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Crédito: Gino Pasquato

Blog n' Roll na AT - Lucas Krempel

O olhar de Gino Pasquato: fotógrafo registrou roqueiros nos anos 1990

Hoje, um músico independente tem total noção da importância de ter um ensaio fotográfico atualizado para divulgar seu projeto artístico. Banda, dupla ou carreira solo, fotos promocionais sempre ajudam na identidade visual. No entanto, esse cuidado entre as bandas independentes parece algo mais comum dos últimos dez anos para cá.

Anteriormente, poucos eram os grupos que tinham essa preocupação ou recursos para bancar um bom ensaio fotográfico. Em Santos, o fotógrafo Gino Pasquato tratou de registrar muitas delas nos anos 1990. “Posso falar tranquilamente que fiz mais de 40 bandas diferentes”, comenta.

As fotos eram feitas no estúdio de Gino, inaugurado em 1990, além de locações pré-determinadas com as bandas. Prédios públicos e icônicos de Santos foram alguns desses cenários.

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Gino variava entre os modelos de equipamentos. Vezes usava a Nikon F3 com filmes Plus X, TX Iso 400 ou mesmo a Pentax 6×7, na qual operava com filmes no formato médio.

Last Joker com Marcão Britto e Cristopher Clark

O trabalho de Gino com as bandas começou de forma espontânea. “Nós atendíamos as agências de publicidade no meu estúdio. Uma delas, a Publicenter, tinha um funcionário que tinha uma banda, a Yankee. O vocalista era o Renato Lone. Foi o start para as outras bandas começarem a nos procurar. Durante aproximadamente sete anos, fizemos quase todas daquela época”. 

Famosos nas lentes de Gino Pasquato

Fã de boa parte delas, Gino afirma que acompanha os músicos em seus projetos atuais também. “O que mais me chamava a atenção era o quanto eles eram unidos (amigos) e amavam aquilo, sem saber exatamente o que poderia acontecer pra frente”.

Entre os nomes fotografados por Gino estão Last Joker, Mr Green, Ex Machina, CasaRasta, Cajamanga e Yankee. Daí saíram ex-integrantes do Charlie Brown Jr (Marcão, Pelado e Champignon), além do jornalista Abel Neto.

Ex Machina por Gino Pasquato

“Não fiz publicidade alguma para inserir o meu o trabalho, pois todos se conheciam e um passava para o outro. Aqui era o local. Mas era um trabalho que beirava mais o prazer e não tão bem remunerado, pois a galera também não tinha muita grana”. 

A fama de Gino com as bandas de rock se espalhou pela cidade, fato que atraiu a atenção de artistas de outros gêneros também. 

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“Começou a aparecer também grupos de pagode e sertanejo, algo que não me identificava muito. Coincidência ou não, deu uma parada e o estúdio precisava caminhar. O tempo para as bandas diminuiu com os nossos outros trabalhos”.

Apesar de afirmar que não acompanha as bandas atuais, o fotógrafo garante que topa trabalhar com elas também. “O estúdio está aberto para todas elas”.

Enquanto isso, Gino segue divulgando seu trabalho nas redes sociais. Recentemente, ele passou a divulgar boa parte dos ensaios feitos nos anos 1990. Mas só as fotos serão reveladas, garante o fotógrafo.

“Foram muitas histórias curiosas, mas acho que não posso falar aqui porque vão ficar bravos comigo. O meu relacionamento com todos sempre foi e é muito legal, facilitado hoje por conta das mídias sociais”.

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