“Nu, eu te descobri nu”. Com um refrão dançante e viciante, Assucena apresenta Nu, segundo single do álbum que será lançado nos próximos meses. A canção que começa em tom de “sussurro e mistério”, vai se transformando numa deliciosa cena de encontro entre dois corpos “num quarto onde há pecado e onde há perdão”, até culminar numa balada cheia de batidas, brasilidade e sensualidade.
Ao completar um ano de carreira solo em novembro último, Assucena lançou o primeiro single de seu primeiro álbum desta nova fase, Menino Pele Cor de Jambo.
A cantora e compositora conta que, nessas duas primeiras canções do álbum, a luz e a brasilidade sonora se apresentam como elementos fundamentais.
“Menino Pele Cor de Jambo representa a luz do espaço público; Nu nasce como um abajur do privado. Em Menino, a contemplação; em Nu, a realização”, explica.
Para ela, Nu pode ser entendida como um modo de ver o sexo. “Uma maneira profana e também espiritual de encarar esse encontro potente entre corpos que se desejam para além do pecado e do perdão. Essa canção apresenta um ritual de apreciação da nudez, ao descobri-la num crepúsculo artificial encenado pela meia luz de um abajur. A nudez como o tempero de desejos que se reconhecem possíveis”, detalha.
Mergulhada no processo de produção de seu álbum de estreia da carreira solo, que conta com a produção musical de Pupillo e a direção artística da cantora Céu, Assucena conta que o trabalho criativo de construção da sonoridade de Nu foi muito instigante.
“Na etapa de composição, identifiquei-a com um reggae tradicional, mas depois de muitas trocas com Pupillo e com a Céu, que assumiu a direção artística comigo, desnudamos uma canção que apresenta uma brasilidade percussiva que dialoga com o funk, o pop e tantas expressões da nossa música contemporânea”, revela a artista.
“Pupillo chegou numa proposta ousada e contemporânea surpreendente. Chorei de alegria quando ouvi!”, exclama.
Depois de seis anos de muitas experiências e conquistas como uma das idealizadoras da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, incluindo dois Prêmios da Música Brasileira e duas indicações ao Grammy Latino, Assucena iniciou sua carreira solo com o lançamento de dois singles em 2022, antes de mergulhar no processo de produção do álbum: a canção autoral inédita Parti do Alto, e uma releitura-homenagem de Ela, gravada por Elis Regina há 50 anos.