillaz, caiu bem no repertório, principalmente pela sonoridade mais dançante. O show de Beck é um prato cheio para quem prefere ouvir música boa ao invés de bla bla bla de “amo o Brasil”, “vocês são lindos” e coisas do gênero. Aqui é música atrás de música. Setlist Devils HaircutMixed BiznessThe New PollutionGirlQué Onda GueroNicotine & GravyThe Valley of the Pagans (Gorillaz cover)WowGamma RayLost CauseEverybody’s Got to Learn Sometime (The Korgis cover)DreamsUp All NightE-ProLoserWhere It’s AtOne Foot in the Grave
The Killers volta ao habitat natural e encanta com sequência de hits

Pet Shop Boys comanda sing along no Primavera Sound

Referência monstra do synth-pop e ícone grandioso da comunidade LGBTQIAPN+, o duo Pet Shop Boys mostrou que ainda tem muita lenha para queimar. Mais de 40 anos depois do início da carreira, Neil Tennant e Chris Lowe possuem um repertório riquíssimo de hits. E não desperdiça nenhum. No encerramento do palco secundário do Primavera Sound, na primeira noite da edição 2023, souberam equilibrar bem o passeio discográfico. Suburbia abriu o show e ali já era possível ver que o Pet Shop Boys dominaria o público do início ao fim. Logo no começo, Neil e Chris ainda fizeram um medley de Where the Streets Have No Name e I Can’t Take My Eyes Off You, do U2 e Elvis Presley, respectivamente. You Were Always on My Mind encontrou eco, inclusive, no palco principal, onde os fãs buscavam uma melhor posição para o show do The Killers, principal headliner da noite. Com o jogo ganho, foi hora de buscar os sing along mais fortes do dia até então, com Go West (Village People), It’s a Sin e West End Girls. Quem perdeu o Pet Shop Boys no Primavera, tem mais uma chance. O duo se apresenta na segunda-feira (4), na Audio, em São Paulo. Ainda há ingressos. Setlist Suburbia Can You Forgive Her? Opportunities (Let’s Make Lots of Money) Where the Streets Have No Name (I Can’t Take My Eyes Off You) Rent I Don’t Know What You Want but I Can’t Give It Any More So Hard Left to My Own Devices Domino Dancing Love Comes Quickly Paninaro You Were Always on My Mind (Gwen McCrae cover) Dreamland Heart It’s Alright (Sterling Void cover) Vocal Go West (Village People cover) It’s a Sin Bis: West End Girls Being Boring