Inquieto musicalmente. É assim que se define Dejair Benjamim, vocalista e fundador da banda de heavy metal Tchandala. Natural de Sergipe, ela decidiu fundir a música e a história do estado em seu primeiro trabalho solo, o Benjamim Saga.
Aliás, o lançamento de No Rio dos Siris nasceu de uma conversa com o amigo e doutor em História, Hermeson Pidele. As quatro músicas do EP falam do encontro entre europeus portugueses e indígenas autóctones no Novo Mundo, no território no qual hoje localiza-se o estado de Sergipe, bem como a vida dos habitantes originais, o contato após a chegada dos europeus e seus desdobramentos e a guerra que se sucedeu, que resultou no extermínio dos grupos indígenas.
O nome da obra é baseado na nomenclatura de Sergipe, que é originado da antiga língua tupi através da junção das palavras siri (siri), ‘y (rio) e pe (em), que significa “No Rio dos Siris”, referindo-se ao Rio Sergipe.
Lançado pelo selo Preá Records, o EP conta com quatro músicas: Serigy, A Palavra e a Espada, Pacto de Sangue e O Retorno. Colaboraram ainda Cuper, Deo Miranda e Tchandala.
“Sou um admirador e curioso da história de Sergipe e a música é um dos mais poderosos veículos de aprendizado que existe. Então, por que não fundir tudo isso?” explica o músico.
Ademais, com referências dentro do rock e do heavy metal, passando por vertentes do thrash, hard rock, death metal, o projeto tem uma banda exclusiva para este EP. Em resumo, Dejair Benjamim no vocal, o guitarrista/produtor Marcos Cupertino, além do guitarrista Rafael Moraes e o violeiro Deo Miranda.