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Black Midi justifica hype com show animado no Primavera Sound

No começo da tarde, debaixo de forte sol, os ingleses do Black Midi justificaram o grande hype em cima deles. No Palco Corona, o principal do Primavera Sound 2023, mostrou desenvoltura e brindou o público com um belo apanhado dos três álbuns da carreira. Difícil categorizar o som da banda. Tem muitos elementos por ali. Do experimental ao punk, do math rock ao blues, do progressivo ao art rock. O mais importante é que eles transitam muito bem entre esses subgêneros do rock. A banda também tem senso de humor de sobra. Se na quarta-feira, no Cine Joia, entrou ao som de Anunciação, de Alceu Valença, em Interlagos optaram por Bonde do Tigrão. O guitarrista Matt Kelvin entrou com uma camisa do Corinthians, com o nome de Ronaldo. Foi o suficiente para arrancar alguns gritos de “Vai Corinthians” da plateia. Já o baterista Morgan Simpson entrou com uma camiseta regata do Brasil, mas logo tirou em função do forte calor. Aliás, Morgan é um show à parte. Fuma o tempo todo, faz solos de bateria no meio das músicas e consegue orquestrar a banda sentadinho do banquinho dele. Welcome to Hell, John L e Western, com seus oito minutos de duração, foram alguns dos principais destaques do repertório. O Black Midi é Geordie Greep (voz e guitarra), Matt Kelvin (voz e guitarra), Cameron Picton (voz, baixo e sintetizadores) e Morgan Simpson (bateria).
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Trajano abre nova fase na carreira com a faixa Bem Bolado

Depois de chamar atenção com o EP É Sobre Isso, Trajano retorna com um novo projeto, colocando em primeiro plano sua versatilidade artística agora amadurecida pela estrada. O artista inicia sua nova fase musical com o single Bem Bolado, faixa inédita que chega via Fervo/yb music e que chega junto de um visualizer. Trajano é um cantor, compositor e produtor cultural cuja arte é profundamente influenciada por sua vivência como um homem negro, gay e periférico, buscando disseminar sua arte como um ato de visibilidade e resistência. Como morador do Jardim Fontalis, uma periferia de São Paulo onde foi criado, sua conexão com sua comunidade e suas experiências pessoais moldaram sua abordagem única à música e à expressão artística. Trajano se tornou um defensor da pluralidade e da representação das minorias em suas músicas, utilizando sua arte como uma plataforma para destacar questões importantes e muitas vezes negligenciadas. Sua jornada musical ganhou destaque com o lançamento do EP É Sobre Isso, uma obra que legitimou as perspectivas das minorias e enfatizou a importância da diversidade nos discursos artísticos. Esse EP não apenas trouxe à tona as vozes das comunidades marginalizadas, mas também o consolidou como um artista comprometido em quebrar barreiras e construir pontes por meio da música. Agora, com Bem Bolado, Trajano continua a trilhar seu caminho artístico, apresentando uma fusão de influências musicais que incluem blues, R&B e rap. Este single não só marca uma nova direção musical para o artista, voltando sua obra para o mercado do pop, mas também reflete sua busca contínua por alcançar um público mais jovem, especialmente aqueles que compartilham suas origens. Além disso, a música mostra um lado mais íntimo de Trajano, enquanto ele se desculpa e oferece um Bem Bolado para alguém especial. Ela também aborda questões de machismo nas ruas, destacando as lutas frequentes que as mulheres enfrentam. Trajano, como artista e indivíduo, é um exemplo de como a arte pode ser uma ferramenta poderosa para a expressão e a mudança social. Com sua música e sua mensagem, ele continua a quebrar barreiras e inspirar aqueles que ouvem sua voz.
Greta Van Fleet estreia no Madison Square Garden com show cheio de figurino e solos

Na minha cabeça sempre existiram três possibilidades de conhecer o lendário Madison Square Garden, uma das tradicionais arenas cobertas multiuso do mundo: jogo do New York Knicks, um grande evento do UFC ou show de uma banda boa. Felizmente foi a terceira opção: Greta Van Fleet. Dois meses após lançar o terceiro álbum de estúdio, Starcatcher, o Greta Van Fleet fez sua estreia no Madison Square Garden, em Nova York, na última terça-feira (12). A Surf Curse foi a responsável pela abertura. O aquecimento do show do Greta Van Fleet começou com uma faixa de violino tocando um pouco de cada canção do último álbum. Permaneceu assim por quase dez minutos, quando a cortina caiu e a banda assumiu o controle do palco. Sem tempo a perder, o Greta Van Fleet já deu uma baita destacada no novo álbum, tocando duas faixas de Starcatcher logo de cara: The Falling Sky e The Indigo Streak. Enquanto equilibrava o set entre Starcatcher, que teve oito faixas no setlist, e canções dos primeiros álbuns e EPs, o Greta Van Fleet dividiu o protagonismo entre seus integrantes. Jake Kiszka, Sam Kiszka e Danny Wagner intercalaram em solos extensos, porém extremamente técnicos. Josh Kiszka aproveitava esses intervalos para trocar o figurino, algo que fez com muita frequência durante o show. Vestido com um macacão azul marinho com estrelas, Josh retornou para Meeting the Master, que foi precedida por um trecho de Norwegian Wood, dos Beatles. A primeira parte do show ainda teve espaço para Heat Above e Highway Tune, muito festejada pelo público. Logo depois, Josh, Jake e Sam saíram do palco para o solo de bateria de Daniel, que durou cerca de dez minutos. E isso não é modo de falar. Contabilizei esse tempo. Enquanto isso, os três seguiram para o palco B, que ficava no outro extremo da quadra (o equivalente ao fim da pista comum). Por lá, eles cantaram três músicas no formato acústico: Unchained Melody (sim, a trilha principal do filme Ghost, lembra?), Waited All Your Life e Black Smoke Rising. No retorno ao palco principal, Josh foi novamente aos bastidores para mais uma troca de roupa. Dessa vez retornou com um macacão roxo. Nesse meio tempo, Sam segurou a atenção do público com mais um solo, mas não tão extenso. Sacred the Thread veio na sequência, tendo um ótimo retorno dos fãs. The Archer veio logo depois, sucedida por mais um solo de guitarra. Sim, os solos além de entreterem, eram a deixa para Josh trocar novamente de roupa. A reta final veio com o figurino mais deslumbrante de Josh: calças prateadas e uma grande capa branca. A quantidade de vezes que Josh trocou de roupa tornou o show ainda melhor porque cada um teve seu momento. Para o bis, a primeira música foi Light My Love. Durante essa canção, o Madison Square Garden foi iluminado com arco-íris. Foi mágico. Por fim, eles cantaram Farewell For Now. Pouco antes do último adeus, Jake e Josh deram um longo abraço na frente dos fãs. Foi a quarta vez que assisti ao Greta Van Fleet. E o que mais me agradou foi ver o quanto essa banda evoluiu a ponto de entender que é protagonista e precisa entregar um espetáculo completo. Fizeram isso com muita qualidade. Confira o setlist do Greta Van Fleet no Madison Square Garden Edit this setlist | More Greta Van Fleet setlists