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Feel The Dyeing Note, o cartão de visita do Uchu Conbini

Uchu Conbini foi uma banda de math rock japonesa. Não se sabe ao certo quando foi formada, entretanto sabemos que a mesma teve seu fim em 2015. Com apenas dois álbuns lançados, a banda conquistou certa notoriedade devido ao guitarrista Daijiro Nagakawa, possuidor de uma técnica impecável. A banda brinca com melodias do J-pop aliadas às técnicas instrumentais influenciadas pelo rock progressivo dos anos 1990. Bandas como American Football serviram como grande influência para o grupo, mesmo que de forma indireta. Feel the Dyeing Note O primeiro álbum da banda conta com apenas sete faixas e um total de 30 minutos de duração. Desde o início já podemos perceber que o foco é realmente demonstrar o grande domínio técnico dos instrumentos, aliando isso à uma melodia calma e agradável. Em Pyramid, a primeira faixa do álbum, somos agraciados com uma bela melodia que cresce conforme a música. De cara já somos recebidos com o melhor que a banda pode oferecer. Com uma grande performance por parte dos instrumentistas e vocais sussurrados, somos surpreendidos de maneira muito agradável. No decorrer do álbum há diversas transições entre músicas com vocais e instrumentais. Apesar disso, a falta dos vocais não influência de maneira negativa o som da banda, uma vez que o foco sempre foi nos instrumentos em si. Este é o caso de 8films, a segunda faixa do disco. Apesar de a banda ter abandonado os vocais, eles compensam de maneira extraordinária com uma execução impecável. Outra canção de grande destaque no álbum é tobira, que é uma sequência direta de 8films. Entretanto esta faz um contraposto com a música anterior. Enquanto 8films é mais tecnicamente intensa e até um pouco mais rápida, tobira é mais calma, relaxante e harmoniosa. A última faixa também se destaca por ser um encerramento digno e bem sólido ao álbum. Apesar de termos pouca variação de estilos dentro de Feel The Dyeing Note, o Uchu Conbini consegue retratar muito bem o que foi apresentado anteriormente. Considerações finais Uchu Conbini foi uma das principais bandas recentes do rock progressivo japonês. O seu estilo musical mais calmo e harmônico influencia até hoje diversas bandas do gênero, como JYOCHO. Além disso, é impossível falar desta banda sem citar a grande performance na guitarra. A execução impecável, aliada de um ritmo extremamente relaxante e harmonioso, resulta na grande obra de Uchu Conbini.
Desfibrilador #37 – Crítica: Get Bleak – Ducks Unlimited

Crítica: Blood Incantation – Hidden History of the Human Race

A Blood Incantation, banda norte americana de cosmic death metal (termo utilizado pelos próprios integrantes), lançou na última sexta-feira (22), o segundo álbum de estúdio, Hidden History of The Human Race. O disco conta com um total de quatro faixas, somando mais de 36 minutos. No entanto, apenas a última faixa do álbum possui uma duração anormal. Awakening from the Dream of Existence[…]possui um total de 18 minutos, ou seja, quase metade do álbum. Análise do álbum Inspirados em temas cósmicos, como aliens e o espaço, Blood Incantation traz um álbum bem técnico e bastante puxado para o metal progressivo. Apesar de ser diferente em sua essência, podemos perceber alguma influência nos estágios iniciais do Cannibal Corpse. Os vocais guturais e a marcação da bateria lembram um pouco ao que a banda fazia durante os anos 1990. O álbum abre com Slave Species of the Gods, e já começa no ritmo ideal, sem enrolações, nem cerimônias. Por se tratar de metal progressivo, é correto afirmar que nenhuma faixa difere muito das demais. Isto é, com exceção da última faixa do álbum. Awakening[…] possui mais de 18 minutos de progressões rítmicas e harmônicas, aproximadamente metade da duração do álbum se deve a esta música. Durante a sua duração podemos perceber diversas mudanças repentinas de melodia, passando por vezes de algo mais agressivo para mais calmo e vice versa. Conclusão do novo trabalho do Blood Incantation Blood Incantation traz um álbum bem sólido e consistente com Hidden History of the Human Race, tão consistente de fato que acaba ficando difícil de separar as faixas. No conjunto, este álbum funciona perfeitamente, pois parece uma única música de 36 minutos. No entanto, as músicas acabam perdendo seu sentido caso sejam escutadas separadamente ou de forma aleatória. Isso acaba por prejudicar um pouco a experiência do ouvinte, que precisa ouvir o álbum inteiro para aproveita-lo ao máximo. Apesar de uma sonoridade bem agressiva e uma execução sensacional, Hidden History acaba pecando em alguns aspectos. Tais erros acabam dificultando o consumo casual das músicas aqui presentes. No mais, este é um álbum incrível, que mesmo tendo algumas características não convencionais, ainda sim apresenta-se como uma incrível experiência.
Resenha: Purgatory – Despised Icon

A banda canadense de deathcore Despised Icon lançou seu quinto álbum na última sexta feira (15). O disco conta com 11 faixas, que juntas somam mais de 36 minutos. Purgatory, como é intitulado o novo disco, não traz nenhuma inovação aparente. Contudo, este demonstra ser o ápice da banda desde sua formação. O lançamento conta com uma parte técnica impecável, desde a execução até a produção, ao mesmo tempo que traz um som brutal e visceral. O álbum Apesar de Purgatory não fugir muito da zona de conforto, a banda trouxe grandes melhoras para este lançamento. A principal delas pode ser considerada a qualidade da gravação e produção, que em comparação com o último álbum aumentou consideravelmente. Falando um pouco mais do faixa a faixa, creio que a introdução do disco Dernier Souffle não acrescente em nada para a experiência do mesmo, sendo uma música pouco memorável. Apesar disso a banda rapidamente pega a atenção do ouvinte na faixa a seguir, que carrega o nome do álbum. Esta já começa sem cerimônias com toda a brutalidade que era de se esperar da banda. Assim como maior parte dos discos do gênero, a bateria se torna destaque devido a sua execução extremamente rápida. Vocais guturais e berros intercalados, assim como guitarras dissonantes, também tem grande destaque nas músicas. Uma faixa que demonstra justamente todas esses elementos levados ao máximo é Vies D’anges. Esta certamente pode ser considerada a faixa mais brutal e frenética do disco. Uma pequena curiosidade sobre a mesma é que ela é cantada toda em francês. Já virou uma característica da banda ter ao menos uma faixa cantada completamente na língua francesa, e em Purgatory eles não fizeram diferente. O álbum conta com Dead Weight como faixa de encerramento, que dentre as músicas do mesmo é a única que difere em algo na sua fórmula. Além de trazer toda a brutalidade anteriormente discutida, a musica conta com uma finalização um pouco mais harmônica, ao som de um solo de guitarra muito bem executado. Sendo assim, o encerramento não deixa a desejar, finalizando o disco de maneira épica. Conclusões do Despised Icon Antes de tudo é necessário dizer que apesar de Purgatory não trazer nenhuma inovação dentro do que conhecemos por metal extremo, ele ainda é um disco brilhantemente executado. A brutalidade que o mesmo transborda faz com que o ouvinte sinta-se extasiado em meio a um som tão agressivo. Além disso, vale ressaltar que a Despised Icon masterizou seu estilo, e que este é provavelmente o melhor disco deles até hoje. Contudo, ele também possui suas falhas, como a introdução totalmente descartável. Apesar disso, este mantém seu posto como um ótimo disco para os amantes do metal, sendo extremamente pesado e energético.
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